quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Menahan Street Band


Menahan Street Band é um grupo de funk e soul instrumental do Brooklyn, Nova Iorque. Fundado em 2007 por Thomas, enquanto morava em um apartamento na Menahan St. no Brooklyn, a MSB reúne (ou reuniu) músicos de outras bandas, como Antibalas, El Michels Affair, Sharon Jones & the Dap-Kings e da Budos Band.

Seu primeiro álbum, "Make the Road by Walking", foi lançado em 2008 pela Dunhan, um subselo da Daptone Records. Em 2012, foi lançado "The Crossing"

Texto | Wikipédia

2008 | MAKE THE ROAD BY WALKING

01. Make The Road By Walking
02. Tired of Fighting
03. Home Again
04. Montego Sunset
05. Karina
06. The Traitor
07. The Contender
08. Birds
09. Esma
10. Going The Distance
11. Heartbeat
12. Eyes on the Prize

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2012 | THE CROSSING

01. The Crossing
02. Lights Out
03. Keep Coming Back
04. Three Faces
05. Sleight of Hand
06. Everyday A Dream
07. Seven Is The Wind
08. Bullet for the Bagman
09. Driftwood
10. Ivory and Blue
11. Ivory and Blue Reprise

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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

I Feel The Earth Move | From Jazz To Soul’n’Funk To Blaxploitation


2000 | I FEEL THE EARTH MOVE
(From Jazz To Soul 'n' Funk To Blaxploitation)


01. Leon Spencer | Message From The Meters
02. Jack McDuff & George Benson | Hot Barbecue
03. Boogaloo Joe Jones | I Feel The Earth Move
04. Isaac Hayes | Cafe Regio's
05. Gene Ammons | Jungle Strut
06. Charles Earland | Incense Of Essence
07. Kenny Burrell | Nanã
08. Cannonball Adderley | Walk Tall
09. Ron Holloway & Gil Scott-Heron | Is That Jazz?
10. Funk, Inc. | Memphis Underground
11. Gary Bartz | Dr. Follow's Dance
12. The Blackbyrds | Spaced Out
13. Johnny Hammond | Shifting Gears
14. Pleasure | No Matter What

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domingo, 20 de agosto de 2017

Cachorro Grande


Cachorro Grande é uma banda brasileira de rock and roll formada em 1999, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Seus integrantes são Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclado) e Gabriel Azambuja (bateria). A primeira formação contava ainda com Jerônimo Lima "Bocudo" no baixo, que saiu para dar lugar a Krieger, após o lançamento do álbum Pista Livre e da gravação do Acústico MTV: Bandas Gaúchas, em 2005. A banda tem seis álbuns de estúdio lançados e um DVD ao vivo.

Beto Bruno, o vocalista, era dos Malvados Azuis, bem como o ex-baixista Jerônimo Bocudo, que hoje toca nos Locomotores. Rodolfo Krieger, baixista atual, já foi vocalista dos Gabardines e guitarrista e vocalista da banda Os Efervescentes. Marcelo Gross já tocou bateria na banda de Júpiter Maçã e n'Os Hipnóticos. Gabriel Azambuja e Pedro Pelotas fazem parte da sua primeira banda.

O nome Cachorro Grande foi sugerido por Beto Bruno. Logo depois, contou com o aval de Marcelo Gross e do restante da banda. A origem veio do fato que, no início da banda, ainda sem músicas próprias, fazia parte do repertório do grupo covers de bandas como The Rolling Stones, The Beatles e The Who. Para escolher quais canções tocar, era uma "briga de cachorro grande", expressão usada no Rio Grande do Sul para se referir a algo muito complicado. Então, o nome da banda ficou Cachorro Grande.

Em 2001 é produzido o primeiro álbum de estúdio da banda, homônimo, Cachorro Grande, que teve pouca divulgação. Lançado por uma gravadora pequena, não alcançou o grande público, mas levou-os a tocar em diversos festivais de bandas independentes ampliando assim a sua base de fãs. Ainda assim o disco contém canções que mais tarde se tornaram conhecidas como "Lunático", "Sexperienced" e "Debaixo do Chapéu".

Em 2004 lançam o seu segundo disco, As Próximas Horas Serão Muito Boas. Rejeitado anteriormente por outra gravadora sob pretexto de ser "não comercial", o projeto só foi em frente graças ao músico Lobão, que lançou o disco em sua revista OutraCoisa. A consequência foi uma maior distribuição, garantindo à banda maior visibilidade. O crescente sucesso a partir das músicas "Hey Amigo" e "Que Loucura!" despertou o interesse da gravadora Deckdisc, que assinou contrato com a banda.

Em 2005, é lançado o álbum Pista Livre, produzido por Rafael Ramos e masterizado no lendário estúdio Abbey Road, em Londres (o mesmo utilizado pelos Beatles), foi o disco que mais alcançou repercussão entre o público. Com maior refinamento técnico, o disco conta com músicas que receberam bastante destaque nas emissoras de rádio do Brasil, tais como: "Você Não Sabe o que Perdeu", "Sinceramente" e "Bom Brasileiro".

A banda permaneceu com sua formação original por cinco anos, até a saída do baixista Jerônimo Lima, o "Bocudo" em 2005, logo após a gravação do Acústico MTV: Bandas Gaúchas. Bocudo formou com outros músicos a banda Locomotores, e em seu lugar entrou Rodolfo Krieger, que até então era vocalista e guitarrista da banda Os Efervescentes.

Em maio de 2007, a banda lança o quarto álbum de estúdio, Todos os Tempos, com produção de Rafael Ramos. São doze canções e o primeiro single foi "Você me Faz Continuar", com inspirações na banda escocesa Primal Scream e nos Rolling Stones; o segundo foi "Roda-gigante", como conta o Beto Bruno em entrevista: "Foi para fazer esse tipo de som que eu quis ser músico"; e o terceiro e último single foi "Conflitos Existenciais". O disco conta com a particularidade de ter músicas compostas também pelo baterista Gabriel Azambuja, o tecladista Pedro Pelotas e o baixista Rodolfo Krieger.

Na segunda quinzena de junho de 2009, foi lançado o álbum Cinema. O disco foi gravado em rolo analógico de duas polegadas. Foi o primeiro disco da banda a ser lançado em vinil de alta fidelidade em edição especial.

Após a turnê do álbum Cinema, a banda iniciou as gravações do novo disco, Baixo Augusta , no dia 11 de abril de 2011, pela gravadora Trama, com produção própria. Grande parte das sessões de estúdio foram transmitidas ao vivo pela TV Trama . Na época, também foi anunciado o álbum solo de Marcelo Gross.

O álbum foi lançado em lançado em dezembro de 2011 no formato digital e em fevereiro de 2012 no formato físico.

No dia 25 de março de 2011, a banda participou de um evento organizado pela MTV Brasil no Circo Voador, templo do rock nacional, localizado no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro ao lado das bandas Sabonetes, Martin e Eduardo (projeto formado por Martin Mendonça e Duda Machado, guitarrista e baterista da Pitty respectivamente), Joe e a Gerência (liderado por Joe, baixista da Pitty), Pública e Vivendo do Ócio.

Inicialmente, o registro era apenas pessoal, mas após o lançamento do álbum Baixo Augusta, a banda decidiu lançar o show em DVD. Dois anos depois, o álbum chega as lojas pela produtora Conteúdo Musical em parceria com o selo Midas Music, de propriedade do produtor e empresário Rick Bonadio, com distribuição da Universal Music.

O show conta com 15 faixas, extras e a regravação de Sympathy for the Devil, clássico dos Rolling Stones, com participação especial do cantor Lobão.

No início de 2014 a banda entrou em estúdio com o produtor Edu K, da banda DeFalla , visando novas direções musicais. O disco foi nomeado "Costa do Marfim", uma homenagem ao estúdio no qual foi gravado.

O novo álbum será patrocinado e lançado pela grife Cavalera.

Em 2 de março de 2016, a banda abriu o show dos Rolling Stones pela América Latina Olé Tour 2016, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Segundo o vocalista Beto Bruno, foi o show mais importante da vida de cada um dos integrantes.

Texto | Wikipédia

2001 | CACHORRO GRANDE

01. Lunático
02. Sexperienced
03. Debaixo do Chapéu
04. Lili
05. Pedro Balão
06. Fantasmas
07. Cleptomaníaca de Corações
08. Sintonizado
09. Dia Perfeito
10. Vai T.Q. Dá
11. O Tempo Está do Meu Lado
12. O Dia de Amanhã
14. (Os Doces Exóticos de) Charlotte Grapewine

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2004 | AS PRÓXIMAS HORAS SERÃO MUITO BOAS

01. As Coisas Que Eu Quero lhe Falar
02. Hey, Amigo
03. Você Pode Até Pegar
04. Tudo Por Você
05. Olhar Pra Frente
06. Agoniada
07. Me Perdi
08. As Próximas Horas Serão Muito Boas
09. Você Não Sabe Nada
10. Enquanto O Trem Que Espero Não Vem
11. Sem Problemas
12. Que Loucura
13. O Truque do Ovo
14. Insatisfeito

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2005 | PISTA LIVRE

01. Você Não Sabe o que Perdeu
02. Agora Eu Tô Bem Louco
03. Desentoa
04. Bom Brasileiro
05. Longa-metragem
06. Interligado
07. Eu Pensei
08. Novo Super-Herói
09. Super Amigo
10. Sinceramente
11. Situação Dramática
12. Velha Amiga

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2007 | TODOS OS TEMPOS

01. Você Me Faz Continuar
02. Conflitos Existenciais
03. Roda-Gigante
04. Sandro
05. Deixa Fudê
06. Na Sua Solidão
07. Hoje Meus Domingos Não São Mais Depressivos
08. Nunca Vai Mudar
09. Quando Amanhecer
10. O Que Você Tem
11. Nada Pra Fazer
12. O Certo e o Errado

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2009 | CINEMA

01. O Tempo Parou / Sabor A Mi
02. Dance Agora
03. Amanhã
04. Por Onde Vou
05. A Alegria Voltou
06. A Hora do Brasil
07. Diga O Que Você Quer Escutar
08. Ela Disse
09. Ninguém Mais Lembra De Você
10. Luz
11. Eileen
12. Pessoas Vazias

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2011 | BAIXO AUGUSTA

01. Não Entendo, Não Aguento
02. Difícil De Segurar
03. Tudo Vai Mudar
04. Baixo Augusta
05. Só Você Que Não
06. Corda Bamba
07. Volta Pro Mesmo Lugar
08. O Fantasma Do Natal Passado
09. Surreal
10. Cinema
11. Mundo Diferente

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2014 | COSTA DO MARFIM

01. Costa do Marfim
02. Nós Vamos Fazer Você Se Ligar
03. Nuvens de Fumaça
04. Eu Não Vou Mudar
05. Crispian Mills
06. Use o Assento para Flutuar
07. Como Era Bom
08. Eu Quis Jogar
09. Torpor partes 2 & 5
10. O Que Vai Ser
11. Fizinhur

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2016 | ELECTROMOD

01. Costa do Marfim
02. Nós Vamos Fazer Você Se Ligar
03. Nuvens de Fumaça
04. Eu Não Vou Mudar
05. Crispian Mills
06. Use o Assento para Flutuar
07. Como Era Bom
08. Eu Quis Jogar
09. Torpor partes 2 & 5
10. O Que Vai Ser
11. Fizinhur

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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Secos & Molhados


Em plena ditadura militar, João Ricardo, Ney Matogrosso e Gerson Conrad deram novo ânimo e mudaram o curso das coisas da música brasileira.

Ainda sem o nome Secos & Molhados, João Ricardo já tocava e apresentava algumas canções em bares, mas faltava uma voz para interpretá-las. Então, graças a uma amiga em comum, João foi apresentado a Ney Matogrosso, dono de uma das vozes mais marcantes do Brasil em todos os tempos. Junto com Gerson Conrad, o trio deu nome ao grupo, e isso foi uma forma de tentar abranger ao máximo seu público.

Era impossível não prestar atenção neles. Com suas letras, sua maquiagem e na maneira como seu vocalista mexia-se no palco, rebolando e cantando, algo impensado naqueles tempos em que Emílio Garrastazu Médici era o presidente do Brasil durante a ditadura militar, período mais sombrio da história do Brasil. Isso fez que eles ganhassem cada vez mais atenção durante os shows – não apenas no vocalista, mas nas músicas.

Durante uma apresentação, o trio chamou a atenção do empresário Moracy do Val, que logo comaçou a agenciá-los e conseguiu, após insistir muito, um contrato com a Continental, grande gravadora do mercado e principal concorrente de empresas estrangeiras, como a Warner, para captar artistas em seu selo no início
dos anos 1970.

Como aposta da gravadora, o Secos & Molhados não recebeu grande verba para gravar o álbum, já que a Continental apostava no convencional, vamos colocar assim, não em um trio que misturava cantigas brasileiras com psicodelia e folk. Com João Ricardo na direção musical, Moracy também assumiu a responsabilidade de ser o produtor do disco. Em 15 dias, usando um gravador de quatro canais, o LP estava feito e levaria o nome da banda.

O Secos & Molhados tinha o que havia de melhor naquela época: músicos inspirados e canções do folclore brasileiro e português, algo bem interessante, mas que, no fundo, era pop e nascido para transcender limites no período pós-Jovem Guarda – um ano antes, os Novos Baianos lançaram Acabou Chorare, primeiro grande álbum brasileiro dos anos 1970.


Obviamente, é impossível não atestar a influência do Tropicalismo no trabalho e no trio. Se havia a vontade de transgredir nos anos 1960, e isso foi conseguido, os anos 1970 foram importantes para consolidar certas ideologias do movimento liderado por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes e amigos.

Uma coisa ajudou bastante nas vendas de Secos & Molhados: uma aparição na primeira edição do Fantástico, revista eletrônica semanal da TV Globo. Diferente dos dias atuais, o programa tinha enorme relevância nacional e contribuía, e muito, no lançamento de vídeos de artistas. Era a explosão necessária para contribuir com o sucesso de um grupo diferente de tudo que tocava nas rádios e programas de TV naqueles tempos.

Ninguém confiava no sucesso do grupo. Por isso, apenas 1.500 cópias do trabalho foram colocadas à venda pela Continental, mas bastou uma aparição no Fantástico para uma mudança de cenário. Essa primeira prensagem não deu nem para o gasto, forçando o derretimento de LPs encalhados para uma segunda leva de Secos & Molhados. Foram vendidos 300 mil álbuns em dois meses, rapidamente transformados em um milhão no final de 1973. As vendas eram tão absurdas que até o reinado de Roberto Carlos, cantor que mais vendia à época, estava ameaçado.

Mais conhecidas, “O Vira” e “Sangue Latino” tocavam quase sem parar nas rádios. Mas não apenas as duas. Durante o dia, facilmente você conseguia ouvir o LP inteiro, e isso colaborou para colocar o Secos & Molhados na trilha do sucesso e lotando turnês não só no Brasil, mas por toda América Latina.

A capa foi produzida e fotografada por Antônio Carlos Rodrigues, fotógrafo do jornal carioca ‘Última Hora’ e mostra a banda, mais o baterista Marcelo Frias – único não maquiado –, com as cabeças em uma mesa. A seção de fotos foi marcante, pois eles demoraram uma madrugada inteira para fazer tudo. E dias depois, Farias abandonou o grupo.

Texto | Fagner Morais

1973 | SECOS & MOLHADOS

01. Sangue Latino
02. O Vira
03. O Patrão Nosso de Cada Dia
04. Amor
05. Primavera nos Dentes
06. Assim Assado
07. Mulher Barriguda
08. El Rey
09. Rosa de Hiroshima
10. Prece Cósmica
11. Rondo do Capitão
12. As Andorinhas
13. Fala

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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Alceu Valença & Geraldo Azevedo


Alceu Valença, Geraldo Azevedo e a psicodelia do disco Quadrafônico
De como Rogério Duprat foi parar no disco de estreia da dupla pernambucana que revelou grandes compositores da música brasileira


Fiquei em dúvida se começava a contar essa história pela parte em que os arranjos do disco “Alceu Valença & Geraldo Azevedo” (1972) seriam inicialmente feitos por Hermeto Pascoal mas foram parar nas mãos de Rogério Duprat, um dos criadores do Tropicalismo. Ou que nas gravações foi utilizado o sistema Quadrafônico, uma novidade à época. Ou também que o orçamento da produção era tão pequeno que Alceu e Geraldo foram mandados pela gravadora Copacabana a São Paulo gravar e se hospedaram no apartamento de Cesare Bienvenuti, produtor do disco. Ou ainda que as poucas horas de gravação destinadas ao LP aconteciam de madrugada, quando o estúdio estava desocupado.

Seriam formas interessantes se pensarmos nas curiosidades por trás de uma produção, mas elas não dariam a real dimensão deste clássico ainda hoje desconhecido do grande público que foi a inspirada estreia da dupla no disco “Alceu Valença & Geraldo Azevedo”.

Está contida nesta pequena joia que tem apenas 34:02 minutos de duração a gênese do frutífero trabalho como grandes compositores que Alceu e Geraldo desenvolviam individualmente já naquele começo de anos 70. Fosse isto pouco, considere que não se trata apenas de uma apresentação de dois desconhecidos ao mercado fonográfico mas a convergência destes juntamente com Rogério Duprat que resultou num disco clássico da nossa música.

Um clássico pode ser definido como uma obra que atravessa o tempo com suas características e qualidades artísticas intactas e é neste quesito que o “Alceu Valença & Geraldo Azevedo” se insere.

Rápida digressão: no início dos anos 70, a banda inglesa Pink Floyd andava empolgada com um novo sistema chamado Quadrifônico ou Estéreo 4.0, correspondente ao atual Surround, e gravou três discos neste formato. O Quadrifônico usava quatro canais de captação (o padrão então utilizado era dois) dispostos em diferentes pontos do estúdio capturando diversas tonalidades do som. A reprodução destes LPs, porém, exigia aparelho de som compatível, ou seja: com quatro caixas de autofalantes distribuídas nos ambiente o que dava ao ouvinte a sensação de se estar dentro do estúdio junto com a banda. O formato não vingou dada a indefinição do mercado quanto ao padrão a ser utilizado comercialmente e o valor elevado dos aparelhos para reprodução.

Deriva daí a confusão feita com o título do álbum que, ao contrário do que se afirma, não se chama ‘Quadrafônico’ pois esta denominação apenas identifica a tecnologia utilizada em oposição ao padrão Estéreo.


Alguns discos foram concebidos para serem ouvidos do começo ao fim, na ordem em que foram gravados, como o “The Dark Side Of The Moon” (1973), do Pink Floyd  -  um dos três em que a banda utilizou a tecnologia quadrifônica na gravação - , e isto é essencial para que a obra seja compreendida em toda a sua complexidade dado que a divisão entre as faixas não obedece à lógica padrão de um disco comum de ‘faixas soltas’. (Parece, inclusive, que há uma lei da Corte Marcial que condena os subversivos desta ordem a serem açoitados em praça pública tamanho é o sacrilégio cometido)

Este é o caso de “Alceu Valença & Geraldo Azevedo” que foi pensado para ser ouvido do começo ao fim e assim se possa ‘tocar’ as texturas, efeitos e cores que cruzam a fronteira da música e o aprumam rumo às artes visuais.

O regionalismo da dupla está aí mas não é o determinante. Tem ciranda, coco, viola caipira, rock mas é a psicodelia quem dá a liga. A conversa entre músicos e técnicos durante as seções de gravação no estúdio também estão presentes no disco, outra novidade para aumentar no ouvinte a ilusão de imersão no som.

Destaco aqui como um dos pontos altos deste trabalho a beleza na interpretação de “Talismã”. É coisa fina F.C.

A importância deste álbum quadrifônico é tamanha que o cultuado e raríssimo “Paêbirú”, disco psicodélico de Zé Ramalho e Lula Côrtes e que se tornou o vinil brasileiro mais caro chegando a custar R$ 4.000, só viria a ser lançado em 1975 e nele Alceu também deu sua contribuição.
Registre-se ainda que quando foi lançado “Alceu Valença & Geraldo Azevedo” o auge do rock psicodélico no mundo tinha ficado para trás perdido no éter da década de 60 e talvez por isto, suponho, o álbum não teve o devido destaque.

Esqueça os clássicos de Alceu e Geraldo que vieram à sua cabeça enquanto você lia este artigo. As músicas produzidas são uma terceira coisa para além da obra individual destes dois gigantes.

É com “Horrível”, a derradeira faixa do brilhante álbum “Alceu Valença & Geraldo Azevedo”, que o Risco no Disco convida você a fazer mais uma viagem pelo universo da música brasileira.

Texto | Risco no Disco

1972 | QUADRAFÔNICO

01. Me dá um beijo (Alceu Valença)
02. Virgem Virginia (Alceu Valença, Geraldo Azevedo)
03. Mister mistério (Geraldo Azevedo)
04. Novena (Geraldo Azevedo, Marcus Vinicius)
05. Cordão do Rio Preto (Alceu Valença)
06. Planetário (Alceu Valença)
07. Seis horas (Alceu Valença)
08. Erosão (Alceu Valença)
09. 78 rotações (Alceu Valença, Geraldo Azevedo)
10. Talismã (Alceu Valença, Geraldo Azevedo)
11. Ciranda de Mãe Nina (Alceu Valença)
12. Horrível (Alceu Valença)

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sábado, 5 de agosto de 2017

Gene Vincent


Gene Vincent ou Eugene Vincent Craddock, músico norte-americano de rockabilly, mais conhecido por seu sucesso "Be-Bop-A-Lula".

Começou sua carreira tocando em diversas bandas de música country em Norfolk, Virgínia, depois de deixar a Marinha dos Estados Unidos com uma lesão permanente na perna. Assinou contrato com a Capitol Records com sua banda de apoio, The Blue Caps.

Depois que "Be-Bop-A-Lula" transformou-se num grande sucesso em 1956, Gene Vincent & os Blue Caps não conseguiram emplacar outros hits de tamanha repercusão, mas tiveram uma carreira pontilhada de sucessos como: "Bluejean Bop", "Race With the Devil", "Lotta Lovin'", "Crazy Legs" et "Baby Blue". Vincent inclusive foi um dos primeiros astros de rock a estrelar um filme, chamado The Girl Can't Help It.

Um fato marcante na carreira do cantor foi a morte de seu melhor amigo Eddie Cochran em um acidente automobilistico, durante uma turnê que ambos faziam pela Inglaterra no ano de 1960. Gene que também estava no veículo teve a antiga lesão de sua perna agravada e até o fim de sua vida não se recuperou psicologicamente do ocorrido.

A carreira de Gene teve uma enorme perda de popularidade a partir da metade dos anos 60, com a chegada das "english bands", embora ele continuasse a fazer sucesso na Europa, principalmente na Inglaterra e França.

Passou os últimos anos de sua vida tentando reconquistar o antigo sucesso, mas acabou afundando-se cada vez mais no álcool e na depressão. Faleceu na California em 1971, de cirrose gástrica.

Gene Vincent está sepultado no Eternal Valley Memorial Park em Newhall, Califórnia.

Forma junto com Buddy Holly e Eddie Cochran a quintessencia do rockabilly, sendo sem sombra de dúvidas, os maiores nomes do gênero.

Texto | Wikipédia

1980 | FOREVER

01. Gene Vincent | Bring It On Home
02. Gene Vincent | The Rose Of Love
03. Gene Vincent | Hey Hey Hey Hey
04. Gene Vincent | Party Doll
05. Melody Jean Vincent | Say Mama
06. Johnny Carrol | Tribute To Gene: Black Leather Rebe
07. Johnny Legend | Right Now
08. Ray Campi | Rocky Road Blues
09. Jimmy Lee Maslon | Dance To The Bop
10. Jimmy Lee Maslon | Be Bop Boogie Boy
11. Ray Campi | Lotta Lovin'
12. Jimmy Lee Maslon | Important Words

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