quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Ghost


Banda janponesa de acid folk/psychedelic rock formada em 1984.

Snuffbox Immanence é um álbum da banda japonesa Ghost. Foi lançado pela Drag City em 1999. A banda também lançou Tune In, Turn On e Free Tibet no mesmo dia. O álbum apresenta uma versão cover de "Live With Me", originalmente dos Rolling Stones.

1999 | SNUFFBOX IMMANENCE

01. Regenesis
02. Live With Me
03. Soma
04. Daggma
05. Snuffbox Immanence
06. Obiit 1961
07. Tempera Tune
08. Fukeiga
09. Sad Shakers
10. Hanmiyau

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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Secos & Molhados


Apresentações ousadas, figurino e maquiagem extravagantes. O grupo Secos e Molhados fugiu do óbvio e, justamente por isso, ganhou notoriedade e reconhecimento. Mesmo com o passar dos anos, as criações de Ney Matogrosso, João Ricardo e Gerson Conrad não deixaram de servir de referência artística para novos nomes da música.

Recheado de críticas à ditadura militar, que estava implantada no Brasil, o primeiro disco do grupo, que leva o mesmo nome da banda, foi lançado em 1973 e foi o maior sucesso, batendo todos os recordes de vendagens de discos e público. "Primavera nos Dentes", "Assim Assado", "Sangue Latino", "O Vira" e "Rosa de Hiroshima" são algumas canções do álbum, que conta com 13 faixas. A capa do disco, inclusive, foi eleita pela Folha de S.Paulo como a melhor dos discos brasileiros de todos os tempos.

No ano seguinte, a banda bateu os recordes de público em um show no Maracanãzinho, no Rio da Janeiro. O estádio comportava 30 mil pessoas, mas outras 90 mil ficaram do lado de fora. No fim daquele ano, eles saíram em turnê internacional que, segundo Ney Matogrosso, gerou oportunidades de criar uma carreira sólida fora do país. Pouco antes do fim da formação clássica da banda, em 1974, saiu o segundo disco de estúdio, cujo destaque era a música "Flores Astrais". Este, que não teve título e contou com uma capa preta, já não fez tanto sucesso.

Os três membros então se separaram e seguiram em carreira solo. Já em 1978, João Ricardo, Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão lançaram o terceiro disco do Secos e Molhados. "Que Fim Levaram Todas as Flores?" foi uma das canções mais executada no Brasil naquele ano. Já em 1980, com os irmãos Lempé – César e Roberto -, saiu o quarto disco da banda. Em maio de 1988, o álbum "A Volta do Gato Preto" foi o último da década.

Sozinho, mas com a marca Secos e Molhados, João Ricardo lançou o disco "Teatro?", em 1999. No ano seguinte, saiu o álbum "Memória Velha" composto por músicas gravadas em 1986.

Em 2011, João formou uma dupla com Daniel Iasbeck e lançou o álbum autobiográfico intitulado "Chato-boy".

Texto | UOL
1973 | SECOS & MOLHADOS

01. Sangue Latino
02. O Vira
03. O Patrão Nosso de Cada Dia
04. Amor
05. Primavera Nos Dentes
06. Assim Assado
07. Mulher Barriguda
08. El Rey
09. Rosa de Hiroshima
10. Prece Cósmica
11. Rondo do Capitão
12. As Andorinhas
13. Fala

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1974 | SECOS & MOLHADOS EM INSTRUMENTAL MÓBILE

01. Sangue Latino
02. O Vira
03. Delírio
04. Fala
05. Assim Assado
06. Preto Velho
07. Flores Astrais
08. Rosa de Hiroshima
09. Amor
10. Não Não Digas Nada
11. O Patrão Nosso de Cada Dia
12. Caixinha de Música do João

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1974 | SECOS & MOLHADOS II

01. Tercer Mundo
02. Flores Astrais
03. Não, Não Digas Nada
04. Medo Mulato
05. Oh! Mulher Infiel
06. Vôo
07. Angústia
08. O Hierofante
09. Caixinha de Música Do João
10. O Doce e o Amargo
11. Preto Velho
12. Delírio
13. Toada & Rock & Manbo & Tango & Etc

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1978 | SECOS & MOLHADOS III

01. Que Fim Levaram Todas As Flores?
02. Lindeza
03. De Mim Pra Você
04. Minha Namorada
05. Anônimo Brasileiro
06. Última Lágrima
07. Insatisfação
08. Oh! Canção Vulgar
09. Como Eu,Como Tu
10. Quadro Negro
11. Cobra Coral Indiana

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1980 | SECOS & MOLHADOS IV

01. Quantas Canções É Preciso Cantar
02. Roído de Amor
03. Meu Coração Não Pode Parar
04. Sem As Plumas, Numas
05. Homenzarrão
06. Pão João
07. Muitas Pessoas
08. Você Faz Amor Engraçado
09. Pelos Dois Cantos da Boca
10. Aja
11. Contudo
12. Vira Safado

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1980 | AO VIVO NO MARACANÃZINHO 1974

01. As Andorinhas
02. Rosa de Hiroshima
03. Instrumental
04. Mulher Barriguda
05. Primavera nos Dentes
06. El Rey
07. Toada & Rock & Mambo & Tango etc
08. Fala
09. Assim Assado
10. Instrumental II
11. O Vira

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1988 | A VOLTA DO GATO PRETO

01. Sem Rei Nem Rock
02. Habitante da Guiné
03. Sangue de Barata
04. Eu Amo Dizer Te Amo
05. Aquém-Mar
06. Armadilhas com Vodu
07. Eu Estou Fugindo de Casa
08. Sonho de Valsa: Dancei
09. Estrábico-Democrático
10. Aventurar

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1999 | TEATRO?

01. Tom de Dó
02. Teatro?
03. O Soldado e o Anjo
04. Bola de Berlim
05. Fios de Tempo
06. Zanzibar
07. Sida
08. Puta
09. Rosinha, A Vermelha
10. Smgbl
11. Louca de Pedra
12. Sacaneou Animal
13. Dura Aquilo Que Passar Pelo Tempo Que Durar

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2000 | MEMÓRIA VELHA

01. Os Portugueses Deixam a Língua nos Trópicos
02. Foi Só Amor
03. Tom de Dó
04. Cantilena
05. Romântico Vício de Mel
06. Dura Aquilo que Passar pelo Tempo que Durar
07. Sangue de Barata
08. Sem Rei Nem Rock
09. Eu Amo Dizer Te Amo
10. Aventurar
11. Sonho de Valsa: Dancei

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2009 | SEMPRE

01. Amor
02. O Vira
03. Flores Astrais
04. Sangue Latino
05. Rosa de Hiroshima
06. Fala
07. Não, Não Digas Nada
08. O Patrão Nosso de Cada Dia
09. Assim Assado
10. O Doce e o Amargo
11. El Rey
12. Mulher Barriguda
13. Prece Cósmica
14. Vôo

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2011 | CHATO-BOY

01. Chato-Boy








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domingo, 20 de outubro de 2019

Secos & Molhados | Tributos


Álbum de 2003 em comemoração aos 30 anos do Secos e Molhados.

O disco traz a participação de vários artistas da nova geração reinterpretando todas as faixas do primeiro álbum de 1973 do grupo.

2003 | ASSIM ASSADO
(Tributo ao Secos & Molhados)


01. Nando Reis | Sangue Latino
02. Falamansa e Maskavo | O Vira
03. Toni Garrido | O Patrão Nosso de Cada Dia
04. Ira! | Amor
05. Eduardo Dussek | Primavera nos Dentes
06. Capital Inicial | Assim Assado
07. Pitty | Mulher Barriguda
08. Matanza | El Rey
09. Arnaldo Antunes | Rosa de Hiroshima
10. Raimundos | Prece Cósmica
11. Pato Fu | Rondó do Capitão
12. Marcelinho da Lua | As Andorinhas
13. Ritchie | Fala

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Completando 40 anos, a personalíssima estreia fonográfica dos Secos e Molhados tem mais uma tentativa de modernização de sonoridade com 13 componentes da nova cena roqueira (indie?) brasileira. Em 2003, tal empreitada já havia sido alavancada por nomes, hoje estrelados, como Arnaldo Antunes, Nando Reis, Ira!, Pato Fú e até Falamansa. Na ocasião o saldo foi pífio.

Dez anos depois, o selo RockinPress faz outro mergulho neste repertório com resultados que, se não soam tão rasos, também não empolgam muito. Como todo trabalho sem direção artística – no caso, cada artista fez sua versão livremente, sem conceito musical definido – a irregularidade dá a tônica do álbum. Sejamos justos, o álbum original é tão marcante que, hoje, depois de uma revisão histórica, se configura como uma das melhores estreias musicais brasileiras em todos os tempos. Não é trabalho fácil fugir de símbolos como “O Vira”, “Sangue Latino” e “Assim Assado”. Deixar de lado as comparações então, é impossível.

Mas há bons momentos em “Armazém 73″. A banda sergipana Bicicletas de Atalaia acerta o tom roqueiro de“Mulher Barriguda”. Nevilton vai pelo mesmo caminho acrescentando doses de psicodelia à “Prece Cósmica” e também se sai bem. Mais reverente, Phillip Long, não se arrisca muito e vai no caminho do folk em “O Patrão Nosso de Cada Dia”. Curiosa é a versão feita pelo carioca Thiago El Niño, apontando um surpreendente fraseado rap para “Primavera Nos Dentes”. No meio do caminho ficam, com suas pálidas leituras, A Banda Mais Bonita da Cidade com “Assim Assado” e Leo Fressato com “Rondó do Capitão”. Não dizem muito a que vieram.

Nome muito comentado na cena independente, a baiana Nana erra mão em “Rosa de Hiroshima” ao apostar na eletrônica, overdubs e afins que soterram a melodia de Gerson Conrad e um fiapo de voz que fazem banais os belos versos de Vinicius de Moraes. Também errática, abrindo o cd, é a versão do maior sucesso dos Secos e Molhados, ”Sangue Latino”, por Mahmundi.

2013 | ARMAZÉM 73
(Tributo ao Secos & Molhados)


01. Mahmundi | Sangue Latino
02. Rafael Castro | O Vira
03. Phillip Long | O Patrão Nosso de Cada Dia
04. Lucas Vasconcellos | Amor
05. Thiago Elniño | Primavera nos Dentes
06. A Banda Mais Bonita da Cidade | Assim Assado
07. Bicicletas de Atalaia | Mulher Barriguda
08. Phill Veras | El Rey
09. Nana | Rosa de Hiroshima
10. Nevilton | Prece Cósmica
11. Leo Fressato | Rondó do Capitão
12. Ana Larousse | As Andorinhas
13. Maglore | Fala
14. Daniel Peixoto | O Vira

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A gravadora Deck lançou, em formato digital, o álbum Primavera nos Dentes. O trabalho conta com releituras de 11 das 26 canções lançadas pelo Secos & Molhados durante a fase inicial do grupo (1973 a 1974).

A Secos & Molhados surgiu, durante os anos 70, influenciada pela explosão da Tropicália. A partir da iniciativa do guitarrista João Ricardo, os demais membros da formação inicial foram recrutados para participar. A escolha de Ney Matogrosso como vocalista se encaixava nos planos originais de João, que queria um vocalista com um timbre mais feminino. O grupo ganhou o status de um dos mais importantes da música brasileira dos anos 70.

O Primavera nos Dentes começou através do baterista e pesquisador (e também ex-Titãs) Charles Gavin. Ele se juntou a mais alguns nomes de peso para dar vida ao álbum: Pedro Coelho (que participou da peça “Cássia Eller – O Musical“) no baixo, Paulo Rafael (que já tocou com Alceu Valença) na guitarra e Felipe Ventura (da banda Baleia) mesclando violino e guitarra. Os vocais principais ficaram por responsabilidade da cantora Duda Brack.

O grupo já está junto tem um tempo, mas a produção do álbum surgiu a partir de um convite do produtor musical Rafael Ramos (Pitty, Los Hermanos, Cachorro Grande). O nome do projeto veio do título da quinta faixa do lado A do álbum de estreia Secos & Molhados, lançado em 73.

Mesmo passados 40 anos, as canções continuam atuais

Mas não são apenas meras releituras. Com arranjos que deram às músicas uma nova roupagem, o projeto mostra a atemporalidade presente nas letras do grupo. Novas linguagens musicais foram adicionadas às canções originais.

O resultado final acaba por misturar diversos estilos. Tem MPB, rock tradicional, indie, psicodelia, música nordestina e ainda influências da cultura musical de outros países, mostrando as faces musicais de cada membro do projeto.

Charles Gavin conta que:

"A sonoridade e os arranjos se distanciaram bastante dos originais, diria que cada versão que fizemos tem a assinatura de cada um de nós. Também foi surpreendente constatar o fato de que a poesia das letras permanece extremamente atual e assertiva após décadas, deliciosamente doce e ácida, ingênua e politizada ao mesmo tempo, conectando-se com pessoas de qualquer geração e qualquer lugar."

2017 | PRIMAVERA NOS DENTES

01. Delírio
02. Angústia
03. Primavera nos Dentes
04. O Patrão Nosso de Cada Dia
05. Vira
06. O Doce e O Amargo
07. Hierofante
08. Rosa de Hiroshima
09. Tercer Mundo
10. Fala
11. Sangue Latino

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terça-feira, 15 de outubro de 2019

John Killigrew


Pouco se sabe a respeito de John Killigrew, mas o que não deixa dúvida é a sua incrível capacidade de criar belas melodias e letras comovedoras. Killigrew foi o único álbum de sua carreira, foi produzido por Pete Dello, e conta como banda de apoio, membros do Honeybus e o grande guitarrista Billy Brem.

O disco foi lançado em 1971 pelo selo Penny Farthing.

Texto retirado de | Folk'n Blues

1971 | KILLIGREW

01. Just A Line
02. Brand New World
03. Nothing's Impossible
04. Hold On Baby
05. Yesterday And You
06. Roverman
07. John Dupree
08. Got Your Number
09. You Don't Know What You've Got
10. Hey Mocking Bird
11. Do I Love You
12. Just The Way You Are

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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Temple Of The Dog


A formação do supergrupo começa de uma maneira muito triste. Andy Wood, carismático vocalista do Mother Love Bone, era viciado em drogas e, em uma dessas viagens sem volta, acabou tendo uma overdose e ficou alguns dias internado no hospital para que amigos e parentes se despedissem antes de os aparelhos serem desligados.

Chris Cornell ficou muito abalado com a perda e escreveu duas músicas: “Reach Down” e “Say Hello 2 Heaven”, composições que eram muito diferentes do que o Soundgarden, sua banda principal, fazia. E essas duas canções foram o impulso para a ideia de homenagear o amigo.

Logo que teve a ideia, Cornell tratou de chamar Stone Gossard e Jeff Ament, companheiros de Wood no Mother Love Bone, para trabalharem nas canções. Todos estavam arrasados emocionalmente, então isso seria uma boa válvula de escape para os três, que ganharam as companhias de Mike McCready, virtuoso e talentoso guitarrista, do baterista Matt Cameron, convidado por Cornell, e Eddie Vedder – vindo de San Diego, Califórnia, Vedder enviou uma fita e logo foi convidado para ser o vocalista do Mookie Blaylock, que logo viraria Pearl Jam.

Com as demos em mãos e trabalhando nisso, os cinco divergiram na ideia de lançar um single prévio do disco – ideia rechaçada e considerada “estúpida” por Cornell, que demonstrou, logo de cara, favorável ao lançamento de um EP ou um disco. Como era mais próximo de Wood e era o principal compositor, a ideia do vocalista superou às demais, e o álbum foi gravado em 15 dias e produzido pelos seis.

Não havia pressão da gravadora para o lançamento, então tudo ocorreu no tempo em que os seis trabalhavam juntos nas faixas e na gravação. Foi nesse período que todos descobriram o potencial de Vedder nos vocais. Com apenas apresentações ao vivo no currículo, o jovem cantor ainda era questionado pelo seu jeito tímido e introspectivo dentro da banda – o que era normal, já que ele era o único que não havia se desenvolvido dentro da cena de Seattle. Foi fazendo a segunda voz em “Hunger Strike” que ele provou que tinha potencial e capacidade para ser muito mais do que mostrava aos amigos próximos.

O nome Temple of the Dog surgiu a partir de uma canção do Mother Love Bone, composta por Wood, chamada “Man Of Golden Words” (I want to show you something, like joy inside my heart/Seems I've been living in the temple of the dog/Where would I live if I were a man of golden words?/Or would I live at all?). Não existiria melhor homenagem do que usar uma canção para nomear o grupo.

Lançado em 16 de abril de 1991, o disco vendeu 70 mil cópias no primeiro mês e foi muito elogiado pela crítica, e foi muito bem recebido pelo público. Mas o álbum só viria a estourar nas paradas no ano seguinte, graças ao lançamento dos discos do Soundgarden, Badmotorfinger, e do Pearl Jam, Ten. Então a A&M Records bancou a gravação do clipe de “Hunger Strike”, que impulsionou ainda mais a carreira das duas bandas.

O Temple of the Dog só fez um set longo em toda sua história: foi em 13 de novembro de 1991, sem Eddie Vedder. No mais, o grupo só se reuniu em momentos esporádicos, como Lollapalooza-93, arrecadação de eventos e comemorações. A última vez foi em 2011, no aniversário de 20 anos da formação do Pearl Jam, em que Cornell e o Pearl Jam se uniram para tocar três músicas (“Say Hello 2 Heaven”, “Reach Down”, e “Hunger Strike”). Sempre questionados sobre um possível segundo trabalho, os seis alegam que o Temple of the Dog não nasceu para ser um grupo fixo, mas uma homenagem a um amigo querido que se foi.

Texto | Fagner Morais

1991 | TEMPLE OF THE DOG

01. Say Hello 2 Heaven
02. Reach Down
03. Hunger Strike
04. Pushin' Foward Back
05. Call Me A Dog
06. Times Of Trouble
07. Wooden Jesus
08. Your Savior
09. Four Walled World
10. All Night Thing

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sábado, 5 de outubro de 2019

The Kinks


THE KINKS: UMA DAS MAIS SUBLIMES ÓPERAS ROCK JÁ GRAVADAS

O ano de 1969 foi bastante produtivo para o grupo inglês The Kinks. Neste ano o grupo havia lançado o clássico disco "The Village Green Preservation Society", considerado por muitos o melhor de sua carreira, recheado com composições belíssimas de Ray Davis, vocalista principal, acompanhadas de melodia igualmente belas como a faixa homônima que dá titulo ao álbum e "Starstruck", entre outras.

Aproveitando a boa fase de sua carreira no final do mesmo ano os Kinks lançam aquela que seria considerado por muitos como a melhor Ópera Rock já feita na história da música "Arthur (Or the Decline and Fall of the British Empire)". E com absoluta razão. Este trabalho é magistral em todos os sentidos.

Ray Davis estava em sua melhor fase como compositor e acabou criando uma verdadeira epopeia em apenas 12 faixas, ao narrar a aventura de um personagem que se muda do Reino Unido para a Austrália. A narrativa tem como cenário de fundo a decadência do Antigo Império Britânico, Reino Unido que no inicio do século XX era a maior potencia econômica e militar do planeta e que após o período das grandes Guerras(1914-1918, 1939-1945) foi perdendo gradativamente status no contexto mundial. Nas letras das canções podem ser percebidas ferrenhas críticas ao estilo de vida britânico; por causa disso, na época de seu lançamento o disco foi fortemente censurado pelo governo inglês que proibiu a sua execução nas rádios ao redor do país.

Também é importante salientar o papel dos demais membros da banda: o baixista John Dalton, que substituiu de forma brilhante o baixista Peter Quaife; Dave Davis, sempre criando uma série de riffs e solos fantásticos, sem dúvida um dos grandes gênios da guitarra; e o sempre criativo baterista Mick Avory. Juntos criaram linhas melódicas inspiradíssimas, únicas na história da musica, com quebras de ritmo e andamentos ainda impressionantes durante a n-ésima audição deste álbum, tamanha a perfeição alcançada, e que combinam perfeitamente com as composições de Ray Davis, que de modo desafiador carrega uma elevada dose de sarcasmo nos vocais principais ao longo do disco.

Não quero aqui salientar um ou outro aspecto de determinada música, nem ao menos dar destaque a uma ou outra canção, por acreditar que cada uma carrega em si uma particularidade no contexto do álbum que transcende qualquer afirmação deste gênero. Além disto, as músicas deste álbum se completam de uma maneira simplesmente fantástica e quando ouvidas em sequência possuem uma força incrível raríssimas vezes experimentada na história da música.

Na época de seu lançamento "Arthur" passou um pouco despercebido ao grande público, devido ao recém-lançamento da ópera Rock "Tommy" que invadiria as paradas de sucesso naquele período, encabeçada pelo hit "Pinball Wizard". Este trabalho só teria o seu merecido reconhecimento vários anos após o seu lançamento e nos dias de hoje é aclamado pela crítica especializada como uma das mais sublimes (e possivelmente, a melhor) Óperas Rock já realizada na história do Rock.

Em 1970 a banda lançaria outro clássico absoluto do Rock o disco "Lola Vs Powerman And The Moneygoround Part One", uma fábula sobre travestis. Uma das canções que dá nome ao álbum "Lola" até hoje é uma das mais emblemáticas da banda. A fase áurea da banda atingiria o fim em 1971 com o lançamento do mediano "Muswell Hillbillies". Depois a banda se aventuraria por Óperas Rock pouco inspiradas antes de seu trágico final.

Os Kinks, legítimos representantes da British Invasion, sempre foram uma das bandas mais injustiçadas da história da música durante sua existência, tendo sua importância reconhecidas somente anos após o seu fim, apesar de ter brindado os amantes do rock com vários momentos agradabilíssimos.

Em resumo, mais um disco que merece ser ouvido por todo bom apreciador do bom e velho Rock & Roll, que dia 13 de julho (data em que esta resenha foi escrita) comemora mais um ano de existência.

Texto | Elias Rodigues Emidio

1969 | ARTHUR, OR THE DECLINE AND FALL OF THE BRITISH EMPIRE

01. Victoria
02. Yes Sir, No Sir
03. Some Mother's Son
04. Drivin'
05. Brainwashed
06. Australia
07. Shangri-La
08. Mr. Churchill Says
09. She's Bought A Hat Like Princess Marina
10. Young And Innocent Days
11. Nothing To Say
12. Arthur

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2011 | DOUBLE DISC JAPAN SHM REMASTER

CD 1 | THE ORIGINAL MONO ALBUM

01. Victoria
02. Yes Sir, No Sir
03. Some Mother's Son
04. Drivin'
05. Brainwashed
06. Australia
07. Shangri La
08. Mr. Churchill Says
09. She's Bought A Hat Like Princess Marina
10. Young And Innocent Days
11. Nothing To Say
12. Arthur
Bonus Tracks | ORIGINAL MONO SINGLES
13. Plastic Man
14. This Man He Weeps Tonight
15. Mindless Child Of Motherhood
16. Creeping Jean
17. Lincoln County
18. Hold My Hand
Studio Recordings For The BBC:
19. Victoria
20. Mr. Churchill Says
21. Arthur

CD 2 | THE ORIGINAL STEREO ALBUM

01. Victoria
02. Yes Sir, No Sir
03. Some Mother's Son
04. Drivin'
05. Brainwashed
06. Australia
07. Shangri La
08. Mr. Churchill Says
09. She's Bought A Hat Like Princess Marina
10. Young And Innocent Days
11. Nothing To Say
12. Arthur
Bonus Track
13. Plastic Man (Stereo)
14. This Man He Weeps Tonight (Stereo)
15. Drivin' (Alternative Mix)
16. Mindless Child Of Motherhood (Stereo)
17. Hold My Hand (Alternative Take)
18. Lincoln County (Stereo)
19. Mr. Shoemaker's Daughter (Stereo)
20. Mr. Reporter (Stereo)
21. Shangri La (Backing Track)

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terça-feira, 1 de outubro de 2019

V.A. Hearts of Stone | Brasilian 60's Beat & Garage


Coletânea lançada em vinil pelo selo alemão Magia Records em que se destacam bandas brasileiras da década de 1960. Vale destaca o trabalho de remasterização que nos proporciona um arquivo de melhor qualidade, visto que nem sempre é possível encontrar material antigo em boa qualidade.

2000 | VOLUME 1

01. Os Jovens | Coração De Pedra
02. Beatniks | Fire
03. Luizinho e Seus Dinamites | Choque Que Queima
04. Som Beat | My Generation
05. Beat Boys | Canudinho
06. Os Baobás | Down Down
07. Beatniks | Cansado De Esperar
08. Renato e Seus Blue Caps | Vivo Só
09. Top Five | Esqueces Que Te Ami
10. Beatniks | Outside Chance
11. Brazilian Bitles | Filhinho Do Papai
12. Maskers | Veja Só
13. Os Jovens | Se Você Contar
14. Os Aranhas | Gloria

2001 | VOLUME 2

01. Os Baobás | Pintada de Preto
02. The Bubbles | Não Vou Cortar O Cabelo
03. Analfabitles | Sunnyside Up
04. Os Brasas | Não Vá Me Deixar
05. Beggers | Slow Down
06. Os Jovens | Sofrendo Por Amor
07. Beezoons | Treat Her Right
08. Blackstones | Os Monstros
09. Analfabitles | Shake
10. Luizinho E Seus Dinamites | Caranga Twist
11. Beezoons | Hey! Good Lookin'
12. Jungle Cats | Sapato Nôvo
13. Os Brasas | Mulher Reindeira
14. Renato e Seus Blue Caps | Negro Gato
15. Brazilian Bitles | L'onda
16. Os Incrìveis | Vai, Meu Bem

2001 | VOLUME 3

01. Os Juvenis | Eu Tenho de Achar um Alguém
02. The Brazilian Bitles | Dedicado a Quem Amei
03. Bargs | O Louco
04. Paulo Hilário | Não Dou Meu Braço a Torcer
05. The Jungle Cats | Vai
06. The Snakes | Você Não Me Agrada
07. Outcasts | Go On Home
08. The Maskers | É Dificil Esquecer
09. Os Santos | Três Garotas
10. Altafini | Xaropão
11. Os Minos | Febre de Minos
12. The Beggers | Why, Oh Why?
13. Os Bittus | Vem Depressa Meu Amor
14. Os Brasas | Lutamos Para Viver
15. Outcasts | Dying
16. Le Groupe 'F' | Whisky

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