domingo, 28 de outubro de 2012

A Barca do Sol

"Eu andava só por essa estrada...


... com um grito preso na garganta".

Não há palavras que expressem a qualidade dessa grandiosa e incomparável banda.

Integrantes da 1ª formação (1973-75)
Jacques Morelebaum - violoncelo, piano e voz
Nando Carneiro - violão e voz
Muri Costa - violão
Marcelo Costa - bateria, percussão
Beto Rezende - percussão, viola, violão e guitarra
Marcelo Bernardes - flauta
Marcos Stull - baixo
Richard Court (Ritchie) - flauta
Rui Motta - bateria

Integrantes da 2ª formação (1976-81)
Jacques Morelebaum - violoncelo, piano e voz
Nando Carneiro - violão e voz
Muri Costa - violão
Marcelo Costa - bateria, percussão
Beto Rezende - percussão, viola, violão e guitarra
Alan Pierre - baixo
David Ganc - flauta

1974 | A BARCA DO SOL

01. A Primeira Batalha
02. Brilho da Noite
03. Arremesso
04. As Boas Consciências
05. Caminhão
06. Lady Jane
07. Dragão da Bondade
08. Alaska
09. Fantasma da Ópera
10. Corsário Satã
11. A Barca do Sol

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1976 | DURANTE O VERÃO

01. Durante o Verão
02. Hotel Colonial
03. A Língua e a Bainha
04. Os Pilares da Cultura
05. Karen
06. Memorial Day
07. Banquete
08. Belladonna, Lady Of The Rocks
09. Outros Carnavais

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1978 | CORRA O RISCO

01. Fantasma da Ópera
02. Lady Jane
03. Corra o Risco
04. Jardim de Infância
05. Banda dos Corações Solitários
06. Cavalo Marinho
07. Lobo do Mar
08. Água e Vinho
09. Brilho da Noite
10. Minha Pena Minha Dor
11. Luz do Tango

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1979 | PIRATA

01. Vô Mimbora Pru Sertão
02. Tereza Boca do Rio
03. Mercado das Flores
04. Cavalo Marinho
05. Jando
06. Jardim de Infância
07. Desecontro
08. Estrela
09. Manuel
10. Rio Preto
11. Canção Pra Ela

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Spiritualized


Spiritualized é uma banda de space rock inglesa formada em Warwickshire, Inglaterra, em 1991, por Jason Pierce (que muitas vezes usa o pseudônimo de J. Spaceman) após o termino de sua banda anterior, o Spacemen 3. As composições dos Spiritualized mudaram de álbum para álbum, com Pierce, que escreve, compõe e canta todo o material da banda, sendo o único membro constante.

SONGS IN A&E

Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space
*(I Can't Help Falling in Love)
Come Together
I Think I'm in Love
All of My Thoughts
Stay with Me
Electricity
Home of the Brave
The Individual
Broken Heart
No God Only Religion
Cool Waves
Cop Shoot Cop...

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Black Country Communion

BLACK COUNTRY (2010)
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A expectativa era grande. Houve até a ameaça de não sair mais, graças a fatores externos. Mas aqui está o Black Country Communion, o novo dream team do rock. A ideia nasceu em 2009, após uma jam session envolvendo Glenn Hughes e Joe Bonamassa durante o Guitar Center’s King of the Blues, na cidade de Los Angeles. Para completar o line-up de feras, foram chamados ninguém menos que o tecladista Derek Sherinian, com sua folha corrida mais que extensa, e o baterista Jason Bonham, simplesmente o “filho do homem”. Após alguns ensaios, ficou provado o potencial para criar músicas próprias. Para ajudá-los, o produtor também deveria ser algum craque. Sendo assim, Kevin “Caveman” Shirley foi convocado.

Uma introdução de baixo seguida de uma verdadeira pedrada tipicamente setentista apresenta o poder de fogo da turma em “Black Country”, som que traz aquele clima nostálgico na cabeça automaticamente. O clima vintage prossegue em “One Last Soul”, com uma pegada simplesmente absurda de Jason em um hard rock dos bons. A veia black do grupo dá as caras em “The Great Divide”, música que é a cara de Glenn Hughes, que dá um show de interpretação, nos remetendo a tempos longínquos. Um riff aparentemente composto às margens do rio Mississipi dá a partida em “Down Again”, com Sherinian realizando sua primeira participação de efeito maior, além de uma sincronia vocal perfeita entre Glenn e Joe.

O peso das primeiras reaparece em “Beggarman”, com um riff sincronizado entre guitarra e baixo de cair o queixo. “Song of Yesterday” começa como uma balada e explode em uma levada funkeada de primeira linha, mostrando que o baterista tem “sangue de zepelim” nas veias. Lá pelo meio vira uma jam cheia de feeling, mostrando o porquê desse projeto ser tão aguardado pelos fãs dos bons sons. E o melhor, sem egocentrismo barato. Quando menos se espera, o rock pesado vem à tona na ótima “No Time”, que poderia facilmente se passar por um dos momentos mais hards do MKIII do Deep Purple. E já que o negócio é vasculhar o passado, nada melhor que uma releitura para “Medusa”, do Trapeze. Aí, a gente tem que ressaltar que mesmo após tanto tempo, Glenn ainda consegue driblar as dificuldades impostas pelo tempo e usar sua categoria na interpretação.

Bonamassa toma conta em “The Revolution in Me”, que poderia muito bem estar em um de seus trabalhos solo, apesar das viagens instrumentais mais elaboradas no meio da faixa. “Stand (At the Burning Tree)” é um ótimo exemplo de como fazer uma batida pulsante, quase dançante, sem perder a veia roqueira de foco - algo que Glenn Hughes sempre gostou de fazer. Uma entrada à la AC/DC chega a assustar no começo de “Sista Jane”. Mas logo entra uma levada mais condizente com o que foi feito até aqui, além de uma alternância vocal excelente entre Hughes e Joe. Hardão com alma negra. Para encerrar, a mais longa de todas. Os onze minutos de “Too Late for the Sun” funcionam como uma espécie de resumo de tudo que se ouviu no álbum, com direito a longa parte instrumental, como era de se esperar.

Não é um disco de fácil assimilação. Logo, não é para todos. Mas quem conseguir absorver a atmosfera proposta pelo quarteto tem tudo para colocá-lo na lista dos melhores trabalhos do ano. Portanto, ouçam com seus espíritos preparados para jams e viagens variadas. Partindo desse pressuposto, temos aqui um excelente trabalho, digno dessa união de feras. Interessante notar que, embora sejam gêneros diferentes, há uma semelhança facilmente perceptível com o novo do Iron Maiden. O fato de quase todas as faixas mais diretas estarem no começo, enquanto as mais complexas ficaram pra depois. Não deve ser mera coincidência o produtor ser o mesmo.

2 (2011)
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A fórmula deu tão certo em sua primeira tentativa que o Black Country Communion não demorou a repetir a dose. E essa é a real sensação que temos. Sendo assim, quem gostou do debut pode conferir o segundo álbum sem hesitar. Glenn Hughes continua sendo o fio condutor de todo o processo. E o principal: segue cantando muito! Os outros três integrantes não ficam atrás, especialmente Joe Bonamassa, que parece ter encontrado uma variação maior de timbres, explorando a pegada rocker com mais segurança. Derek Sherinian aparece um pouco mais e Jason Bonham mostra mais uma vez que é de linhagem superior. A grande vantagem de 2 em relação a seu antecessor fica por conta do maior número de melodias grudentas, o que é um fator decisivo.

Para abrir com gás total, “The Outsider”, verdadeira paulada nas fuças alheias, com Glenn lembrando que não apenas é "A" voz, mas um baixista de técnica invejável, com seu instrumento pulsando nos alto-falantes. E tome hard rock mesclando peso e groove em “Man in the Middle”, para ouvir acompanhando a fenomenal pegada de Bonham, que segue ditando o ritmo em “I Can See Your Spirit”, sonzeira com a marca de quem conhece o caminho. Um clima acústico pontuado por um Hammond marca “The Battle for Hadrian's Wall”, com DNA 'zeppeliniano' (vai remeter a vários momentos da terceira obra-prima) e belo jogo de vozes.


Falando no veículo voador de chumbo, “Save Me” é uma faixa que Jason declarou ter composto na época da reunião com os ex-parceiros de seu pai. E ela traz uma interessante batida funkeada misturada com aquelas passagens orquestradas que John Paul Jones tanto gosta. Sete minutos do mais puro deleite para os saudosistas! “Smokestack Woman” é rock and roll com cara da melhor safra, em um clima garageiro anos 1960. A calmaria aparece em “Faithless”, som que começa de maneira mais branda e vai crescendo aos poucos, muito graças a sua interpretação dramática na medida certa.

A mais longa de todas é “An Ordinary Son”, faltando um segundo para cravar os oito minutos. Por conta disso, espere variações de andamento, o que dá um sabor todo especial, especialmente nas passagens mais agitadas. E a emoção pega pra valer em “Little Secret”, um fantástico blues carregado de emoção, cantado por Hughes com coração e alma. “Crossfire” deixa no ar aquela impressão de rock estradeiro, com os vocais mais orgânicos e o balanço rítmico de primeira. A já conhecida “Cold”, que Glenn Hughes executou recentemente em formato acústico, fecha o trabalho. Ouvi-la sendo executada pela banda inteira afirma ainda mais sua força, mas ao mesmo tempo soa como uma música totalmente diferente, com um toque mais progressivo em sua estrutura.

Se ainda havia alguma dúvida sobre o poder de fogo do Black Country Communion, ela está definitivamente encerrada. Adeptos de um som menos complexo podem sentir o mesmo estranhamento sentido no debut, mas não dá para negar que já se trata de um dos maiores supergrupos da história do rock. Que ainda nos ofereçam muitas e muitas obras como essa.

LIVE OVER EUROPE (2012)
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Após gravar dois discos quase sem excursionar, a banda agendou uma extensa turnê européia, com shows varrendo o velho continente. Segundo Kevin Shirley (produtor dos dois discos de estúdio da banda e também deste ao vivo), a idéia era a banda gravar dois álbuns para ter um repertório mais variado e longo que sustentasse um show completo (após o lançamento do primeiro álbum, a banda somente tocou umas poucas vezes, também na Europa). Antes desta turnê, alguns shows nos EUA como aquecimento e preparação para a turnê a ser gravada. A gravação dos shows, segundo a Wikipedia, ocorreu em apresentações feitas na Alemanha, mais especificamente, nas cidades de Munique, Hamburgo e Berlim. Foram utilizadas 14 câmeras de alta definição para a gravação.

O disco mostra o show de uma banda extremamente coesa, bem entrosada e com qualidades em cada instrumento. Glenn Hughes é o destaque, claro, com seu visual rock star, caras, bocas e trejeitos, cortesia de mais de quarenta anos de experiência no mundo do rock. E a voz dele está perfeita, o cara está cantando como nunca. Pra completar, além de estar cantando muito, também está matando no baixo... Joe Bonamassa, o caçula da turma, tem aquele visual meio nerd, meio agente Matrix, mas toca guitarra como poucos atualmente e nos traz riffs, solos e performances memoráveis.

Jason Bonham mostra que seu pai deve estar todo orgulhoso lá em cima, tocando sua bateria com extrema competência e qualidade. Derek Sherinian pode ser chamado de "patinho feio" da turma; fica mais escondido, até mesmo mais contido, mas adiciona suas camadas de teclados e fecha o ciclo, trazendo unidade ao grupo.

O repertório da turnê foi basicamente o mesmo em todos os shows, com pequenas alterações na ordem de execução das canções, mas sempre com o começo arrasador das duas primeiras músicas do primeiro disco - "Black Country" e seu riff de baixo matador por Hughes, mais "One Last Soul" pra manter o pique. A seguir a banda passeia por algumas canções do segundo disco, com grande destaque para as canções "Save Me", com seu estilo kashmiriano (mais uma palavra inventada...) e "The Battle For Hadrian's Wall", onde um Bonamassa inspirado em Jimmy Page até usa uma guitarra de dois braços. Ainda com Bonamassa nos vocais, "Song Of Yesterday" é outro destaque. A banda dá espaço para uma canção de sua carreira solo, a boa "The Ballad Of John Henry".

Na reta final do show, temos uma sequência excelente, começando com o single do segundo disco "The Outsider", a bela "The Great Divide", "Sista Jane" estendida no final com uma bela referência a "Won't Get Fooled Again", do The Who, "Man In The Middle" e o final simplesmente fantástico com o grande clássico do Deep Purple "Burn" (não podia faltar!). Um showzaço desta nova grande banda, que está arrebatando o público roqueiro.


Resenhas por: João Renato Alves e Whiplash

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Marcio CS


Marcio CS - músico, vocalista, letrista e compositor. A faixa "Nada Faz Sentido" é o 1o. lançamento do trabalho solo de Marcio CS, com produção de Franklin Vilaça, e participação especial de Luiz Badia.

Paralelo ao seu trabalho na banda Hipnoia, Marcio CS se lança como artista solo, buscando explorar ainda mais seus atributos como letrista, músico, vocalista e compositor.

Ele vem disposto a diversificar em suas novas composições, enquanto nos convida à reflexão com abordagens de fatos atuais, ou ainda nos apresentando algumas de suas inquietações pessoais, que proporcionam fácil identificação, pois envolvem dúvidas comuns ao ser humano e suas angústias.

Com a força e determinação próprias da paixão pelo que faz, composições originais e covers cuidadosamente selecionados, Marcio CS colabora com um cenário ávido de artistas realmente envolvidos com o rock e suas vertentes.

A faixa "Nada Faz Sentido", lançada em outubro de 2012, é o primeiro lançamento desse projeto. A produção é de Franklin Vilaça, e a música tem a participação especial de Luiz Badia, guitarrista da banda Hipnoia, na guitarra solo.

Ouça "Nada Faz Sentido"

terça-feira, 23 de outubro de 2012

The Carpet Knights


Oriundos da cidade de Malmö (Noruega) o grupo formou-se em 1998. Após diversas alterações na formação, em 2002 o grupo estabeleceu-se de forma mais sólida.

O processo criativo do grupo passa por diversas influências que dão à banda um caráter experimental, passando por rock, psicodélico, rock básico e folk. Enfim, tudo isto se mistura no repertório do grupo. O trabalho do grupo é caracterizado por uma dinâmica nos andamentos e também por trechos mais melódicos e sem muitas alterações, com climas mais meditativos. As letras seguem o clima da música e abordam emoções diversas.

2005 | LOST AND SO STRANGE IS MY MIND

01. All Be The Same
02. No Space To Spare
03. Zonked
04. The Mist
05. Fools And Silent Callers
06. Sad Soul
07. Feel It
08. Dab Nekan
09. Last Of Many

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2009 | ACCORDING TO LIFE...

01. Headcase
02. Gaze Through The Days I'll Hide
03. Without A Past
04. Eternal Sleep
05. Cosmical Mind
06. Lost
07. If Soon I Will Be You
08. Magical Space-Style
09. Why Am I

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

The Cure


The Cure. Uma banda com mais de 30 anos de história, influente e inspiradora, que trilhou sempre seus próprios caminhos, experimentou e moldou seu som por parâmetros próprios, sem abrir concessão à sua arte e se render a modismos, épocas e à crítica. Criou um universo paralelo para si e seus discípulos, ora derramando melancolia em doses cavalares, desesperos existenciais, viagens cósmicas ou alegrias juvenis. Dançou também, chacoalhou em funks e arrematou corações por todo o globo com um romantismo quase obsessivo.

Bandas e artistas tão distintos como Linkin Park, Green Day, Red Hot Chili Peppers, Mogway, Placebo, Interpol, The Killers, Arcade Fire, Nine Inch Nails, Marylin Manson, Frank Back, Scarlet Johnson, Chris Cornell e até Mettalica já assumiram sua admiração por Robert Smith e seus asseclas. Mestre David Bowie se diz fã de carteirinha. Os geniais Neil Gaiman e Tim Burton também já prestaram suas homenagens. No Brasil, influenciou absurdamente toda nossa emergente cena rock. De Legião à Zero até Pato Fu (”The Head on The Door” é o disco predileto de todos os tempos de Fernanda Takai). Jornalistas importantes como Zeca Camargo, Kid Vinil e Fábio Massari também são grandes fãs. Até minisséries televisivas usam suas músicas como temas de episódios.

Com toda essa relevância, é injusto se referir a eles apenas como uma banda dos “anos 80″. Claro, foi a época dourada, com sucesso comercial estrondoso, mas também sobreviveram aos anos 90 e atravessaram o milênio com dignidade e integridade trafegando com a mesma desenvoltura pelo “mainstream” e pelo “alternativo”. A quem for aventurar e aprofundar-se na obra da banda, boa viagem! A quem parou de acompanhar, por algum motivo, vale uma boa escutada nos trabalhos mais recentes. E como vale…

The Cure Trilogy: Pornography, Disintegration, Bloodflowers

PORNOGRAPHY (1982)
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À essa altura, a já doentia mente de Robert Smith, aliada a alucinógenos diversos e depressão toma caminhos ainda mais obscuros. Os climas são de desolação, paranóia e solidão. As letras, ácidas e agressivas, versando principalmente pelos temas citados e a hipocrisia moral da sociedade são cantadas de forma quase indiferente. Trilhas sonoras de um pesadelo crescente comandadas por linhas de baixo tortuosas de Simon Gallup e baterias tribais. Todas as faixas seguem linearmente completando uma a outra. Um disco clássico e um dos mais admirados pelos fãs fervorosos. Nesse momento, a banda coleciona uma legião de fãs obsessivos pela Europa. Faixas como “One Hundred Years”, “Hanging Garden”, “A Strange Day” e “A Short Term Effect” entram fácil numa coletânea desta primeira fase da banda. Na edição de luxo (também lançada em 2005), 14 faixas raras completam o álbum.

DISINTEGRATION (1989)
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Após três álbuns “alegres”, o Cure novamente passa por problemas e Robert Smith parece voltar às batalhas com seus demônios internos. A diferença é que aqui a banda já está bem mais experiente e madura. O resultado é um disco mais homogêneo e quase temático onde os climas etéreos de álbuns como “Faith” e “Pornography” tomam formas exuberantes numa viagem gelada e romântica. Smith usa e abusa de sua Fender Jazz Bass 6 cordas buscando novos timbres e estilos. Com as linhas de baixo marcantes e bem colocadas de Simon Gallup, baterias milimetricamente bem coladas, guitarras inspiradas ao fundo e teclados e synths celestiais, letras ora existenciais, românticas ou amargas, o Cure fecha a década com sua obra prima, recebendo prêmios de melhor banda inglesa e tocando para multidões no Wembley Arena. Impossível destacar uma só faixa. Todas são altamente recomendadas. De “Pictures of You” a “The Same Deep Water As You”, de “Homesick” a “Last Dance”. Sem contar os singles “Love Song” e “Lullaby”, a melhor hit-pop-dark-song de todos os tempos.

BLOODFLOWERS (2000)
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Após outras longas férias (que parecem fazer bem à banda), o Cure volta em grande estilo e ótima fase em um álbum épico. Se “Disintegration” pode ter sido uma evolução de “Pornography”, podemos dizer que “Bloodflowers” é a continuação natural da seqüência. Com arranjos inspirados e exuberantes, “Bloodflowers” mostra o Cure dos primeiros trabalhos em pleno ano 2000. Não é um disco “fácil”, com faixas longas repletas de detalhes e atmosferas. As autobiográficas “39″, “Watching Me Fall” e a faixa título são as típicas histórias musicadas tão bem feitas pela banda. A balada “Last Day of Summer” cumpre seu papel e emociona assim como “There Is No If… “. A mais conhecida com certeza é “Maybe Someday”, bom rock, mas que destoa um pouco das demais canções do disco.

Por: Samuel Martins

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Patti Smith


Patricia Lee Smith nasceu em Chicago, Illinois e cresceu em Nova Jersey. Seu pai era ateu e sua mãe era testemunha de Jeová. A família não era abastada e Smith largou os estudos aos dezesseis anos para trabalhar numa fábrica - uma experiência que ela considerou excruciante. Ela também teve um filho, do qual ela abriu mão para adoção. Em 1967, mudou para Nova Iorque e conheceu Robert Mapplethorpe quando trabalhava numa livraria. Os dois foram amantes durante um certo tempo, apesar de Mapplethorpe ser homossexual e eles mantiveram uma grandes amizade até a morte de Robert em 1989, vítima da AIDS. Em 1969, Smith foi a Paris com sua irmã e passou a fazer exibições de rua e performances artísticas. Quando ela voltou a Nova Iorque, morou no Hotel Chelsea (localizado na 222 West 23rd Street entre a Seventh e Eighth Avenue) com Mapplethorpe (Entre outros amantes famosos de Smith, podem ser mencionados o poeta Jim Carroll e Tom Verlaine, membro da banda Television). Durante o início da década de 1970, ela pintou, escreveu e fez recitais - frequentemente junto ao St. Mark's Poetry Project. Em 1971, ela atuou - uma única vez - na peça Cowboy Mouth, em colaboração com o roteirista e ator Sam Shepard.

Smith sustentava sua carreira nessa época, publicando artigos sobre rock, especialmente na revista Cream. Ela também compôs canções junto com Allen Lanier do Blue Öyster Cult, que gravou muitas músicas com contribuição de Patti Smith, incluindo Career of Evil, Fire of Unknown Origin, The Revenge of Vera Gemini e Shooting Shark.

Em 1974, Patti Smith fazia shows, inicialmente com o guitarrista e arquivista de rock Lenny Kaye, e mais tarde com uma banda inteira que compreendia: Ivan Kral (guitarra), Jay Dee Daugherty (bateria) e Richard Sohl (piano). Financiada por Robert Mapplethorpe, a banda gravou o primeiro single, Piss Factory/Hey Joe, em 1974. O lado A descreve a fúria sem solução que Smith sentiu quando trabalhava na linha de produção de uma fábrica e a salvação que experimentou com um livro roubado, Iluminações do poeta francês do século XIX Arthur Rimbaud. O lado B é uma versão de Hey Joe com a adição de um trecho falado sobre a herdeira fugitiva Patty Hearst ("…Patty Hearst you're standing there in front of the Symbionese Liberation Army flag with your legs spread, I was wondering will you get it every night from a black revolutionary man and his women…").

The Patti Smith Group assinou contrato com Clive Davis da Arista Records, e em 1975 foi lançado o primeiro álbum de Smith, Horses, produzido em meio a certa tensão com John Cale, ex-Velvet Underground. O disco era uma fusâo de rock and roll e proto-punk rock com poesia recitada. É considerado por muitos como o melhor álbum de estréia já lançado por um artista. Ele começa com uma cover da música Gloria de Van Morrison e as palavras de abertura emitidas por Smith são umas das mais famosas na história do rock: "Jesus died for somebody's sins…but not mine" (Jesus morreu pelos pecados de alguém…mas não pelos meus). A foto austera da capa, tirada por Mapplethorpe, se tornou uma imagem clássica do rock.


Durante as turnês de Patti Smith pelos Estados Unidos e pela Europa, a popularidade do punk aumentou. O som mais cru do segundo álbum da banda, Radio Ethiopia, reflete isso. Consideravelmente menos acessível que Horses, Radio Ethiopia recebeu poucas críticas. Todavia, muitas de suas canções, notavelmente Pissing in a River, Pumping e Ain't It Strange, resistiram ao tempo e Smith ainda as interpreta em suas apresentações.

Em meio à turnê de Radio Ethiopia, Smith pisou em falso e caiu de um palco altíssimo em Tampa, Florida quebrando vértebras do pescoço. Depois do acidente, Patti teve que se submeter a um longo perído de repouso e de fisioterapia intensiva. Durante esse tempo, ela pôde reorganizar-se, recuperar energias e reavaliar sua vida, um luxo a que não se permitia desde que havia alcançado a fama.

The Patti Smith Group produziu mais dois álbuns antes do fim da década de 1970. Easter (1978) foi seu disco que obteve maior sucesso comercial, contendo o hit Because the Night - escrito em parceria com Bruce Springsteen - que chegou ao décimo-terceiro lugar na Billboard Hot 100. Wave, com Frederick e Dancing Barefoot não fez tanto sucesso, tendo sido pouco executado nas rádios.

Em seguida ao lançamento de Wave, Smith, então separada do parceiro de longa data, Jim Carroll, conheceu Fred "Sonic" Smith, ex-guitarrista da legendária banda de Detroit, MC5 que adorava poesia tanto quanto ela. A piada corrente na época era que ela só havia casado com Fred porque não precisaria mudar de sobrenome. Durante a maior parte da década de 1980, Smith esteve praticamente isolada da música, vivendo em um subúrbio de Detroit com sua família. Em 1988, ela lançou o álbum Dream of Life que foi bem-recebido, apesar de ela não ter excursionado para divulgá-lo e de ter ser bem mais mainstream do que seus trabalhos anteriores influenciados pelo movimento punk.

Fred, seu marido, sofreu um ataque cardíaco e morreu em 1994, e após a morte inesperada de seu querido irmão Todd no mesmo ano, Patti foi encorajada por John Cale e Allen Ginsberg a procurar ajuda. Ela assim o fez e logo tornou-se uma ativa apoiadora do tratamento psiquiátrico para doenças mentais e para a manutenção da saúde mental. Smith também defendeu a formação de serviços de atendimento pelo telefone a possíveis suicidas que não queriam buscar ajuda de outra forma. Refletindo sobre a morte de Mapplethorpe, de Fred e de Todd, Patti saiu em turnê brevemente junto a Bob Dylan em dezembro de 1995. Quando seu filho, Jackson, fez doze anos, Smith decidiu retornar a Nova Iorque.


Depois da morte de seu esposo e de seu irmão, seu amigo Michael Stipe do R.E.M. e Allen Ginsberg (que ela conhecia desde quando morou pela primeira vez em Nova Iorque) sugeriram que ela voltasse à atividade. Ela excursionou com Bob Dylan em dezembro de 1995 (registrado em um livro de fotografias de Michael Stipe). No ano seguinte, ela trabalhou com seus colegas na gravação de Gone Again que incluía About a Boy, um tributo a Kurt Cobain. Smith era uma grande fã de Cobain, mas ficou mais enfurecida do que triste a respeito de seu suicídio. Ela foi citada na revista Rolling Stone: "Enquanto vemos alguém com quem nos importamos enfrentar uma batalha tão dura para sobreviver, vemos outra que simplesmente joga sua vida fora, acho que eu tinha menos paciência com isso" (a comparação refere-se a Mapplethorpe). Naquele mesmo ano, ela colaborou com Stipe em E-Bow the Letter, uma música do R.E.M., contida no álbum New Adventures Hi-Fi, que ela também tocou ao vivo com sua banda. Nessa época ela voltou para Nova Iorque.

Depois do lançamento de Gone Away, o Patti Smith Group gravou três novos álbuns: Peace and Noise (com o single "1959", sobre a invasão chinesa no Tibete) em 1997, Gung Ho (com canções sobre seu falecido pai e Ho Chi Minh) em 2000 e Trampin' em 2004 (que incluía muitas músicas sobre maternidade, parcialmente devido à morte da mãe de Smith em 2002). Este último, o primeiro de Smith por uma nova gravadora, Sony, foi aclamado pela crítica e a pôs de volta à Billboard 200 pela primeira vez em muitos anos. Uma caixa-coletânea com seu trabalho foi lançada em 1996 e em 2002 houve o lançamento de Land, uma compilação em CD duplo que inclui uma memorável versão da música do Prince When Doves Cry.

Smith foi curadora do Meltdown Festival em Londres, Inglaterra durante junho de 2005. Esse foi um dos mais bem sucedidos festivais que Meltdown já produziu, com virtualmente todos os ingressos vendidos. Os participantes do evento, escolhidos a dedo por Smith, eram atores e músicos de vertentes extremamente diversas, de Tilda Swinton a Miranda Richardson, passando pela London Sinfonietta até o grupo Yah-Kha que tocou Purple Haze (como parte de um tributo a Jimi Hendrix). O penúltimo evento do festival foi uma performance de Patti Smith tocando por inteiro seu álbum de estréia, Horses. O guitarrista Tom Verlaine tomou o lugar de Oliver Ray. Essa performance ao vivo foi posteriormente lançada naquele mesmo ano sob o título Horses.

Em agosto de 2005, Smith e sua banda abriram o festival alemão RuhrTriennale e fizeram dois shows no Century of Song. Entre versões diferentes de seu próprio material, ela tocou de forma muito personalizada canções de Phil Spector e clássicos de Bob Dylan e Jimi Hendrix. Na manhã seguinte, Patti deu uma palestra literária sobre os poemas de Arthur Rimbaud e William Blake. Nessa ocasião, ela também falou a respeito das diferenças entre letras de música e poemas.
Em 10 de julho de 2005, Smith foi nomeada uma líder da Ordre des Arts et des Lettres pelo Ministro da Cultura na França. Além de sua influência na esfera do rock and roll, o ministro mencionou o apreço de Smith por Arthur Rimbaud.


No decorrer de sua carreira, Smith publicou um certo número de livros de poesia, incluindo Babel; Patti Smith Complete, uma coletânea de suas composições musicais; Early Work, que unia inúmeros volumes de poema menores, publicados por ela no começo da década de 1970; e The Coral Sea, uma extensa elegia a Mapplethorpe. Em 2003, suas obras de arte foram exibidas em Pittsburgh no Andy Warhol Museum.

Apesar de Smith nunca ter tido um disco certificado pela RIAA, apesar de ter lançado um único single que chegou ao Top 20 ela é reconhecida como uma das mais importantes e influentes artistas da história do rock. A revista Rolling Stone recentemente colocou-a no 47º lugar em sua lista dos cem maiores artistas de todos os tempos.

Smith foi uma ativa apoiadora da campanha presidencial em 2000 de Ralph Nader, excursionando com ele e tocando People Have the Power e Somewhere Over the Rainbow diante de multidões com milhares de pessoas em "show-mícios". Ela também tocou em muitos eventos posteriores de Nader.

Ela apoiou nominalmente John Kerry na eleição de 2004; mesmo não participando da turnê Vote for Change, People Have the Power foi tocada em todos os shows envolvendo Bruce Springsteen. Todavia, após a eleição, ela levantou verbas para ajudar na campanha de 2004 de Nader, afundado em dívidas de processos do Partido Democrata.

Ela também viajou com Ralph Nader no final de 2004 e início de 2005 para realizar comícios contra a Guerra no Iraque e a favor do impeachment do presidente George W. Bush. Suas menções a respeito de Nader em apresentações costumam ser seguidas por vaias de uma porção substancial dos espectadores (que o culpam pela derrota de Al Gore para Bush em 2000), às quais ela responde, "Eles também vaiaram Thomas Paine".


HORSES (1975)
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EASTER (1978)
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DREAM OF LIFE (1988)
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PATHS THAT CROSS (1995)
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GONE AGAIN (1996)
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GUNG HO (2000)
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TRAMPIN' (2004)
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TWELVE (2007)
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BANGA (2012)
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RADIO ETHIOPIA (1976)
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WAVE (1979)
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EXODUS (1994)
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DIVINE INTERVENTION (1996)
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PEACE AND NOISE (1997)
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LAND 1975-2002 (2002)
DOWNLOAD: CD 1 | CD 2


TRAMPIN'... LIVE AUX VIEILLES CHARRUES (2006)
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OUTSIDE SOCIETY (2011)
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LIVE IN GERMANY 1979 (2012)
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Wishbone Ash


Os pioneiros do southern rock, como a banda dos irmãos Allman e o Lynyrd Skynyrd, tiveram papel fundamental na concepção e no desenvolvimento das guitarras gêmeas. Além deles, outras duas bandas foram essenciais nesse quesito: o Thin Lizzy e o Wishbone Ash. Enquanto a banda do vocalista e baixista Phil Lynott começou a desenvolver as twin guitars a partir da substituição de Eric Bell - até então único guitarrista do grupo - pela dupla formada por Scott Gorham e Brian Robertson, que estreou no quarto disco do grupo, "Night Life", de 1974, o Wishbone Ash já trazia essa característica desde sua formação, em agosto de 1969. Mas, ainda que os dois primeiros álbuns do grupo - "Wishbone Ash" de 1970 e "Pilgrimage" de 1971 - demonstrassem essa faceta, foi em "Argus", terceiro LP do conjunto, que ela se revelou por inteira, em toda sua beleza e complexidade.

Lançado em 28 de abril de 1972, "Argus" é o mais conhecido disco do Wishbone Ash, além de ser considerado o melhor trabalho da banda pela imensa maioria dos fãs e críticos. Contando com seu line-up clássico - Martin Turner (vocal e baixo), Andy Powell (guitarra e vocal), Ted Turner (guitarra e vocal) e Steve Upton (bateria) -, o Wishbone Ash concebeu um dos mais belos registros dos anos setenta. O álbum foi gravado no De Lane Sea Studios, em Londres, em janeiro de 1972, e teve produção de Derek Lawrence, que havia produzido os três primeiros LPs do Deep Purple, e o engenheiro de som do disco foi Martin Birch, que mais tarde se tornaria famoso por trabalhos ao lado do Iron Maiden.

As sete faixas de "Argus" trazem uma alquimia entre o rock progressivo, o folk e o hard rock, resultando em um som ímpar. Mas a principal característica do play, indiscutivelmente, é o brilhante trabalho de Powell e Turner na construção de belíssimas melodias com suas guitarras, que se entrelaçam em arranjos complexos que progridem em harmonias arrepiantes, levando o ouvinte para outras dimensões. Na minha opinião, sem dúvida "Argus" é o ponto zero das guitarras gêmeas. Por mais que algumas bandas já tivessem experimentado essa característica em seus sons, foi neste disco que o conceito foi definido, de maneira sólida e definitiva.

O LP abre com "Time Was" e sua bela introdução acústica, que serve de base para os vocais de Martin e Ted Turner. Após esse trecho, a faixa evolui para uma empolgante levada, com cativantes linhas vocais e longos trechos instrumentais repletos de inspiração, antecipando o que estava por vir. A balada "Something World" é cantada por Martin Turner com uma forte carga de emoção, o que torna a faixa ainda mais arrepiante. Destaque para os delicados arranjos e solos de guitarra, mostrando que não é preciso tocar à velocidade da luz para ser considerado um grande instrumentista. A mudança de andamento no meio da faixa leva a um trecho muito mais animado, novamente com longas passagens instrumentais entrecortadas por ricas harmonias vocais. Sensacional!

"Blowin´ Free", uma das músicas mais conhecidas do Wishbone Ash, vem a seguir, e é impossível, mesmo passados quase quarenta anos do lançamento do disco original, não se arrepiar com o riff inicial da canção. Os vocais são divididos entre Martin Turner, Ted Turner e Andy Powell, em um resultado final sublime. Essa faixa é simplesmente um hino, perfeita para pegar a estrada sem rumo e sem destino.

Uma das minhas prediletas, "The King Will Come", dá sequência ao play. As guitarras dessa faixa são um show à parte, alternando-se entre riffs inspirados e solos furiosos, isso sem falar nos vocais, agora divididos entre Martin e Andy, quase espirituais em certos momentos. Resumindo: uma composição brilhante!

"Leaf and Stream" dá uma acalmada nas coisas, e aqui percebe-se claramente as influências celtas no som do Wishbone Ash, principalmente pelas linhas vocais de Martin Turner. Os solos esbanjam classe e delicadeza, mostrando todo o talento de Andy Powell e Ted Turner. Uma ótima canção acústica.

O disco fecha em grande estilo, com duas de suas melhores faixas. "Warrior" é um hard classudo com grandes melodias, alternância de andamentos e um refrão marcante. Já "Throw Down the Sword" surge nos alto-falantes evoluindo sobre uma bela harmonia de guitarras, culminando com um solo duplo sensacional em seu final, onde as duas guitarras se cruzam e se complementam.

Uma coisa que chama a atenção ainda hoje é o timbre alcançado por Andy Powell e Ted Turner no disco. Suas guitarras soam puras e limpas, sonoridade essa que realça ainda mais todos os detalhes dos riffs e arranjos presentes no álbum. Na minha opinião, "Argus" tem um dos mais belos timbres de guitarra já gravados, fácil, fácil.

O impacto de "Argus" foi imediato. O disco foi muito bem aceito pelos fãs e pela crítica. A revista inglesa Sounds Magazine elegeu "Argus" como álbum do ano. O sucesso foi tamanho que um público muito maior que o habitual começou a ir aos shows do Wishbone Ash, transformando a turnê de divulgação do LP em uma das mais concorridas do biênio 1972-1973.

Em 1991 "Argus" teve sua primeira edição em CD, e como atrativo extra para os fãs trouxe a faixa "No Easy Road", originalmente lançada como b-side do single de "Blowin´ Free", como bônus. Em 2002 o disco ganhou uma reedição remasterizada, que trouxe como bônus as três faixas lançadas originalmente no EP promocional "Live from Memphis", de 1972 - "Jail Bait", "The Pilgrim" e "Phoenix" -, gravadas ao vivo pela banda nos estúdios da WMC FM.

Finalmente, em 2007 foi lançada uma Deluxe Edition do álbum, com nada mais nada menos que onze faixas bônus. Além das já conhecidas "No Easy Road" e das versões de "The Pilgrim" e "Phoenix" do "Live from Memphis", o disco trouxe seis faixas gravadas ao vivo em um evento chamado BBC in Concert - "Time Was", "Blowin´ Free", "Warrior", "Throw Down the Sword", "The King Will Come" e "Phoenix" -, e duas registradas durante as famosas BBC sessions - "Blowin´ Free" e "Throw Down the Sword".

A tour de Argus gerou o estupendo duplo ao vivo "Live Dates", lançado em 1973, que traz quatro faixas do álbum - "The King Will Come", "Warrior", "Throw Down the Sword" e "Blowin´ Free" -, além de versões antológicas de "The Pilgrim" e "Phoenix", essa última com mais de dezessete minutos de duração. Se você curte discos ao vivo, anote a dica: "Live Dates" é um dos melhores registros ao vivo dos anos setenta, obrigatório em uma coleção de hard rock.

Além de ser o marco zero das guitarras gêmeas, que influenciariam inúmeros grupos no futuro, notoriamente os gigantes do metal britânico Judas Priest e Iron Maiden, "Argus" é o ápice da longa discografia do Wishbone Ash. Um dos mais belos discos dos anos setenta, mantém viva a sua capacidade de emocionar o ouvinte a cada nova audição. Só isso já diz muito sobre a qualidade da música que corre em seus sulcos.

Clássico e obrigatório, nesse caso, ainda é pouco.

Fonte: Whiplash

1972 | ARGUS

01 | Time Was
02 | Sometime World
03 | Blowin' Free
04 | The King Will Come
05 | Leaf and Stream
06 | Warrior
07 | Throw Down the Sword


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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Scott McKenzie


“Quando San Francisco foi lançada na primavera de 1967, meu país vivia um caos. Além de sofrermos por assassinatos políticos, estávamos amargamente divididos pela escalada da Guerra do Vietnã e sangrando por atos internos de violência e ódio, muitos deles como reação a pacíficos protestos e demonstrações pelos direitos civis. Mesmo quando tantos de nós já havíamos perdido as esperanças, quando o Verão do Amor já estava se transformando num Inverno de Desespero, nossa música nos ajudou a manter-nos vivos e nos levar em frente num mundo que ainda tínhamos esperança de mudar. E ela ainda faz isso hoje." - Scott McKenzie

Scott McKenzie nasceu na Flórida, aos seis meses seus pais mudaram-se para Asheville, Carolina do Norte, onde seu pai faleceu em 1941, quando Mckenzie acabara de completar 2 anos. Após a morte do pai, a mãe de Scott mudou-se para Washington, DC em 1942 a fim de empregar-se no serviço público. Devido ao início da Segunda Guerra Mundial as viagens e alojamentos estavam muito caros, o que impossibilitou que Scott Mackenzie acompanhasse a mãe, dificultando também que lhe fizesse visitas, que aconteciam esporadicamente, normalmente uma vez ao ano. Até 1946 Scott viveu com o avô e depois com três outras famílias na Carolina do Norte, Kentucky e Rhode Island, quando sua mãe conseguiu alugar dois quartos e buscá-lo para morar com ela.

Em meados da década de 1950, Scott se interessou em cantar e tocar guitarra. Foi nesse período que conheceu o Papa John Phillips, que juntamente com ele formou o grupo "The Abstracts", mais tarde renomeado para "The Smoothies", que a princípio fazia apresentações em casas noturnas, chegando em 1960 à gravação dos primeiros singles, produzido por Milt Gabler. Então o grupo foi novamente renomeado para "The Journeymen" com a chegada de Dick Weissman, considerado então o melhor com o banjo de cinco cordas, tornado-se um trio folk. Com essa formação foram gravados três álbuns para a Capitol Records. Mais tarde John deixou o "The Journeymen" e tornou-se um dos Papas no grupo The Mamas and the Papas. Scott McKenzie seguiu carreira solo, mas após a gravação do segundo álbum, se retirou do cenário musical, fazendo apenas participações e aparições raras, onde normalmente executava a canção "San Francisco".

Conhecido como intérprete do hino da contracultura na década de 60, morreu em 18 de agosto de 2012, depois de lutar por anos contra uma doença no sistema nervoso, chamada síndrome de Guillain-Barré.

Texto: Wikipédia

1967 - THE VOICE OF SCOTT McKENZIE

01. San Francisco
02. Like an Old Time Movie
03. Twelve Thirty
04. No, No, No, No, No
05. Celeste
06. Rooms
07. Don't Make Promises
08. Reasons to Believe
09. It's Not Time Now
10. What's the Difference (Chapter 1)
11. What's the Difference (Chapter 2)

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1970 - STAINED GLASS MORNING

01. Look in the Mirror
02. Yves
03. Crazy Man
04. 1969
05. Dear Sister
06. Going Home Again
07. Stained Glass Morning
08. Illusion
09. Take a Moment

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