terça-feira, 30 de maio de 2017

Larry Saunders, The Prophet Of Soul & Others | Free Angela


Originalmente lançado em 1971, o álbum Free Angela foi feito para arrecadar dinheiro para o National United Committee Free Angela Davis.

O projeto foi idealizado por Alexander Randolph - um cantor, promotor e proprietário de uma gravadora da Virgínia. A primeira metade do álbum foi gravada no Muscle Shoals, começando com a faixa-título de Larry Saunders.

Em suas canções, os vocais de Saunders flutuam acima e transcendem o apoio etéreo da Muscle Shoals Rhythm Section.

Sua voz pode ser comparada a cantores como Donny Hathaway e Curtis Mayfield, mas Saunders tem com seu próprio estilo. Seu trabalho neste álbum é essencial para ouvir o domínio da música soul socialmente consciente.

A segunda metade do álbum continua com raridade de meados dos anos 1960 raridades do selo Randolph's Sound of Soul.

1971 | FREE ANGELA

01. Larry Saunders, The Prophet Of Soul | Free Angela
02. Larry Saunders, The Prophet Of Soul | This World
03. Nitroglycerine | Old Uncle Tom Is Dead
04. Larry Saunders, The Prophet Of Soul | Where Did Peace Go?
05. Dickie Wonder | Nobody Knows
06. Brother Love | I Can Be
07. Tyrone Thomas | Baby Can't You See
08. Judd Watkins | Paradise
09. Soul Encyclopedia | Geraldine Jones

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quinta-feira, 25 de maio de 2017

The Budos Band


The Budos Band é uma banda instrumental da gravadora Daptone Records. A banda tem dez membros (até trezes membros, as vezes) que tocam música instrumental que é auto-descrito como “Afro-Soul”, um termo de som.

Em uma entrevista 2007 o saxofonista barítono Jared Tankel diz que a banda vem sendo desenhada como música Etiópia.

Influência de jazz,deep funk, afro-beat, soul , e tudo gravado no seus próprio estúdio, Daptone’s House Of Soul no Brooklyn em Nova York.

Texto retirado do blog | Periecos Brechó

2005 | I

01. Up From The South
02. T.I.B.W.F.
03. Budos Theme
04. Ghost Walk
05. Monkey See, Monkey Do
06. Sing A Simple Song
07. Eastbound
08. Aynotchesh Yererfu
09. King Charles
10. The Volcano Song
11. Across The Atlantic

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2007 | II

01. Chicago Falcon
02. Budos Rising
03. Ride Or Die
04. Mas O Menos
05. Adeniji
06. King Cobra
07. His Girl
08. Origin Of Man
09. Scorpion
10. Deep In The Sand

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2009 | EP

01. Hidden Hand
02. Mas O Menos
03. The Proposition
04. Ephra
05. Nobody's Bulletproof
06. Smoke Gets In...
07. Unnamed Bonus Track

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2010 | III

01. Rite Of The Ancients
02. Black Venom
03. River Serpentine
04. Unbroken, Unshaven
05. Nature's Wrath
06. Golden Dunes
07. Budos Dirge
08. Raja Haje
09. Crimson Skies
10. Mark Of The Unnamed
11. Reppirt Yad

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2014 | BURNT OFFERING

01. Into The Fog
02. The Sticks
03. Aphasia
04. Shattered Winds
05. Black Hills
06. Burnt Offering
07. Trail Of Tears
08. Magus Mountain
09. Tomahawk
10. Turn And Burn

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sábado, 20 de maio de 2017

Miles Davis


Em 1972, o choque elétrico que Miles Davis tinha dado no Jazz com o duplo Bitches Brew (1970), começava a ser assimilado. Foi quando o Prince of Darkness ( apelido que havia recebido, em 1967), leva o jogo a outro patamar, com o hipnótico e denso On The Corner.

Em 72, Davis foi introduzido à música de Stockhausen por um jovem arranjador e violoncelista, e mais tarde ganhador do Grammy: Paul Buckmaster, que influenciaria profundamente as novas gravações . Segundo o biógrafo J.K. Chambers : "O efeito dos estudos de Stockhausen por Davis não poderiam ser contidos por muito tempo. …sua própria 'música espacial', mostrava composicionalmente a influência de Stockhausen”.

Suas performances ao vivo entre 1970-1972 eram verdadeiros laboratórios sonoros, onde Miles, muito bem acompanhado, inclusive contando com dois músicos brasileiros em sua banda, Airto Moreira e Hermeto Pascoal, criava novas linguagens e levava seus experimentos a extremos, antes impensáveis para o conservador Jazz.

Ao entrar em estúdio em junho de 1972, Miles resolveu experimentar até onde a mistura de Stockhausen e black music elétrica de Sly and The Family Stone, Funkadellic, Stevie Wonder e Isaac Hayes poderia chegar. Acabou explorando uma sonoridade altamente dançante, negra urbana, feita sob medida para agradar o jovem público afro-americano.

Chamou um time impecável de músicos, formado por Michael Henderson, Carlos Garnett, o percussionista Mtume, o guitarrista Reggie Lucas, o tocador de tabla Badal Roy, Khalil Balakrishna na cítara, o baterista Al Foster, e o pianista Herbie Hancock, que também estava trilhando um caminho parecido ao unir o jazz ao funk (que geraria outro marco no fusion, o álbum Head Hunters, lançado em 1973). Após rápidas jams sessions, pariu um de seus melhores trabalhos.

On The Corner, soa como se Exu tocasse trompete em uma encruzilhada de uma grande metrópole, ou a trilha sonora de uma versão Blackexpoitaiton do filme “2001”.

O álbum é uma longa jam, que não se prende a estrutura do jazz tradicional. A seção rítmica fornece um denso tapete polirrítmico sobre o qual os solos de trompete, encharcado de wha wha, e sax, se debruçam formando camadas de som, com elementos eletrônicos cheios de efeitos, que são adicionados e subtraídos, em meio a um transe sonoro, forrado por uma percussão afro sci fi.

Previsivelmente, o disco não foi entendido na época e despertou a ira da crítica de jazz, que já vinha estranhando a fase elétrica de Miles há um bom tempo. On the Corner foi chamado de "porcaria repetitiva" , "um insulto à inteligência das pessoas" e foi considerado anti-jazz, hostilidade resumida nas palavras nada amistosas do saxofonista Stan Getz- "Essa música é inútil. Não significa nada. Não há nenhuma forma, nem conteúdo. Quase não tem swing”.

Mas o tempo mostrou que Miles estava certo e o disco é apontado como influência no pós punk (convidado pelo produtor Bill Laswell, Davis gravou algumas partes com trompete durante as sessões do disco Album, do Public Image Ltd, contidas na compilação Plastic Box). Nas palavras de Lyndon, "foi esquisito, nós não usamos (suas contribuições)." De acordo com Lydon, Davis comparou sua voz com o som de seu trompete).

Mas foi Luis Fernando Veríssimo, em uma de suas crônicas no livro “Banquete com os Deuses” quem melhor sintetiza essa fase da carreira de Miles, usando uma das maiores paixões do músico, o boxe: “Um homem tem direito a fazer quantas revoluções por vida? Há quem diga que a última revolução de Miles Davis acabou em farsa, que o quase careca de túnica colorida fazendo fusão com a rapaziada não era nem uma sombra, era a múmia do antigo Miles reduzido a espasmos de som. Mas também há quem diga que o Miles da última fase era de uma coerência fulgurante, o velho boxeador na ponta dos pés e ainda fazendo história”.

On The Corner foi um direto no queixo.

Nocaute.

Texto | Discoteca Básica da Bizz

1972 | ON THE CORNER

01. On The Corner
02. New York Girl
03. Thinkin’ One Thing and Doin Anot
04. Vote For Miles
05. Black Satin
06. One and One
07. Helen Butte
08. Mr Freedom X

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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Gram Parsons


Gram Parsons foi um gauche na vida que partiu muito cedo — porém deixando uma indelével marca na história da música norte-americana moderna ao fundir o pop caipira do Bakersfield Sound (um oposto ao som conservador e sisudo de Nashville que nasceu com Buck Owens na Baixa California) com o rock'n roll, concebendo um híbrido que seria musicalmente um dos gêneros mais prolíficos a partir dos anos 70, o country-rock. é certo que, no começo dos anos 60, muitas bandas tentaram introduzir o hillibily e o bluegrass em sua sonoridade (como o Jim Kwensky e o Lovin' Spoonful, por exemplo) e os Byrds chegaram a elaborar um estilo diferenciado amalgamar o que se chamaria de folk-rock.

Contudo, foi somente a partir da colaboração quase que acidental de Parsons no quinteto de David Crosby e Roger McGinn que, junto com músicos como Clarence White e John Hartford, influenciados por gente como Merle Haggard que os Byrds iriam estragar a festa do country.

E, como não poderia deixar de ser, eles acabaram pagando um proço caro pela ousadia. Gram convenceu-os a gravar o hoje clássico Sweetheart Of The Rodeo em território inimigo — Nashville. Conseguiram uma apresentação no mítico Grand Ole Opry em 1968 que acabou sendo desastrosa: foram duramente vaiados e banidos da cena musical de lá.

O público não admitia que um bando de hippies cantasse a música deles e quebrasse o rígido e draconiano protocolo do conservadoríssimo e secular Opry. O tiro saiu pela culatra, pois nem os mais velhos aceitaram aquele novo som, e a maioria dos fãs dos Byrds não entenderam o disco. Foi um desastre, mas todos saíram ilesos. Menos Gram, que a despeito de ter influenciado a direção musical de Sweetheart Of The Rodeo, colaborando com a lírica Hickory Wind, foi expulso da banda durante uma turnê dos Byrds pela África do Sul, por se recusar a tocar para um público que ele considerava segregacionista.

Parsons não saiu chamuscado — não havia esquentado o banco no conjunto, já que era apenas um músico contratado por Chris Hillmann, que o indicou para McGinn. No ano seguinte, o próprio Chris, já um byrd demissionário, aproveitou a deixa para formar os Flying Burrito Brothers, que seria o primeiro grupo de country-rock por excelência.


A trajetória foi curta, porém assim como aconteceria com todo o trabalho de Gram, seria uma semente para o futuro. Revolucionário para aqueles tempos, Parsons só conseguiria uma relativa visibilidade para si e para seu engenho e arte depois de conhecer um outro maluco beleza, o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards: depois de mudar o som dos Byrds, ele iria fazer o mesmo com o quinteto inglês. Isso aconteceria justamente no momento em que Keith estava desplugando o rock da banda em busca de algo mais próximo do country & western. Com efeito, o rumo que Jagger e companhia seguiriam nos álbuns dos stones entre 1969 e 1972 (do Let It Bleed ao Exile On Main Street) pagam tributo à Parsons. exemplos não faltam: Country Honk, Dead Flowers, Sweet Virginia, Let It Bleed, etc).

Gram aliás chegou a participar diretamente das sessões de gravação do exile em Nelicôte, em 71, mas sua personalidade instável e o abuso de drogas prejudicaram tanto a sua passagem pelos Burrito quanto pelos Stones. De volta do exílio na França, ele passaria algum tempo tocando com Ric Grech; de volta à América, ele conheceu Emmylou Harris, que estava se lançando como cantora. Era a parceria musical perfeita: a versão da dupla para Love Hurts (de Felice e Bordileaux Bryant, mesmos autores de All I Have To Do Is Dream) é certamente a mais bela irretocável de todos os tempos.

Com uma excelente banda de apoio (incluindo James Burton, guitarrista de estúdio de Elvis, cuja excelência pode ser comparada a de Luther Perkins), ele lançou uma carreira solo promissora, com contrato de gravadora (a Reprise). Promissora sim, se não fosse o endêmico problema de Parsons com as drogas, em especial a heroína. Contudo, o que o matou com apenas 26 anos foi uma mistura letal de álcool e morfina (como ocorrera com Hank Williams, um dos patriarcas do country, no começo dos anos 50). Lançado postumamente, em 1974, o inacabado Grievous Angel foi o seu segundo disco pela Reprise.

Na verdade, ele é um apanhado de sobras de gravações ao vivo (Hickory Wind e Cash On The Barrelhead) e esquetes do que seria o sucessor de GP, de 1972.

Mesmo díspar por natureza, Grievous resume bem a música que Gram Parsons sempre buscou naquilo que ele paradigmaticamente concebia como 'Cosmic American Music', um country meio biruta que mistura o rural e urbano, o temporal e o atemporal, em suma, um country futurista e universalista, acima de rotulações beligerantes (algo que então era comum no ambiente musical conflagrado do gênero) e reducionistas. Nem a morte de Gram salvaria as pretensões do disco, que passou desapercebido na época — nem configurou nos charts. Só o tempo cuidaria de restituir à Parsons e ao subestimado Grievous Angel o devido lugar no panteão do rock.

Texto retirado do blog | Vitrola

1973 | GP

01. Still Feeling Blue
02. We'll Sweep Out The Ashes In The Morning
03. A Song For You
04. Streets Of Baltimore
05. She
06. That's All It Took
07. The New Soft Shoe
08. Kiss The Children
09. Cry One More Time
10. How Much I've Lied
11. Big Mouth Blues

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1974 | GRIEVOUS ANGEL

01. Return of the Grievous Angel
02. Hearts on Fire
03. I Can't Dance
04. Brass Buttons
05. $1000 Wedding
06. Medley Live from Northern Quebec:
(a) Cash on the Barrelhead
(b) Hickory Wind
07. Love Hurts
08. Ooh Las Vegas
09. In My Hour of Darkness

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quarta-feira, 10 de maio de 2017

CéU


"O rótulo da MPB ficou limitado. Ele é bem abrangente, afinal é música popular brasileira. E me considero isso. Quando vou fazer um som, me alimento do que gosto e, como muitos outros da minha geração, me alimento não só de coisas específicas. Gostamos de ouvir música da Jamaica, agora estou escutando música etíope. Não penso que (tipo de) música estou fazendo. Simplesmente faço um som."

Maria do Céu Whitaker Poças, ou simplesmente CéU, cantora e compositora, iniciou a carreira artística em 2002. Seu trabalho traz influências tanto de música originalmente brasileira (particularmente o samba), como de hip hop, afrobeat, jazz, R&B etc. Ela já afirmou em entrevista que não rejeita o rótulo de MPB, mas considera que ele já ficou limitado:

A carreira de Céu começou em 2005, quando ela foi reconhecida como uma cantora que fugia dos padrões, seu primeiro disco “Céu”, foi influenciado pelo samba de raiz e música urbana e rendeu a cantora 03 indicações ao Grammy. Neste mesmo ano, Céu foi a primeira artista internacional convidada a integrar a série “Hear Music Debut” da rede norte-americana Starbucks. Seu disco de estreia vendeu mais de 200 mil cópias só nos Estados Unidos, a mais alta posição no Top 200 da Billboard.

Em seu segundo álbum “Vagarosa” (2009), Céu se inspirou na música jamaicana, o disco foi novamente aclamado pela crítica e emplacou o segundo lugar na parada de World Music da Billboard.

A estrada é o tema de seu terceiro álbum, Caravana Sereia Bloom, de 2012, aonde percorreu pelo mundo com mais de 300 shows e 20 países.

No ano de 2016 a cantora Céu lança seu novo álbum Tropix, um disco sintético, noturno e reluzente.

Nos últimos dez anos, Céu já se apresentou nos maiores festivais do mundo, como Montreal Jazz Festival, North Sea Jazz, Coachella, Roskilde, Rock in Rio, SF Jazz, JVC Jazz, entre outros.

Texto: Wikipédia | Site Oficial

2005 | CÉU

01. Vinheta Quebrante
02. Lenda
03. Malemolência
04. Roda
05. Rainha
06. 10 Contados
07. Vinheta Dorival
08. Mais um Lamento
09. Concrete Jungle
10. Véu da Noite
11. Valsa pra Biu Roque
12. Ave Cruz
13. O Ronco Da Cuí­ca
14. Bobagem
15. Samba na Sola

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2009 | CANGOTE (EP)

01. Cangote
02. Bubuia
03. Visgo de Jaca
04. Sonâmbulo





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2009 | VAGAROSA

01. Sobre O Amor e Seu Trabalho Silencioso
02. Cangote
03. Comadi
04. Bubuia (part. Anelis Assumpção e Thalma de Freitas)
05. Nascente
06. Grains de Beaute
07. Vira Lata (part. Luiz Melodia)
08. Papa
09. Ponteiro
10. Cordão da Insônia
11. Rosa Menina Rosa (part. Los Sebosos Postizos)
12. Sonâmbulo
13. Espaçonave

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2012 | CARAVANA SEREIA BLOOM

01. Falta De Ar
02. Amor De Antigos
03. Asfalto E Sal
04. Retrovisor
05. Teju Na Estrada
06. Contravento
07. Palhaço
08. You Won’t Regret It
09. Sereia
10. Baile De Ilusão
11. Fffree
12. Streets Bloom
13. Chegar Em Mim

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2014 | AO VIVO

01. Falta de Ar
02. Amor de Antigos
03. Contravento
04. Retrovisor
05. Grains de Beauté
06. Mil e uma Noites de Amor
07. Cangote
08. Baile de Ilusão
09. Streets Bloom
111. 10 Contados
12. Malemolência
13. Lenda
14. Concrete Jungle
15. Chegar Em Mim
16. Rainha

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DVD Audio | DOWNLOAD

2016 | TROPIX

01. Perfume do Invisível
02. Arrastar-te-ei
03. Amor Pixelado
04. Varanda Suspensa
05. Etílica/Interlúdio (feat. Tulipa Ruiz)
06. A Menina e o Monstro
07. Minhas Bics
08. Chico Buarque Song
09. Sangria
10. Camadas
11. A Nave Vai
12. Rapsódia Brasilis

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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Iggy Pop


“Nesse exato momento, eu queria estar morto.
Eu simplesmente não aguento mais”.

texto do bilhete deixado por Ian Curtis,
encontrado enforcado em sua casa,
com o disco “The Idiot” de Iggy Pop ainda rodando no toca-discos.

Depois de ter produzido o último álbum dos pré-punk, The Stooges, David Bowie já renomado e prestigiado adotava o vocalista da banda, Iggy Pop, como pupilo e produzia seu álbum solo de estréia. Neste disco, “The Idiot”, de 1977, o Camaleão limpava o som ruidoso e retumbante dos Stooges, conferindo toda uma sofisticação e classe, acrescentava alguns toques tecnológicos e eletrônicos, dosando os elementos, sem contudo violentar a característica agressiva e selvagem do cantor.

Provas disso são “China Girl”, que viria a ser gravada por Bowie anos depois em um álbum próprio, exemplo claro de punk moderado, com todos os elementos ali, ritmo, força, distorção, voz rasgada, porém amenizados por um tema romântico e por um teclado agudo tipicamente oriental; ou “Funtime” cuja agressividade sonora fica contida pelos ecos e efeitos dando lhe inclusive um certo ar futurista.

“Sister Midnight”, a faixa que abre o disco e uma das grandes músicas dele, é notável com sua estrutura totalmente quebrada e pela versatilidade dos vocais de Iggy dentro da mesma canção; “Dum Dum Boys” mesmo na voz de Iggy é aquele tipo de balada tipicamente bowieana; o charmosíssimo pop de cabaré “Nightclubbing”, que mais tarde veio a ter uma versão igualmente admirável de Grace Jones, tem Iggy numa interpretação notável simulando uma certa embriaguez na voz; e o disco fecha com a lenta, minimalista e arrastada “Mass Production”, e seu apito de navio anunciando o fim do disco.

Texto retirado do blog | Cly-Blog

1977 | THE IDIOT

01. Sister Midnight
02. Nightclubbing
03. Funtime
04. Baby
05. China Girl
06. Dum Dum Boys
07. Tiny Girls
08. Mass Production


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