sábado, 31 de julho de 2010

Joy Division


Fontes: Wikipédia e Whiplash

Quando o furacão punk varreu o Reino Unido em 1976, muitos jovens se espelharam no exemplo dos Sex Pistols e do Clash e incentivados pelo lema "faça você mesmo", decidiram montar uma banda. Morando na região de Manchester, na época apenas uma cidade industrial esquecida no norte da Inglaterra, os amigos de infância Bernard Sumner, Peter Hook e Terry Mason mesmo sem experiência musical anterior, começaram a tocar guitarra, baixo e bateria respectivamente.

À procura de um vocalista encontraram Ian Curtis, que era uma presença freqüente nos mesmos shows de rock que o grupo costumava assistir. Todos se esforçavam em aprender a tocar seus instrumentos e a cantar, mas na verdade Terry Mason era péssimo baterista, e logo foi substituído por Tony Tabac e depois por Steve Brotherdale, que apesar de saberem tocar bateria, não se adaptaram conforme esperado ao grupo. O baterista definitivo seria Steve Morris, o único a responder a um anúncio colocado em uma loja de discos. Após passar alguns meses ensaiando sem ter um nome certo, escolheram o nome Warsaw, baseado na música "Warszawa" do disco "Low" de David Bowie, lançado poucos meses antes, em janeiro de 1977.

Ian possuía um gosto musical vasto e eclético, contribuindo na formação musical dos outros músicos, apresentando a eles discos de Lou Reed, Iggy Pop e Kraftwerk. Ao mesmo tempo, começaram a fazer alguns shows em sua região natal, junto a toda uma nova geração de bandas que estava se formando.

O início do ano de 1978 marcou a mudança do nome do grupo para Joy Division, devido a uma confusão com um grupo londrino de heavy metal chamado Warsaw Pakt. Chamavam-se "divisões do prazer" os alojamentos destinados às mulheres judias que eram obrigadas a se prostituir nos campos de concentração nazistas. A escolha do nome foi de Ian Curtis, que era obcecado por tudo que fosse alemão.

Em junho de 1978 lançaram em esquema totalmente independente um EP contendo quatro músicas chamado "An Ideal For Living". Neste mesmo ano, chegaram a gravar um LP para a RCA que nunca chegou a ser lançado, pois o grupo rejeitou a produção e os sintetizadores adicionados posteriormente à gravação. O Joy Division já tentava buscar uma sonoridade própria, procurando se afastar dos clichês punk. O album se tornou disponível em cópias piratas e quem quiser conferir esta transição do grupo, pode encontrar o disco geralmente sob o nome de "Warsaw".

A grande mudança para um novo caminho musical surgiu quando o Joy Division começou a trabalhar com o jovem produtor Martin Hannett, que lhe extraiu uma sonoridade única, sombria, densa e misteriosa. Quando o album "Unknown Pleasures" foi lançado em junho de 1979, foi aclamado pela crítica inglesa como um dos melhores discos de estréia de todos os tempos. "Unknown Pleasures", editado pelo hoje lendário selo Factory, trazia uma mixagem inconvencional, com o baixo e a bateria à frente, junto aos efeitos criados em estúdio por Hannett, deixando ao fundo a guitarra e os versos desesperados de Curtis, com certeza um dos maiores poetas que o rock já teve.

Os shows do Joy Division eram um capítulo à parte. A banda ficava imersa em sombras, tocando seus instrumentos de maneira estática, destacando-se a dança maníaca de Ian Curtis, que sofria de epilepsia e repetia inconscientemente os movimentos que fazia durante seus ataques. O Joy já possuía um grupo fiel de admiradores, que seguia o grupo onde fosse e se vestia à maneira austera da Alemanha dos anos 40.

Em dezembro de 1979 e janeiro de 1980, fizeram uma bem sucedida turnê européia, em um total de 11 shows por países como França, Alemanha, Bélgica e Holanda. As gravações para o segundo album ocorreram em março, novamente produzido por Martin Hannett, mas desta vez destacando-se a utilização de teclados, que eles mesmo haviam renegado no passado. Para a gravação, foi construída no estúdio uma abóbada de estuque, a fim de reproduzir a ressonância de uma capela.

No mês seguinte vários shows foram cancelados devido a problemas de saúde do vocalista. Uma turnê americana de 3 semanas estava prevista para iniciar em maio, mas o grupo nem chegou a embarcar. No dia 18 de maio de 1980, Ian Curtis foi encontrado morto em sua casa em Macclesfield. Por menos romântico que possa parecer, hoje se sabe que ele se enforcou na cozinha com uma corda utilizada como varal. Os motivos prováveis para seu suicídio foram sua epilepsia cada vez mais constante e a dissolução de seu casamento. Quando o single "Love Will Tear Us Apart" saiu em maio, pela primeira vez o grupo chegou ao Top 20 britânico. O album "Closer" lançado no mês seguinte, considerado a grande obra-prima do Joy, repetiu a mesma façanha. Ironicamente, o Joy Division atingiu sua maior popularidade quando já havia acabado e Ian Curtis nunca chegou a ver o sucesso que ele desejava tanto para seu grupo. O lançamento do album "Still" em 1981, com sobras de estúdio e a gravação de seu último concerto, aumentou ainda mais o mito em torno do grupo.

Hoje em dia a importância do Joy Division pode ser avaliada pelos diferentes grupos que influenciou e pelas covers que foram gravadas posteriormente, de Bush a Nine Inch Nails, passando por Swans e Galaxie 500. Os sobreviventes do grupo continuaram como New Order, mas isto já é outra história...

UNKNOWN PLEASURES | 1979: Primeiro álbum da banda, foi gravado em abril de 1979 no Strawberry Studios, em Stockport. A capa foi feita por Peter Saville e Chris Mathan, mas foi Bernard Sumner quem deu a idéia de colocar a figura usada na capa, que nada mais é do que a morte de uma estrela captada por um medidor de pulsos. A figura da capa também está no selo do LP. Na contracapa do LP, consta a frase "Isto não é um conceito, é um enigma".

Disorder
Day of the Lords
Candidate
Insight
New Dawn Fades
She's Lost Control
Shadowplay
Wilderness
Interzone
I Remember Nothing

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CLOSER | 1980: Segundo e último álbum da banda, sendo considerado um dos mais importantes álbuns do movimento pós-punk. As músicas foram gravadas sob uma abóbada de estuque especialmente construída, a fim da captar a ressonância de uma capela. Por problemas na tiragem, o álbum só foi lançado em junho de 1980, depois do suicídio do vocalista Ian Curtis, tornando-se um álbum póstumo. A capa, que mostra a foto de uma lápide de cemitério, foi concebida antes da morte de Ian Curtis, mas acabou sendo uma infeliz coincidência.

Atrocity Exhibition
Isolation
Passover
Colony
A Means to an End
Heart and Soul
Twenty Four Hours
The Eternal
Decades

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STILL | 1981: Coletânea da banda lançada em 1981, um ano depois do fim da banda. O álbum contém sobras de estúdio e duas gravações ao vivo: uma releitura da música "Sister Ray", do Velvet Underground, e uma apresentação na Universidade de Birminghan, de 2 de maio de 1980, que foi a última apresentação do Joy Division. Na faixa "Decades", dá para ouvir o sintetizador superaquecendo e desafinando.

Exercise One
Ice Age
The Sound Of Music
Glass
The Only Mistake
Walked In Line
The Kill
Something Must Break
Dead Souls
Sister Ray
Ceremony
Shadowplay
A Means To An End
Passover
New Dawn Fades
Twenty-Four Hours
Transmission
Disorder
Isolation
Decades
Digital

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SUBSTANCE | 1988: Compilação de músicas lançada em 1988, um ano depois de ter sido lançada uma coletânea de mesmo nome do New Order. Nesta compilação, foram reunidos singles e B-sides de discos do Joy Division. A música "Love Will Tear Us Apart" foi lançada na edição brasileira em LP do álbum "Closer", em 1987. A música "She's Lost Control" foi lançada no álbum Unknown Pleasures, mas, nesta coletânea, foi refeita, com um ritmo mais dançante.

Warsaw
Leaders Of Men
Digital
Autosuggestion
Transmission
She's Lost Control
Incubation
Dead Souls
Atmosphere
Love Will Tear Us Apart
No Love Lost
Failures
Glass
From Safety To Nowhere
Novelty
Komakino
These Days

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Steve Howe


Na Inglaterra do final dos anos 60, se você quisesse entrar numa banda, teria que aprender o blues; ao menos o modelo britânico do mesmo. Numa época de Beatles, Stones, Yardbirds, Animals e Jimi Hendrix Experience, o caminho do aspirante a guitarrista estava bem trilhado.

Um pouco antes disso, mais precisamente 8 de Abril de 1947, nascia um garoto chamado Steve Howe. Aos dez, esperou que Santa Claus lhe trouxesse um violão. O trouxe aos 12.

Steve não podia tocar uma só nota, mas desde o primeiro momento soube que aquele seria seu melhor companheiro pelo resto de sua vida.

Começou, sozinho, tentando copiar os discos de Bill Halley e foi bem, o garoto. Em meados dos anos 60, já tinha grande habilidade com o instrumento, que agora já se transformara numa guitarra elétrica. Nessa altura, Steve percebeu que seguindo a moda como modelo, se tornaria mais um colecionador de licks bluesísticos, como tantos outros da sua época.

Já havia blueseiros o suficiente no mundo e todos muito bons. Assim, Steve decidiu que tomaria outro rumo. Um passo a frente. Sofria de um verdadeiro amor pelo instrumento que tocava e achou que seria um crime limitá-lo somente ao blues e aos clichés de rock’n’roll. Aqui surge um dos mais originais guitarrístas da história. Estilo, bom gosto, versatilidade e sabedoria. Wes Montgomery às voltas com Stravinsky e Scott Joplin. Steve Howe.

O mundo pode conhecer o talento de Steve pela sua contribuição ao Yes. Provavelmente, o marco do rock progressivo. A música da banda era, e é, abusivamente rica. Como o próprio gosta de colocar, a música do Yes é montada como uma pintura a óleo, camadas vão se sobrepondo, um toque alí, outra pincelada aqui.

O resultado final, na maioria das vezes, é uma autêntica obra de arte.
Tocando numa banda ao lado de Rick Wakeman, Chris Squire, Bill Bruford e Jon Anderson, Steve logo começou a por em prática sua teoria de que sua contribuição deveria ser entregue numa certa variedade de tímbres. Sempre colocou a guitarra elétrica entre os mais nobres instrumentos e soube que finalmente chegara o momento de mostrar ao mundo a importância do instrumento. Podemos ver dessa forma.

Ou podemos imaginar que Steve Howe usou o Yes como a desculpa que lhe faltava para montar uma das maiores coleções de guitarra de todos os tempos. Escolha a que quiser.

Leia mais sobre Steve Howe em: Vintage Guitar

1979 | THE STEVE HOWE ALBUM

01 | Pennants
02 | Cactus Boogie
03 | All's A Chord
04 | Diary Of A Man Who Vanished
05 | Look Over Your Shoulder
06 | Meadow Rag
07 | The Continental
08 | Surface Tension
09 | Double Rondo
10 | Concerto In D (2nd Movement)

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

The Railway Children


Banda inglesa de meados dos anos 1980. Esse disco, o primeiro da banda de Gary Newby, foi lançado pela clássica Factory Records.

A banda é responsável por um indie-pop dos mais refinados e bem trabalhados, 'Railroad Side' é belíssima e extremamente suave. 'Brighter', o single do disco, é boa demais e lembra muito Lloyd Cole & The Commotions, os vocais são sublimes e leves.

A banda lançou outros discos depois desse debut, porém nunca repetiu um disco como "Reunion Wilderness", pop perfeito.

1987 | REUINION WILDERNESS

01. Another Town
02. First Notebook
03. Railroad Side
04. Careful
05. Brighter
06. Big Hands Of Freedom
07. Listen On
08. Gentle Sound
09. History Burns
10. Content
11. Darkness & Colour

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domingo, 18 de julho de 2010

Sweet Smoke


Texto: Dexx

Sweet Smoke foi um grupo americano que viveu e tocou na Europa entre os anos 1970 e 1974. Originalmente de Nova York, eles foram morar em uma comunidade na Alemanha. Um ano após se mudarem, lançaram o primeiro disco - Just a Poke, que imediatamente transformou-os em uma espécie de ícone cult da cena underground que estava começando a emergir como a resposta da Europa à cena hippie americana." Esta é a melhor definição da banda, feita por um dos seus integrantes: Mike Paris.

Para o Sweet Smoke a música não era simplesmente uma coleção de canções que o público ia sentar e ouvir, mas sim que era um meio através do qual eles vivem poderiam compartilhar com todos a sua visão e a alegria da vida. Para o Sweet Smoke a música era mágica, nos seus concertos havia interação entre eles e aplatéia, e o grupo era como uma nave cósmica, sempre a explorar as regiões desconhecidas do nosso universo musical " continua Paris. Realmente viajante...

No primeiro disco, apenas duas faixas: Baby Night e Silly Sally, ambas com 16 minutos de duração. O início da primeira música lembra muito Jethro Tull, com bela melodia e flautas acompanhando o vocal. O baixo marcado ditando o ritmo faz com que você ao menos tenha a vontade de balançar o corpo freneticamente, como se estivesse em Woodstock assistindo a apresentação de Santana. Quem viu o filme sabe o que quero dizer. Realmente, em dezesseis minutos há muito tempo para viagens psicodélicas. Na segunda faixa, um solo de bateria para deixar qualquer um de queixo caído. Música para ouvir num LP, com aquele aparelho de som potente e antigão. Quadrifônico preferencialmente. Trago aqui os três únicos discos lançados: Just a Poke (1970), From Darkness to Light (1973) e Sweet Smoke Live (1974).

1970 | JUST A POKE

01 | Baby Night
02 | Silly Sally









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1973 | DARKNESS TO LIGHT

01 | Just An Empty Dream
02 | I'd Rather Burn Than Disappear
03 | Kundalini
04 | Believe Me My Friends
05 | Show Me The Way To The War
06 | Darkness To Light





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2000 | LIVE (Re-issue Edition)

01 | First Jam (Sweet Smoke)
02 | Shadout Mapes (Rick Greenberg)
03 | Ocean Of Fears (Marvin Kaminowitz)

Bônus tracks:
04 | People Are Hard
05 | Schyler's Song
06 | Final Jam


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sexta-feira, 16 de julho de 2010

The Allman Brothers Band

Texto: Wikipédia

The Allman Brothers Band é uma banda de Southern rock formada em Macon, Geórgia, nos Estados Unidos da América, chamada pelo Hall da Fama do Rock and Roll como os principais arquitetos do rock sulista estadunidense.

A banda foi formada em 26 de março de 1969 na Jacksonville, Flórida com Duane Allman(eleito pela revista Rolling Stones em 2003, como o segundo melhor guitarrista de todos os tempos), Gregg Allman, Dickey Betts, Berry Oakley. Butch Trucks e Jai Johanny "Jaimoe" Johanson.

Formado originalmente em 1969, foram descritas dois anos depois por George Kimball, jornalista da revista Rolling Stone, como o "a melhor banda de rock and roll que este país produziu nos últimos cinco anos". Reconhecida por sua capacidade de improvisação impressionante, cujo melhor exemplo se encontra no álbum At Fillmore East, a banda foi premiada com onze discos de ouro e cinco de prata entre 1971-2005. A revista Rolling Stone listou o The Allman Brothers como um dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos em 2004, e foi a banda mais representada na lista de melhores guitarristas feita pela mesma revista. A banda continua a gravar e realizar turnês até hoje.

1969 | THE ALLMAN BROTHERS BAND

01. Don’t Want You No More
02. It’s Not My Cross To Bear
03. Black Hearted Woman
04. Trouble No More
05. Dreams
06. Whipping Post

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Them Crooked Vultures


Them Crooked Vultures estreia com álbum matador e impecável

Por:
Stefanie Gaspar

Ao menos no mundo do rock, pode ter certeza: o álbum mais comentado do ano foi a estreia do badalado supergrupo Them Crooked Vultures, que já estava em todas as rodas de conversa antes mesmo de chegar às lojas ou de divulgar uma única música completa.

Formado por Dave Grohl (ex-Nirvana e atual Foo Figthers), Josh Homme (Queens of The Stone Age) e John Paul Jones (Led Zeppelin), o Them Crooked Vultures começou como uma lenda, um boato vago que apontava para a reunião do supergrupo em um futuro próximo. Bom, se ninguém levava a sério, 2009 foi o ano decisivo para que a banda saísse do papel (ou seja, da cabeça nada ortodoxa de Dave Grohl) para chegar aos palcos.

A partir de shows esparsos, como as apresentações nos festivais de Lolapalooza e Lowlands, o Them Crooked Vultures mostrou sua cara ao mundo e começou a despertar, em uma genial jogada de marketing, o interesse do público – afinal, quem não gostaria de ver grandes ícones do rock ‘n roll mostrando qual seria o resultado da união de seus talentos?

A expectativa era tanta que, pelo jeito, nem a banda agüentou: antes mesmo da data de lançamento, o grupo vazou todas as músicas em streaming no Youtube. O veredicto? Um dos melhores álbuns do ano, e provavelmente um dos mais incríveis da década. Mesmo com toda a expectativa, o Them Crooked Vultures não decepcionou e fez um álbum pesado, diversificado e digno do talento de seus três integrantes.

O álbum, homônimo, já começa com uma pedrada, No One Loves Me & Neither Do, faixa que traz o trecho matador que o grupo usou em seu primeiro teaser. Com Dave Grohl de volta à bateria, Josh Homme na guitarra e nos vocais e John Paul Jones no baixo, a primeira música já mostra qual a sonoridade adotada pelo Them Crooked Vultures: um ritmo que mescla o melhor do Queens Of The Stone Age com o repertório mais afiado do Led Zeppelin, passando pelo Foo Figthers e resgatando algumas influências do Nirvana, criando um rock ‘n roll que, embora pudesse ser mais pesado, reúne com perfeição o que há de mais afiado em cada um dos músicos da banda.

A maioria dos supergrupos costuma depecionar. Não é o caso do Them Crooked Vultures, que conseguiu criar faixas já históricas, como No One Loves Me & Neither Do I, New Fang, Bandoliers, Caligulove e Gunman. É óbvio que o álbum traz um pouco da fanfarronice e da megalomania que se espera de um grupo que é a união de nomes que simbolizam a história do rock, mas a banda compensa os exageros com músicas incrivelmente competentes e que vão ficar na cabeça por muito tempo.


O Them Crooked Vultures não é um fantasma da sonoridade do Queen of The Stone Ages, não é uma cópia do trabalho de Dave Ghrol nem com o Nirvana nem com o Foo Fighters e não traz um John Paul Jones reproduzindo seu trabalho no Led Zeppelin. É algo original que, embora não consiga fugir da influência mestra do Led Zeppelin (afinal, tanto Grohl quanto Homme são fãs incondicionais e declarados do músico), vai além dos elementos consolidados pela banda e cria um novo paradigma para qualquer outro supergrupo que venha por aí. Vai ser difícil ter coragem de montar uma banda de rock depois desse álbum de estreia do Them Crooked Vultures.

2009 | THEM CROOKED VULTURES

01. No One Loves Me & Neither Do I
02. Mind Eraser, No Chaser
03. New Fang
04. Dead End Friends
05. Elephants
06. Scumbag Blues
07. Bandoliers
08. Reptiles
09. Interlude With Ludes
10. Warsaw or the First Breath You Take After You Give Up
11. Caligulove
12. Gunman
13. Spinning in Daffodils

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Adelbert von Deyen


Adelbert von Deyen é um artista relativamente obscuro. Seu estilo é muito parecido com o do famoso Klaus Schulze, até mesmo as capas dos álbuns são inspiradas na sua maior influência.

Sua carreira durou desde o final dos anos setenta para o início e meados dos anos oitenta, vindo a deixar a música, tornando-se pintor.

1980 | ATMOSPHERE

01 | Time Machine
02 | Silverrain
03 | Atmosphere Part 1
a. Sunrise
b. Altitude Flight
c. Astralis
04 | Atmosphere Part 2
a. Skywards
b. Spaces of Infinity
c. Crystal Clouds
d. Voices of Inifnity Dawn

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alice Cooper

"A gente tinha uma espécie de visão satírica da vida americana"
Michael Bruce, 1996


::: SCHOOL'S OUT ::

Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Quando chegou a Los Angeles, vinda de Tucson, Arizona, a banda de Alice Cooper criou uma imagem controvertida e foi contratada pelo selo de Frank Zappa, Straight. Dois mal-afamados álbuns de pandemônio psicodélico depois, o grupo se mudou para Detroit e ficou amigo dos Stooges, para quem o rugido da cidade dos automóveis era tão vital em sua evolução quanto a produção de Bob Ezrin.

Quando a Warner comprou a Straight, a banda de Alice Cooper foi pressionada a fazer um novo disco. Depois de dois LP's de hard rock e alguns sucessos em singles, produzidos por Ezrin, Cooper e seu grupo encontraram seu som e reforçaram sua popularidade, fazendo, em seus shows para multidões, uma performance bizarra, como se fossem bufões do Grand Guignol.

O impacto visual de Alice Cooper foi completamente transferido para o vinil School's Out, o álbum precedido pelo single homônimo, de grande sucesso. Foi seu single mais popular até então - uma rebelião descrita por riffs mortais e slogans revoltados, que se tornou um hino do punk para qualquer adolescente contestador do início dos anos 70. A banda - guiada pela voz depravada de Cooper e o pop cruel do guitarrista Michael Bruce - trabalhou duro com Ezrin num álbum conceitual, inspirado no musical Amor, Sublime Amor. Esta fantasia sobre delinqüência juvenil trazia suntuosos arranjos no estilo das big bands de jazz ("Gutter Cat vs. The Jet", "Grand Finale", Blue Turk") e operístico ("My Stars"), imitação dos Beatles ("Alma Mater"), além de rocks maravilhosos ("Luney Tune" e "Public Animal # 9"). O rock vaudeville de Alice Cooper, superproduzido, mas ainda assim, um perfeito épico adolescente, seria referência para artistas como Marylin Manson e Turbonegro.


1972 | SCHOOL'S OUT

01 | School's Out
02 | Luney Tune
03 | Gutter Cat vs | The Jets
04 | Street Fight
05 | Blue Turk
06 | My Stars
07 | Public Animal #9
08 | Alma Mater
09 | Grand Finale

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sábado, 10 de julho de 2010

Stevie Winwood


Cantor, compositor e instrumentista, Steve Winwood nasceu em Birmingham, Inglaterra. Aos 15 anos formou, com seu irmão, sua primeira banda, Spencer Davis Group. Em 1967, surge a banda Traffic, com a qual obtém grande sucesso. Em 1975, após o fim da Traffic, Steve Winwood seguiu em carreira solo, lançando vários álbuns de sucesso como "Back in My High Life", que vendeu três milhões de cópias e "Roll With It", que atingiu o topo da tabela dos discos mais vendidos no Reino Unido.

1986 - BACK IN THE HIGH LIFE

01 | Higher Love
02 | Take It as It Comes
03 | Freedom Overspill
04 | Back in the High Life Again
05 | Finer Things, The
06 | Wake Me up on Judgment Day
07 | Split Decision
08 | My Love's Leavin'

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

The Band

:: MUSIC FROM BIG PINK ::

"Era como um bar. A gente ia todos os dias... Bob (Dylan) gostava das vibrações."
Robbie Robertson, 2003



Do livro: 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

Em 1968, a The Band - que acompanhava Bob Dylan - estava pronta para entrar para a história da música sem sua estrela. Este álbum de estréia ainda soa como novo, três décadas depois de gravado.

Embora preparado por quatro canadenses, mais um filho de fazendeiros do Arkansas, Music From Big Pink é uma peça da cultura americana, um evento que marcou uma época e parecia sintetizar uma século da história de um país.

Batizado com o nome da famosa caa de Woodstock, Nova York, onde o quinteto havia se enfurando com Dylan em meados dos anos 60, Music From Big Pink estourou em meio à era psicodélica, oferecendo imagens concisas e bem delineadas como uma alternativa à ampla e abstrata tela do acid rock. O quinteto, com a colaboração do produtor John Simon, cavou bem fundo as raízes americanas para trazer à tona sua música e seus temas, utilizando órgãos, rabecas e bandolins no lugar de guitarras elétricas cheias de efeitos. O álbum capta a The Band como uma banda de verdade, antes de o guitarrista Robbie Robertson se tornar sua força criativa. Dylan, também participou de forma ativa do álbum, escrevendo o apelo clássico de "I Shall Be Released", e como parceiro do pianista Richard Manuel na torturante faixa de abertura, "Tears Of Range", e do baixista Richard Danko na vingativa "This Wheel's On Fire" (repaginada para servir como tema da sitcom inglesa Absolutely Famous).

A genialidade de Robertson já é evidente em "Caledonia Mission" e, em especial, em "The Weight", muito bem utilizada no ano seguinte, por Peter Fonda em seu filme Sem Destino. Alçado à condição de clássico antes mesmo de chegar às lojas, Music From Big Pink inspirou Eric Clapton a desmontar a superbanda Cream e ir em busca de um novo tipo de som.

1968 | MUSIC FROM BIG PINK

01 | Tears of Rage
02 | To Kingdom Come
03 | In a Station
04 | Caledonia Mission
05 | The Weight
06 | We Can Talk
07 | Long Black Veil
08 | Chest Fever
09 | Lonesome Suzie
10 | This Wheel’s on Fire
11 | I Shall Be Released
12 | Yazoo Street Scandal
13 | Tears of Rage
14 | Katie’s Been Gone
15 | If I Lose
16 | Long Distance Operator

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ana Cañas

A MULTIDÃO QUE HABITA ANA CAÑAS

Texto: Tribuna do Norte

Multidão, esconderijos e meninas passeando com cachorros interessam a Ana Cañas. Ela que faz da voz um mundo, chamou a atenção - logo no primeiro disco “Amor e Caos” (2007) - de compositores importantes como Chico Buarque, Toquinho e Seu Jorge. É com seu segundo trabalho intitulado “Hein?” que ela chegará aos palcos do Mada ainda este mês.

Jazz, rock, poemas e um tanto de influências fortes como Nina Simone, Billie Holiday, Sarah Vaughan, John Coltrane e Miles Davis vieram rodar em seus pensamentos depois que Ella Fitzgerald começou a girar na vitrola da sua existência. Isso aconteceu aos 22 anos, quando ainda imaginava que trabalhar com artes cênicas fosse o seu destino.

Com seus lábios quase sempre pintados de vermelho encarnado, Ana tem os olhos vivos e os ouvidos afinados. E ela transcende, carrega em sua força composições que mereceram prêmios e capas de jornais e revistas pelo Brasil afora. Paulistana de berço, a metrópole é sua inspiração e ela vai além. Faz do som dos pássaros e o cantarolar baixo de uma criança, mote de canções novas e futuras. É assim que Ana se constrói, entre um gole de vinho, a audição de Arnaldo Antunes, leituras de poemas e a lembrança de fazer dos palcos dos bares de São Paulo o seu impulso inicial. Contralto, 28 anos e um mundo pela frente, Ana não deseja muito. Apenas que as pessoas se interessem em ouvi-la.

2007 | AMOR E CAOS

01 | Mandinga Não
02 | A Ana
03 | Vacina na Veia
04 | Para Todas As Coisas
05 | ?
06 | Coração Vagabundo
07 | Cadê Você?
08 | Devolve, Moço
09 | Super Mulher
10 | Rainy Day Women #12 & 35

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2009 | HEIN

01 | Na Multidão
02 | Coçando
03 | Na Medida do Impossível
04 | Esconderijo
05 | Sempre com Você
06 | Chuck Berry Fields Forever
07 | Gira
08 | Problema Tudo Bem
09 | Aquário
10 | A Menina e o Cachorro
11 | Não Quero Mais
12 | O Amor É Mesmo Estranho
13 | Na Medida do Impossível

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