domingo, 31 de maio de 2015

Olivia Byington e A Barca do Sol

Filha de um psicanalista carioca, estudou piano, violino e violão. Dona de grande extensão vocal, cantava óperas e rock na juventude.

Nos anos 70 integrou, ao lado do violoncelista Jacques Morelenbaum, a banda Antena Coletiva, que tocava rock de garagem. No final da década lançou um disco ("Corra o Risco", 1978) e fez shows como cantora solo, no Rio de Janeiro, acompanhada pelo grupo A Barca do Sol.

Considerada uma cantora refinada e sofisticada pelos críticos desde o início de sua carreira, apresentou-se ao lado de Tom Jobim, Radamés Gnattali, Chico Buarque, Turíbio Santos, Paulo Moura, Egberto Gismonti, João Carlos Assis Brasil. Em 1981 foi a Cuba, a convite de Chico Buarque, e acabou gravando um disco produzido por Silvio Rodrigues.

Sem desprezar o rock e confirmando sua postura de eclética, gravou, em seu disco "Música" (1984), rocks de Cazuza e canções de Djavan. Mas em geral é conhecida pelo repertório que inclui Gershwin, Porter, Cartola, Tom Jobim. Em 1990 o disco "Olivia Byington e João Carlos Assis Brasil" teve boa recepção e proporcionou ao duo viagens por todo o Brasil.

Nos anos 90 excursionou pela Europa e elaborou um trabalho ao lado do saxofonista Edgar Duvivier, e em 1997 gravou "A Dama do Encantado", em homenagem a Aracy de Almeida, disco aclamado pela crítica.

1978 | CORRA O RISCO

01. Fantasma da Ópera
02. Lady Jane
03. Corra o Risco
04. Jardim de Infância
05. Banda dos Corações Solitários
06. Cavalo Marinho
07. Lobo do Mar
08. Água e Vinho
09. Brilho da Noite
10. Minha Pena Minha Dor
11. Luz do Tango

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terça-feira, 26 de maio de 2015

Mike Patton


Muitas verdades podem ser ditas sobre Mike Patton, mas associar a palavra tédio ao nome do músico americano é algo que só aconteceria se uma piada de mau gosto fosse contada. Desde os anos 1980 quando ficou conhecido como o vocalista do Faith No More, passando pelo fim do grupo em meados dos anos 1990 e até o grande revival que começou em 2009, Patton se dedicou a uma lista infindável de projetos que se estendem da música instrumental a trilhas sonoras e dublagem de videogames. Apesar da variedade das criações daquele que chegou a receber o apelido de “1000 vozes”, não é possível afirmar que sua carreira consegue agradar a todos os gostos. Para entender as paranóias musicais de Patton é preciso também ser bastante paranóico.

Entre todos os trabalhos do cantor, o FNM figura como o mais aceitável comercialmente. Durante anos a reunião com Roddy Bottum, Mike Bordin e Billy Gould parecia ser adiada mais por vontade do vocalista do que em função dos desejos dos outros membros. Para Patton, a banda que fez sucesso com Epic e From Out of Nowhere, não era exatamente o que ele tinha em mente quando o assunto era música. Depois do ponto final na trajetória do FNM em 1998, ele passou a se dedicar a projetos que falavam mais de perto ao coração, como o Fantomas e o Mr. Bungle. No entanto, nenhum desses trabalhos era muito bem visto pelas gravadoras que ainda tinha a esperança de poder lucrar com a imagem do roqueiro meio pirado que levou as meninas a loucura no Rock in Rio 2, disputando com Axl Rose o posto de muso de uma nova geração do rock que se disseminava no fim dos 80.

Para resolver o impasse com os executivos que torciam o nariz para o experimentalismo de discos como Director’s cut, Delírium Córdia e Pranzo Oltranzista, a solução foi criar a própria gravadora, a Ipecac Recordings. É a partir dessa usina musical que Patton dá vazão a todas as suas loucuras. Depois de mexer até com hip hop, não é nada estranho saber que o músico fez um disco de regravações de clássicos da música Italiana dos anos 50.

A idéia para Mondo Cane surgiu em 2008. Patton, que era casado com um italiana e proprietário de uma casa em Bologna, não apenas desenvolveu um italiano perfeito como também um interesse profundo pelo cancioneiro do país da bota. Não bastava admirar Ennio Morricone (um dos últimos lançamentos da Ipecac é uma compilação do melhor do compositor de trilhas sonoras). O trabalho feito ao vivo com uma orquestra de 65 pessoas explora os gostos mais peculiares do californiano. Durante um bom tempo, os fãs puderam se divertir no You Tube com as imagens dos shows que deram origem ao disco. Bom tempo mesmo… a primeira data para o lançamento da gravação de Mondo Cane era 2008, depois passou para 2009 e, finalmente, ocorreu apenas em 2010.

Ainda na época do Faith No More, o vocalista costumava dizer que se importava mais com a sonoridade das músicas do que com o significado que colocava nas letras que escrevia. Mondo Cane com seu repertório de regravações comprova que o talento de Patton está na capacidade de criar sons através de sua voz que exprime toda a personalidade de um músico que realmente acredita nos trabalhos que faz. Por ser viciado em trabalho, Mike chegou a pecar pela pressa de produzir em alguns de seus trabalhos, mas a demora para o lançamento de Mondo Cane pode ser vista como um cuidado extra com uma obra bem executada.

Entre as 11 canções que fazem parte do álbum, há momentos sentimentais e singelos como “Scatinella” e “Deep Down”, única canção em inglês, mas que não destoa das outras por se tratar de uma composição feita por Morricone para o filme Perigo: Diabolik. No entanto, os pontos altos de Mondo Cane estão nas faixas em que Mike Patton extravasa sua energia, como na pitoresca “Che Notte!”, de Leo Chiosso e na tempestuosa “Urlo Negro”, originalmente do The Blackmen.

Mondo Cane proporciona uma experiência singular para o ouvinte e apresenta uma nova faceta de Mike Patton, igualmente talentosa, mas mais comedida. Contudo, não é para esperar que os fãs se apaixonem pela música italiana da mesma forma como um dia se apaixonaram por The Real Thing e Angel Dust. Mondo Cane é mais um trabalho de Patton e não um tributo para os clássicos italianos.

Por | WiLidiana de Moraes

2010 | MONDO CANE

01. Il Cielo In Una Stanza
02. Che Notte!
03. Ore D'Amore
04. Deep Down
05. Quello Che Conta
06. Urlo Negro
07. Scalinatella
08. L'Uomo Che Non Sapeva Amare
09. 20 KM Al Giorno
10. Ti Offro Da Bere
11. Senza Fine

Bonus Tracks:
12. Set Yourself On Fire
13. Somewhere Between Waking And Sleeping

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

A Psicodelia dos 60 & 70 no Brasil


A PSICODELIA DOS 60 & 70 NO BRASIL, DA GARAGEM ÀS MISTURAS REGIONAIS

Por | Fernando Rosa

A psicodelia se fez presente no rock nacional com suas guitarras distorcidas e letras lisérgicas desde o final dos anos sessenta, desdobrando-se em som progressivo e outras misturas afins até a primeira metade dos anos setenta, incorporando inclusive as sonoridades regionais, especialmente a nordestina. Enfrentando toda sorte de preconceito, o gênero contribuiu para alargar os horizontes da música jovem brasileira, cujas estruturas conservadoras haviam sido abaladas pouco tempo antes pelo som de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rogério Duprat e Os Mutantes, no movimento batizado de Tropicalismo. Sem apelo comercial, o som psicodélico ficou restrito a grupos mais radicais, ao público mais descolado e sintonizado com o movimento hippie e a poucas gravações, em raros e valiosos lps e compactos.

As primeiras manifestações psicodélicas ocorreram em São Paulo, por meio de grupos como The Beatniks, Os Baobás e The Galaxies, que introduziram em seus repertórios clássicos do gênero produzido nos Estados Unidos, especialmente. The Beatniks, grupo de palco do programa Jovem Guarda (Roberto Carlos) na TV Record, aliado ao agitador cultural e artista plástico Antônio Peticov, produziu ótimos compactos, com covers de Gloria (Them), Fire (Jimi Hendrix) e Outside Chance (The Turtles). Os Baobás, que teve Liminha entre seus membros, também destacou-se por meio de cinco ótimos compactos e um LP, onde registraram sua paixão por Doors, Jimi Hendrix e Zombies, entre outros. Enquanto The Galaxies, misto de paulistas, americanos e ingleses, deixaram um raro e clássico álbum gravado em 1968, contendo canções originais e covers para Love, Donovan e outros ícones da geração flower power.

Ainda nos anos sessenta, outras bandas como The Beat Boys, Os Brazões e Liverpool produziram obras geniais que ficaram na memória de quem viveu a época. The Beat Boys, depois de acompanhar Caetano Veloso em Alegria Alegria e Gilberto Gil em Questão de Ordem, gravou um excelente álbum, lançado em 1968, que contém alguns clássicos da psicodelia nacional, como Abrigo de Palavras em Caixas do Céu. Os Brazões também gravaram apenas um ótimo e ultra-tropicalista lp, que contém Gotham City (regravada pelo Camisa de Vênus, nos anos oitenta), Pega a Voga Cabeludo (de Gil), Momento B8 (Brazilian Octopus) e Planador (Liverpool), entre outras pérolas sonoras. Já o grupo gaúcho Liverpool é responsável por um dos melhores álbuns gravados nos anos sessenta, o LP Por Favor, Sucesso, que contém as clássicas Impressões Digitais, Olhai os Lírios do Campo e Voando, entre outras.

Menos conhecidos, grupos como Spectrum, Bango, Módulo 1000, Equipe Mercado e A Tribo também marcaram com suas misturas sonoras o início dos anos setenta. O grupo Spectrum, de Nova Friburgo, com a trilha sonora do filme Geração Bendita, produziu um dos mais raros e desconhecidos discos de psicodelia dos anos setenta, com qualidade internacional, e ainda atual. O carioca Módulo 1000, por sua vez, marcou o início da década de setenta com seu som psicodélico-progressivo, registrado no disco Não Fale Com Paredes, outro clássicos do rock nacional de todos os tempos, relançado em CD. A Tribo, com Joyce, Toninho Horta e outros músicos que depois brilharam na MPB, e Equipe Mercado, tendo à frente a dupla Diana e Stull, transitaram entre a influência roqueira e as sonoridades regionais, deixando algumas poucas gravações.

A partir dessas primeiras experiências, e incorporando o som progressivo, inúmeros grupos transportaram a juventude brasileira para espaços mais livres e criativos, além dos limites impostos pela censura ditatorial. Apoiados na riqueza musical nacional, os grupos misturaram rock, tropicalismo, barroco, jazz, erudito, som oriental, música regional e tudo o mais disponível para criar um dos universos sonoros mais criativos do planeta, naquele momento. Grupos como A Barca do Sol, Som Nosso de Cada Dia, Moto Perpétuo, Som Imaginário, Terreno Baldio, Recordando o Vale das Maçãs, Soma, Veludo, Vímana e Utopia - uns mais conhecidos, outros ainda obscuros para a grande maioria - deram a sua contribuição de ousadia e de inventividade sonora e poética para a história do rock brasileiro.

Ainda, em meados dos anos setenta, Lula Côrtes, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Paulo Raphael, especialmente, deixaram a marca de uma nova e delirante mistura, que resultou na posterior invasão nordestina. Em 1972, com participação do maestro Rogério Duprat, Alceu Valença e Geraldo Azevedo produziram um disco em parceria, que trazia influências pós-tropicalistas, rock and roll e sonoridades nordestinas, que antecipou o clássico Paêbirú, O Caminho do Sol - raro e ultrapsicodélico álbum duplo, gravado em 1974, sob o comando de Lula Côrtes e Zé Ramalho. Na seqüência, transitando para a afirmação dos ritmos mais regionais, Alceu Valença, Zé Ramalho e o grupo Ave Sangria (de Paulo Raphael), especialmente, ainda produziram peças com viés psicodélico, como Vou Danado Pra Catende (Alceu Valença), A Dança das Borboletas (Zé Ramalho) e Momento na Praça (Ave Sangria).

AS BANDAS E ARTISTAS

Apresentamos aqui uma relação das principais bandas e intérpretes que fizeram a história da psicodelia brasileira, nos anos sessenta e setenta. Os verbetes são sintéticos, e alguns deles foram publicados originalmente na revista ShowBizz (de novembro/2000).

THE BEATNIKS
1968 | Complete Mocambo Singles
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Legenda do rock paulistano, The Beatnkis foi o grupo de palco do programa Jovem Guarda e, ao mesmo tempo, responsável por surpreendentes compactos garageiro-psicodélicos. Entre 67 e 68, gravou quatro disquinhos pelo selo Rozemblit contendo covers para Turtles (Outside Chance), Them (Gloria) e Jimi Hendrix (Fire), entre outros. Em suas diversas formações, o grupo contou com Bogô, Regis, Nino, Márcio, Mário e Norival. Antônio Peticov produzia as capinhas psicodélicas da banda.

CÓDIGO 90
1967 | Single
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Banda paulistana formada em 67 pelo ex-Top Sounds e Loupha, Marcos 'Vermelho' Ficarelli (guitarra), Mário Murano (teclado), Pedro Autran Ribeiro (vocal), Sérgio Meloso (bateria) e Vitor Maulzone, além do guitarrista Tuca. Agitaram as domingueiras do Clube Pinheiros, em São Paulo, com apresentações psicodélicas, e deixaram apenas um raro compacto pelo selo Mocambo/Rozenblit - Não Me Encontrarás/Tempo Inútil (67).

SERGUEI
1966-1975 | Singles
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Com visual/postura rocker-hippie e uma discografia dispersa em raros compactos, Serguei é um ser psicodélico por natureza. Em 67, gravou Eu Sou Psicodélico, As Alucinações de Serguei e o mix de rock-Jovem Guarda-protesto chamado Maria Antonieta Sem Bolinhos. Em 69, com a banda The Cougars, gravou Alfa Centauro, um flerte com o tropicalismo, sem perder a 'acidez'. Ouriço e Burro-Cor-de Rosa também são clássicos de sua discografia e da psicodelia nacional.

OS BAOBÁS
1968 | Os Baobás
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Grupo que antecipou a chegada do hit Light My Fire (The Doors) no Brasil, em gravação que contou com o futuro Mutantes e produtor Liminha no baixo. Inicialmente beat, enveredou pela psicodelia clássica "importada", que resultou na gravação do único álbum em 68, contendo diversos covers (entre eles, Oranges Skies, do Love), pelo selo Rozemblit. Também lançaram cinco compactos, com destaque para a versão de Paint It Black/Pintada de Preto (The Rolling Stones). O grupo tocou com Ronnie Von, com quem gravou um compacto (Menina Azul) e flertou com o tropicalismo, acompanhando Caetano Veloso em shows, em substituição aos Beat Boys. A primeira formação do grupo contou com Ricardo Contins (guitarra), Jorge Pagura (bateria), Carlos (baixo), Renato (guitarra solo) e Arquimedes (pandeiro). Também passaram pelas diversas formações da banda Rafael Vilardi (ex-O'Seis), Guga, Nescau, Tuca e Tico Terpins (depois Joelho de Porco).

BEAT BOYS
1968 | Beat Boys
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Um misto de brasileiros e argentinos radicados em São Paulo, o grupo Beat Boys ficou conhecido por acompanhar Caetano Veloso em Alegria Alegria, no Festival da Record e em disco. Integravam o grupo Cacho Valdez (guitarra), Willy Werdaguer (baixo), Tony Osanah (vocal e pandeiro), Marcelo (bateria). Toyo (baixo e teclados) e Daniel (outra guitarra). Gravou um único álbum pela RCA Victor, lançado em 68, contendo Abre, Sou Eu (Billy Bond) e covers radicais como Wake Me, Shake Me (The Blues Project).

THE GALAXIES
1968 | The Galaxies
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O garageiro The Galaxies era formado pelo inglês David Charles Odams (guitarra e vocal), pela americana Jocelyn Ann Odams (maracas e vocal) e pelos brasileiros Alcindo Maciel (guitarra e vocal) e José Carlos de Aquino (guitarra e bateria. Lançado pelo selo Som Maior, o álbum contém cover para Orange Skies (Love) e composições próprias, como Linda Lee, de David e Carlos Eduardo Aun, o Tuca, ex-Lunáticos, e depois Baobás, que também toca no disco.

SUELY E OS KANTIKUS
1968 | Single
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Grupo formado pela ex-O'Seis (o pré-Mutantes), Suely Chagas, mais os guitarristas Lanny Gordin e Rafael Vilardi (também do pré-Mutantes). O grupo ganhou o Festival Universitário de São Paulo, em 1968, com a música Que Bacana. Na linha tropicalista, gravou um único compacto (Que Bacana/Esperanto), que traz Lanny em um dos seus melhores e mais radicais trabalhos de fuzz-guitar.

BRAZILIAN OCTOPUS
1969 | Brazilian Octopus
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Apesar da orientação jazística, com pitadas de bossa-nova, o grupo pincelava seu som com climas tropicalistas-psicodélicos (incluindo a logotipia do nome na capa do único álbum gravado). A distorção ficava por conta de Lanny Gordin e sua guitarra fuzz e seu wah-wah em canções como As Borboletas e Momento B/8 (parceria do grupo com Rogério Duprat) Integravam o grupo, entre outros, o multi-instrumentista Hermeto Paschoal e o guitarrista Olmir 'Alemão' Stocker.

LIVERPOOL
1969 | Por Favor, Sucesso
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Com atitutude e visual "Jefferson Airplane", e responsável por verdadeiras viagens sonoras nos palcos, transitou na fronteira do tropicalismo com a psicodelia universal, secundando os Mutantes em criatividade e, especialmente, qualidade instrumental. Integravam o grupo, Mimi Lessa (guitarra), Edinho Espíndola (bateria), Fughetti Luz (cantor), Pekos (baixo) e Marcos (base). Gravou o único álbum em 69, pelo selo Equipe, contendo elaboradas canções com fuzz-guitar no talo, a exemplo de Voando, Impressões Digitais e Olhai Os Lírios do Campo. No início dos anos 70, ainda gravou mais dois compactos, um (duplo) para a trilha do filme Marcelo Zona Sul, e outro, sob o nome de Liverpool Sound, com as músicas Fale e Hei Menina. Com o fim do grupo, seus integrantes, menos Pekos, juntam-se ao ex-A Bolha, Renato Ladeira, para formar o Bixo da Seda, que retornou ao rock and roll "stoniano" das origens da banda.

MUTANTES
1971 | Jardim Elétrico
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Um dos mais importantes grupos da história do rock, não apenas nacional, mas mundial, não ficando nada a dever aos grandes ícones da revolução musical dos anos sessenta, até mesmo aos Beatles, em vários momentos de sua obra. Deixaram pelo menos três discos clássicos da discografia brasileira e, outra vez, mundial, com uma riqueza de idéias, de arranjos e de soluções instrumentais, que surpreendem até hoje, e provocam uma "redescoberta" por parte dos mais importante músicos nacionais e estrangeiros. Apesar disso, permaneceram por um bom tempo ignorados, até serem relançados ainda em vinil pelo selo paulistano Baratos Afins, em meados dos anos oitenta. São donos de uma infindável coleção de hits e, também, de um baú de raridades, que, além do já lançado Tecnicolor (originalmente gravado em setenta, mas inédito até 2000), renderiam, pelo menos, um bom cd simples.

RONNIE VON
1968 | Ronnie Von
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Iniciou a carreira cantando Beatles, e com seu terceiro disco, que tem participação dos Mutantes, Beat Boys e arranjos de Rogério Duprat, acabou virando uma espécie de laboratório experimental do tropicalismo. Mas sua mais importante contribiuição a história da psicodelia nacional é o o disco lançado em 68, com arranjos de Damiano Cozzela, que traz os mais radicais experimentos sonoros daquela segunda metade de década, somente igualados ou superados pelos Mutantes. É neste disco que está a clássica Silvia, 20 Horas Domingo, recentemente regravada pelo grupo gaúcho Vídeo Hits, com participação do próprio cantor. Ronnie Von ainda gravou mais dois álbuns com essa orientação: A Misteriosa Luta do Reino de Parassempre Contra o Império de Nuncamais e A Máquina do Tempo, o último antecipando o rock progressivo, que chegaria ao Brasil um pouco mais tarde. Atualmente, Ronnie Von tem sido alvo de um revival que, definitivamente, resgata a sua verdadeira importância na história do rock nacional.

OS BRAZÕES
1969 | Os Brazões
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Grupo responsável por uma das melhores fusões de tropicalismo com psicodelia universal, festejada por Nelson Motta, na contra-capa do seu único álbum, lançado 70. Integravam os Brazões, Miguel (guitarra base), Eduardo (bateria), Roberto (guitarra solo) e Taco (baixo). Tornaram-se conhecidos por acompanhar Gal Costa em shows e defender Gothan City, de Macalé e Capinam, no IV Festival Internacional da Canção Popular, em 69 (a mesma que ganhou cover punk do Camisa de Vênus, nos anos oitenta). Lançaram um dos principais trabalhos da discografia psico-tropicalista, recheado de guitarras fuzz, contendo versões para clássicos como Pega a Voga Cabeludo, Volkswagen Blues e Modulo Lunar. Miguel, depois Miguel de Deus, entrou de cabeça na onda funk, gravando o álbum Black Soul Brothers (77).

O BANDO
1969 | O Bando
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Outra banda que misturou MPB, música regional e pitadas de psicodelia. Em 69, lançou seu único álbum, com arranjos dos maestros Rogério Duprat, Damiano Cozzela e Júlio Medaglia. Em clima tropicalista, cantam Jorge Ben, Caetano Veloso e os novatos gaúchos Hermes Aquino e Lais Marques. Integravam O Bando, Diógenes, a cantora Marisa Fossa (que depois gravou com Duprat), Américo, Dudu, Emílio, Paulinho e Rodolpho.

BLOW UP
1969 | Blow Up
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Nascido em Santos, com o nome The Black Cats, começou tocando rock instrumental, passou pela beatlemania e, no final dos anos 60, acabou na psicodelia. Inspirado no filme homônimo de Antonioni, trocou de nome e gravou dois álbuns com a nova orientação: o primeiro em 69, e o segundo em 71, chamado apenas Blow Up, mas também conhecido como Expresso 21. Integravam a primeira formação Robson (guitarra solo), Hélio (bateria), Tivo (baixo e vocal), Zé Luis (vocal), Nelson (teclado) e Adalberto (guitarra base).

OS LEIF'S
1970 | Os Leif's
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Bônus: Os Minos | Singles (1967-1968)

Histórico grupo baiano formado pelo guitarrista Pepeu Gomes, seu irmão Jorginho, mais Carlinhos e Lico, que acompanhou Caetano Veloso e Gilberto Gil no show-disco Barra (69). Também foi responsável pelo acompanhamento psico-tropicalista em diversas faixas do primeiro álbum dos Novos Baianos - Ferro na Boneca (70), com destaque para a fuzz-guitar de Pepeu. Antes, formavam Os Minos, que gravou dois compactos, pelo selo Copacabana, em 67.

SOM IMAGINÁRIO
1970 | Som Imaginário
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Outro grupo que passeou com maestria nas fronteiras da psicodelia e do progressivo com a moderna MPB e toques de jazz, produzindo clássicos do gênero como Morse, Super God, Cenouras (… "vou plantar cenouras na sua cabeça"). Integraram o grupo em suas várias formações mestres do instrumento, como Wagner Tiso (teclados), Luís Alves (contrabaixo), Robertinho Silva (bateria), Tavito (violão), Frederyko (guitarra), Zé Rodrix (teclados, voz e flauta), Laudir de Oliveira (percussão), Naná Vasconcelos (percussão) e, ainda, ocasionalmente, Nivaldo Ornelas (sax) e Toninho Horta (guitarra). Gravaram os discos Som Imaginário (70), Som Imaginário - 2 (71) e Matança do Porco (73). Os três lps foram relançados conjuntamente em cd, em 98, pela gravadora EMI, enquanto a música Super-God (do primeiro lp) foi incluida na coletânea Love, Peace & Poetry - Latin American Psychedelic Music, lançada pelo selo alemão Q.D.K Media.

A BOLHA
1973 | Um Passo À Frente
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Legendária banda do rock nacional, formada em 65, no Rio de Janeiro, pelos irmãos Cesar e Renato Ladeira (guitarra e teclados), mais Lincoln Bittencourt (baixo) e Ricardo (bateria), gravou um único compacto nesta fase, com o nome The Bubbles, em 66. No final da década, assumiram o nome A Bolha e orientaram seu som para o hard rock, inicialmente, e depois para climas progressivos-psicodélicos. Em 1970, acompanharam Gal Costa na excursão a Portugal e assistiram ao festival da Ilha de Wight, na Inglaterra. Com nova formação - Renato (teclados), Pedro Lima (guitarra), Arnaldo Brandão (baixo) e Gustavo Schroeter (bateria), gravou o clássico compacto Sem Nada/18:30 (Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôôô ...), em 1971, e mais dois álbuns - Um Passo à Frente (73) e É Proibido Fumar (77). O primeiro álbum já ganhou reedição em cd, que traz ainda o segundo compacto.

O TERÇO
1975 | Criaturas da Noite
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Um dos mais expressivos grupos dos anos 70, O Terço transitou por todas as praias, indo do folk-rock ao progressivo, sempre com elementos psicodélicos. Originalmente formado por Sérgio Hinds, Jorge Amiden, Vinicius Cantuária, gravou dois álbuns com orientação psicodélica (o primeiro) e progressiva (o segundo). Em 75, depois de alguns compactos, e incorporando o folk e sonoridades regionais, o grupo gravou Criaturas da Noite, com arranjos de Rogério Duprat e capa de Antônio Peticov. Na mesma época, com as mesmas bases instrumentais, mas com vocais em inglês, o álbum foi lançado na América Latina e na Europa (no Brasil, saiu apenas um compacto com Criaturas da Noite/Queimada - Creatures of Night/Shining Days, Summer Nights). O Terço ainda gravou outro clássico da discografia roqueira nacional, o álbum Casa Encantada (lançado em um "dois em um" junto com Criaturas da Noite).

SPECTRUM
1971 | Geração Bendita
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Um dos mais raros grupos de psicodelia do Brasil, formado eventualmente pelos atores e participantes do filme Geração Bendita, dirigido por Carlos Bini e rodado em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, em 1971. Denominado Spectrum, o grupo integrado pelos músicos/atores Toby, Fernando, Caetano, Serginho e David gravaram o disco Geração Bendita, com letras falando do clima do filme e da época e guitarras distorcidades. Lançado no mesmo ano, o disco é uma das peças mais raras da discografia do rock nacional, com edição apenas no exterior.

EQUIPE MERCADO
1971 | Singles
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1972 | Diana & Stull | Single | Download

Liderado pela dupla Diana & Stull, agitavam a cena carioca com seu rock psicodélico no início dos anos 70. Também integravam o grupo, Leugruber e Ricardo Guinsburg (guitarras, violões e vocais), Carlos Graça (bateria) e Ronaldo Periassu (percussão e texto). Participaram do show 'Betty Faria, Leila Diniz e o Mercado Na Deles', dirigido por Neville D'Almeida, com texto de Luis Carlos Maciel (editor do Rolling Stone). Participaram de coletânea ao lado de Som Imaginário, Módulo 1000 e Tribo, com a música Marina Belair.

A TRIBO
1969-1971 | Joyce & A Tribo | Coletânea
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Outro grupo que transitou entre MPB, jazz e sonoridade regionais, com roupagem psicodélica. Integravam o grupo os músicos Toninho Horta, Joyce, Novelli, Hélcio Milito, Nelson Angelo e Naná Vasconcelos. O grupo gravou as músicas "Kirye" e "Peba & Pebó", presentes na coletânea lançada pela Odeon, ao lado dos grupos Módulo 1000, Equipe Mercado e Som Imaginário.

BANGO
1971 | Bango
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Um dos raros grupos contemporâneos que demonstrou explícita influência dos Mutantes, que pode ser conferida em seu único álbum (Musidisc, 71). Som pesado, fuzz-guitar e letras viajandonas produziram um som com qualidade internacional. Seus integrantes - Aramis, Sérgio, Elydio e Roosevelt - eram oriundos do grupo carioca de Jovem Guarda, Os Canibais, autor de um ótimo disco (68), contendo covers de Turtles, Outsiders (EUA) e Turtles.

MÓDULO 1000
1970 | Não Fale com Paredes
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Grupo de hard-psicodélico-progressivo formado no início dos anos setenta, considerando internacionalmente um dos melhores do gênero, ao lado do também carioca Spectrum. Integravam o grupo Luis Paulo (órgão, piano, vocal), Eduardo (baixo), Daniel (guitarra, violão, vocal) e Candinho (bateria). Gravou um único lp chamado Não Fale Com Paredes, pelo selo Top Tape, em 71, e alguns poucos compactos. O lp original, incluindo a capa em três partes, foi relançado quase anonimamente pelo selo Projeto Luz Eterna (98). Em setembro de 2000, o álbum também ganhou reedição em vinil na Alemanha, novamente com reprodução integral da arte original. A música Lem Ed Êcalg (Mel de Glacê, ao contrário) ainda foi incluída na coletânea de bandas psicodélicas latinas Love, Peace & Poetry, ao lado do Som Imaginário.

MATUSKELA
1973 | Matuskela
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Grupo brasiliense liderado por Anapolino (Lino), mais Didi, Toninho Terra, Zeca da Bahia e Vandão, que fez grande sucesso local no início dos anos setenta. Gravaram um lp chamado Matuskela, pelo selo Chantecler, com sonoridade folk-psicodélica, destacando-se a canção A Idade do Louco, de Zeca da Bahia e Clodo, que depois fez parte do trio Clodo, Clésio & Climério. A capa do álbum, com o grupo sentado em uma gigante mão de pedra, é outra raridade da iconografia nacional.

DAMINHÃO EXPERIÊNCIA
1974 | Planeta Lamma
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Autodefinindo-se como "doidão" e influenciado por Jimi Hendrix, produziu raros e surpreendentes discos, misturando psicodelia, blues, sons afro-orientais, guitarras "Frank Zappa" e letras absurdas e incompreensíveis. Lançou seu primeiro disco em 74, intitulado Damião Experiência no Planeta Lamma, que abriu caminho para outras clássicas raridades, como Damião Experiença Chupando Cana Verde no Planeta Lamma e Em Boca Calada Não Entra Mosca, Só Felicidade.

LULA CÔRTES & ZÉ RAMALHO
1975 | Paêbirú
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Em parceria, a dupla produziu a síntese mais alucinada do que se poderia chamar de psicodelia brasileira: o álbum duplo Paêbirú (O Caminho do Sol), que mistura sonoridades regionais, experimentalismo tropicalista e influência do rock internacional. Solo, Lula Côrtes gravou em 73, o também clássico Satwa, com participação de Lailson e do guitarrista Robertinho de Recife, onde repete a explosiva mistura em canções com nomes como Valsa dos Cogumelos ou Alegro Piradíssimo. Zé Ramalho, por sua vez, cinco anos depois, também lançou Avohay reverberando a já fora de moda psicodelia em canções como A Dança das Borboletas. Um álbum clássico, ainda por ser devidamente incluido entre as principais manifestações da mais radical psicodelia nacional e mundial. Exceto Avohay, os dois discos foram lançados de forma alternativa, por selos regionais.

FLAVIOLA E O BANDO DO SOL
1974 | Flaviola e o Bando do Sol
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Outro representante da geração nordestina pós-tropicalismo, que teve em Paêbirú, de Lula Côrtes e Zé Ramalho, sua expressão mais radical. Também pernambucano, Flaviola e o Bando do Sul gravou apenas um álbum, lançado pelo selo local Solar, em 1974. Com base em ritmos regionais, produziram um raro mix de folk-rock-psicodelia, que permanece com extrema atualidade. Instrumental rico, na base de violões, violas, guitarras, flautas e percussão.

GRUPO SOMA
1971-1974 | Singles
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Bônus: The Outcasts

Trio formado pelo ex-The Outcasts, Bruce Henry (baixo), mais Jaime Shields (guitarra), Alírio Lima (bateria e percussão) e Court (vocal e flauta) - ou seja, Richard Court, o futuro Ritchie. Participaram do lp O Banquete dos Mendigos, gravado ao vivo em 1974, em comemoração dos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com a música P.F., com letras em inglês. O grupo ainda gravou mais quatro músicas, que integram a obscura coletânea Barbarella, lançada em 1971.

A BARCA DO SOL
1976 | Durante O Verão
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Em meados dos anos setenta, a Barca do Sol botou pra quebrar na cena underground, produzindo uma refinada mistura de MPB, sonoridades progressivas/psicodélicas, instrumental quase barroco e poesia (Geraldinho Carneiro). A apresentação das músicas do lp Durante o Verão, em forma de cardápio, define o clima da Barca do Sol: O Banquete (sal de frutas, Sargent Pepper's, sopa de cabeça de bode) … Beladonna, Lady od The Rocks (cogumelos, candomblé, corações solitários) … Espécie de padrinho do grupo, Egberto Gismonti produziu o primeiro álbum, que introduzia o uso de sintetizador em duas faixas, novidade na época. A Barca do Sol gravou três discos: A Barca do Sol (74), Durante o Verão (76) e Pirata (79), os dois primeiros reeditados no formato dois em um. A Barca do Sol, entre 74 e 81, contou com Jacques Morelembaum, Nando Carneiro, os irmãos Muri Costa e Marcelo Costa, Beto Resende, Marcelo Bernardes, Alan Pierre e David Ganc, além de Stull e Richard Court, o Ritchie.

MOTO PERPÉTUO
1974 | Moto Perpétuo
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Liderado pelo ex-Brazilian Boys, Guilherme Arantes, que depois fez sucesso como compositor e intérprete solo, gravou um álbum com forte influência do psicodélico-progressivo na linha "Yes". Integravam o grupo, além de Arantes (teclados e vocal), Egydio Conde (guitarra solo e vocais), Diógenes Burani (percussão e vocais), Gerson Tatini (baixo e vocal) e Claudio Lucci (violão, violoncelo, guitarra e vocal). O disco tem produção de Pena Schmit.

PERFUME AZUL DO SOL
1974 | Nascimento
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Grupo paulista formado por Ana (voz e piano), Benvindo (voz e violão), Jean (voz e guitarra) e Gil (bateria e vocal). Com visual hippie e psicodelia derivada de ritmos e instrumental regionais, gravaram um único álbum - Nascimento -, pelo selo Chantecler, em 1974. O baixista Pedrão, depois integrou o Som Nosso de Cada Dia, ao lado do ex-Íncríveis, Manito.

CASA DAS MÁQUINAS
1975 | Lar das Maravilhas
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Transitando entre o glam e o hard rock, o grupo Casa das Máquinas gravou o álbum Lar das Maravilhas (75), um clássico do mix psico-progressivo nacional. Liderado pelo ex-baterista dos Incríveis, Netinho, o Casa contava ainda com o ex-Som Beat, Aroldo Santarosa, Pisca, Carlos Geraldo, Marinho, Marinho II, Simba.O futuro vocalista do Golpe de Estado, Catalau participava do grupo, dividindo a autoria de várias canções.

AVE SANGRIA
1975 | Ave Sangria
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Na onda da "invasão nordestina", o Ave Sangria foi uma das primeiras e mais radicais bandas, misturando sonoridades regionais, blues e rock com roupagem psicodélica. Formada por Marco Polo (vocais), Almir (baixo), Israel Semente (bateria), Juliano (percussão), contava ainda com a presença de dois grandes guitarristas: Ivson Wanderley (Ivinho), que também gravou um raro álbum de viola ao vivo no Festival de Montreaux, e Paulo Raphael, que depois tocou com Alceu Valença. A banda gravou apenas um luminoso e instigante álbum, destacando as faixas Dois Navegantes, Momento na Praça, Cidade Grande e a instrumental Sob o Sol de Satã. Lançado pelo selo Continental em 75, o álbum Ave Sangria foi reeditado em vinil em 90 (pela Baratos Afins), mas permanece inédito no formato digital. Ainda por ser redescoberto em toda sua beleza, o álbum tem uma das mais criativas capas da iconografia roqueira nacional (Sérgio Grecu e Equipe).

UTOPIA
197? | Singles
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Legenda do rock rock gaúcho, que agitou a cena local em meados dos anos setenta. Misturando sonoridades regionais, músicas árabe e folk rock, realizou shows memoráveis na capital gaúcha. Integravam o grupo Bebeto Alves - que desenvolveu carreira solo - (guitarra, viola de 12 e flauta), Ricardo Frota (violino) e Ronald Frota (violões). Deixaram apenas registros radiofônicos (na legendária rádio Continental), tendo um deles - Coração de Maçã, resgatado no cd A Música de Porto de Alegre.

SOM NOSSO DE CADA DIA
1974 | Snegs
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Liderado pelo multi-instrumentista Manito, ex-integrante do grupos Os Incríveis (antes, The Clevers), o Som Nosso de Cada Dia foi um dos expontes do som psicodélico-progressivo dos anos setenta. Ao lado de Manito estavam Pedrinho (baterial e vocal), Pedrão (baixo, viola e vocal). Além de Marcinha (coro), ainda participaram do grupo Egídio (guitarra), Dino Vicente (teclados) e Rangel (percussão). O grupo gravou dois lps, Snegs (1975) e Som Nosso de Cada Dia (1976).

VELUDO
1975 | Ao Vivo
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Uma das legendas do hard rock-progressivo nacional, formado por volta de 1974 por Nelsinho Laranjeiras (baixo), Elias Mizrahi (teclados), Paul de Castro (guitarra) e Gustavo Schroeter (bateria). Responsável por fantásticas e longas jams instrumentais, teve um desses momentos resgatado recentemente, com o lançamento de cd contendo o show realizado no festival Banana Progressiva, realizado em São Paulo, em 1975.

VÍMANA
1977 | Zebra - On The Rocks
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Espécie de ponte entre os anos setenta e oitenta, o Vímana brilhou na cena carioca com seu hard-progressivo. Formado em 1974, contava com Lulu Santos (guitarra), Lobão (bateria), Fernando Gama (baixo) e Ritchie (vocais). Deixaram gravado um compacto, contendo a música Zebra e participaram de discos de outros artistas, destacando-se Luiza Maria e Fagner (nas músicas Riacho do Navio e Antônio Conselheiro, do disco Ave Noturna).

MARCONI NOTARO
1973 | No Sub-Reino dos Metazoários
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Contemporâneo de Lula Côrtes, Zé Ramalho e Lailson, Marconi Notaro gravou o LP 'No Sub Reino dos Metazoários', na linha de obras clássicas como 'Paebirú' e 'Satwa'. Lançado em 1973, e um dos mais raros da discografia nacional, o disco contém peças da mais radical psicodelia nordestina pós-tropicalista. Participam do disco Zé Ramalho, Lula Côrtes, Robertinho de Recife e outros músicos da região.

sábado, 16 de maio de 2015

Nigel Olsson's Drum Orchestra And Chorus


Nigel Olsson | Vocals, Drums, Percussion
B.J. Cole | Guitar, Steel Guitar
Mick Grabham | Guitar, Percussion
Caleb Quaye | Guitar, Keyboards
Dee Murray | Bass
Kathi MacDonald | Vocals


1971 | NIGEL OLSSON'S DRUM ORCHESTRA AND CHORUS

01. Sunshine Looks Like Rain
02. I'm Coming Home
03. Nature's Way
04. Hummingbird
05. Some Sweet Day
06. I Can't Go Home Again
07. And I Know In My Heart
08. We've Got A Long Way To Go
09. Wierdhouse
10. China

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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Alien Sex Fiend


Os Alien Sex Fiend são uma banda britânica de rock, formada em Londres, em 1982, por Nick Wade (vocais, chamado de Nick Fiend), Christine Wade (sintetizador, esposa de Nick Wade e chamada de Mrs.Fiend), Yaxi Highrizer (guitarra; seu nome verdadeiro é David James) e Johnny Freshwater (bateria).

O estilo musical inicial da banda é notavelmente influenciado por Alice Cooper, Public Image Limited, Iggy Pop, David Bowie e pelo punk rock de 1977 (o qual a maioria dos integrantes fizeram parte com outras bandas). Conforme os anos passaram adquiriram várias outras influencias, incluindo música eletrônica.

A carreira dos Alien Sex Fiend, embora longa e com um número considerável de trabalhos, nunca conheceu grande sucesso, excepto no Japão, onde chegaram a lançar Liquid Head In Tokyo, em (1985). Saliente-se, aínda, o vídeo da música Zombified, exibido na série Beavis & Butt-head, da MTV.

No início de 2007, a banda comemorou os seus 25 anos de carreira, efectuando concertos no Koko Club, em Camden Town, Londres, em Waregem na Bélgica, e em Paris.

1984 | ACID BATH

01. In God We Trust (In Cars You Rust?)
02. Dead And Re-Buried
03. She's A Killer
04. Hee-Haw (Here Come The Bone People)
05. Smoke My Bones
06. Break Down And Cry (Lay Down And Die - Goodbye)
07. E.S.T. (Trip To The Moon)
08. Attack!!!!!! #2

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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Charlotte Gainsbourg


Charlotte Lucy Gainsbourg (Londres, 21 de julho de 1971) é uma atriz e cantora anglo-francesa.É filha do ator, compositor e cantor francês Serge Gainsbourg e da atriz Jane Birkin. Cresceu numa família ligada ao teatro e à música.

Fez o seu primeiro filme em 1984, Paroles et musique. Em 1986 ganhou o César de atriz mais promissora pela sua participação no filme L'éffrontée. Em 2000, voltou a ganhá-lo, desta vez de melhor atriz coadjuvante no filme La Bûche.

Em 2009, ela recebeu o prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes por seu trabalho em Anticristo. Além da sua carreira como atriz, gravou dois álbuns e cantou a canção-título de um dos seus filmes, e é garota-propaganda da grife de roupas Gérard Darel.

Atualmente vive e trabalha em França, onde é casada com o ator e realizador Yvan Attal, pai dos seus dois filhos.

2007 | 5.55

01. 5:55
02. AF607105
03. The Operation
04. Tel Que Tu Es
05. The Songs That We Sing
06. Beauty Mark
07. Little Monsters
08. Jamais
09. Night-Time Intermission
10. Everything I Cannot See
11. Morning Song

Bonus Tracks:
12. Set Yourself On Fire
13. Somewhere Between Waking And Sleeping

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terça-feira, 5 de maio de 2015

Gayle McCormick

Gayle McCormick é uma cantora norte-americana. Ela estudou no Pattonville da High School em Maryland Heights, Missouri, participando como soprano alto do Suburb Choir, coral de 150 vozes que se apresentava anualmente com a St. Louis Symphony . A sua carreira musical estendeu de 1965 a 1976. McCormick começou sua carreira cantando músicas de Tina Turner e Etta James, antes de ingressar no Smith .

Em 1967 ela foi o vocalista de uma banda chamada Klassmen e lançou um single chamado "Without You", que teve sucesso em Missouri.

Em 1969, Smith foi formada em Los Angeles, Califórnia, o seu primeiro álbum, intitulado "A Group Called Smith ", apresentado McCormick como vocalista principal. Smith tocava principalmente covers de pop e soul e alcançou o Top 5 com um remake de " Baby It's You ", gravado pelas Os Shirelles . A versão de Smith também foi destaque na trilha sonora do filme de Quentin Tarantino Death Proof.

Depois que o grupo se desfez, McCormick gravou três álbuns solo. Gayle McCormick em 1971, Flesh And Blood em 1972 e One More Hour em 1974. No outono de 1971, o seu desempenho de "It’s a Cryin Shame" alcançou o 44º lugar na Billboard Hot 100 e se tornou-se Top Ten hit no Adult Contemporary chart.

Em 1973, Gayle casou-se e se mudou para o Havaí.

McCormick também contribuiu em 1975 com os backing vocals para Jimmy Rabbitt and Renegade’s, produzido por Waylon Jennings, do qual saiu o single" Ladies Love Outlaws ".

Hoje ela vive atualmente no subúrbio de Saint Louis.

1971 | GAYLE McCORMICK

01. It's A Cryin' Shame
02. Superstar
03. C'est La Vie
04. Natural Woman
05. You Really Got A Hold On Me
06. Rescue Me
07. If Only You Believe
08. Save Me
09. Everyting Has Got To Be Free
10. Gonna Be Alright Now

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1972 | FLESH & BLOOD

01. Take Me Back
02. Near You
03. Sweet Feeling
04. Knight In Shining Armou
05. Stay With Me
06. Flesh And Blood
07. Whoever's Thrilling You Is Killing Me
08. Make Myself Over
09. Grey Live Tour
10. Alabam

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1974 | ONE MORE HOUR

01. Why Can't I Just Make Love To You
02. Creation
03. Original Midnight Mama
04. One Of Us
05. Even A Fool Would Let You Go
06. Cryin' Shame
07. One More Hour
08. I Know
09. The Days Of Lovin' You
10. Guilty
11. He Believes In Me

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