terça-feira, 30 de outubro de 2018

Bob Dylan


“Bob Dylan é um artista de relevância quase inigualável na música popular moderna”, diz o biografo Howard Sounes na primeira frase de seu livro lançado em 2001 (no Brasil, no ano seguinte pela Conrad) sobre Robert Allen Zimmerman. O documentário “No Direction Home” (2005), de Martin Scorsese, jogou mais luz sobre um dos artistas menos compreendidos daquilo que se convencionou chamar de música pop, e se serviu para apresentá-lo a novas gerações, não explicou o mito (se pudesse, Dylan diria aqui que não há nada para explicar).

O fato é que Dylan representa um fenômeno cultural e social que permite vislumbres maiores sobre a música como partícula de uma sociedade. Um cara que começou escrevendo canções simples inspiradas em Woody Guthrie e folk singers do começo do século (muitos apresentados a ele pela coletânea “Anthology of American Folk Music”) até criar sua própria persona estética escrevendo canções políticas e arranjar, em 1965/1966, uma briga com os puristas ao amplificar suas canções, o que o aproximou da ala rock and roll conquistando tanto admiração quanto repulsa dos artistas folk.

Em 1965, no auge da polêmica conversão à eletricidade, Bob Dylan respondeu quando perguntado sobre o seu papel: “Sou um cara que canta e dança”. Nada mais certo. Existem vários Dylan: o pai de família, o pregador católico, o guardião da música tradicional americana, mas nenhum supera o Bob Dylan dos anos 60. A imagem de iconoclasta, hipster, descolado, todo de preto, com óculos Ray Ban, chapado de maconha e anfetaminas, ainda persiste. E olha que ele se acidentou quase que mortalmente, converteu-se ao cristianismo, retornou ao judaísmo, casou-se, separou-se, pariu filhos e viu amigos partirem, mas continua “andando em ruas que estão mortas”.

Em quase 50 anos de carreira, Dylan tem mais de 450 composições originais, sendo que uma delas é o hino dos direitos civis (“Blowin The Wind”) e a outra é praticamente a Cidadão Kane do rock (“Like a Rolling Stone”). Com quatro discos de inéditas lançados nos anos 2000, um livro escrito (“Crônicas”), além do documentário feito por Martin Scorsese, o melhor documentarista de rock da história, e de um pretensioso longa feito por Todd Haynes, Bob Dylan continua na ativa, sempre em movimento, como uma pedra que rola.

E o que é melhor: sem viver do passado, sem turnês de despedida, sem sujar seu nome. Raros são os artistas que seguem a sua visão interior de forma tão radical na indústria da música. De todos, Robert Allen Zimmerman é o maior.

Texto | Gabriel Innocentini

2007 | DYLAN
(Deluxe Edition)


DISC 1

01. Song to Woody
02. Blowin' In the Wind
03. Masters of War
04. Don't Think Twice, It's All Right
05. A Hard Rain's A-Gonna Fall
06. The Times They Are A-Changin'
07. All I Really Want to Do
08. My Back Pages
09. It Ain't Me Babe
10. Subterranean Homesick Blues
11. Mr. Tambourine Man
12. Maggie's Farm
13. Like a Rolling Stone
14. It's All over Now, Baby Blue
15. Positively 4th Street
16. Rainy Day Women #12 & 35
17. Just Like a Woman
18. Most Likely You Go Your Way (And I'll Go Mine)
19. All Along the Watchtower

DISC 2

01. You Ain't Goin' Nowhere - Bob Dylan & The Band
02. Lay, Lady, Lay
03. If Not for You
04. I Shall Be Released
05. Knockin' On Heaven's Door
06. On a Night Like This
07. Forever Young
08. Tangled up in Blue
009. Simple Twist of Fate
10. Hurricane
11. Changing of the Guards
12. Gotta Serve Somebody
13. Precious Angel
14. The Groom's Still Waiting at the Altar
15. Jokerman
16. Dark Eyes

DISC 3

01. Blind Willie McTell
02. Brownsville Girl
03. Silvio
04. Ring Them Bells
05. Dignity
06. Everything Is Broken
07. Under the Red Sky
08. You're Gonna Quit Me
09. Blood In My Eyes
10. Not Dark Yet
11. Things Have Changed
12. Make You Feel My Love
13. High Water (For Charley Patton)
14. Po' Boy
15. Someday Baby
16. When the Deal Goes Down

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domingo, 28 de outubro de 2018

Caetano Veloso


“Um dia, Caetano chegou pra ficar”, assim dizia o título da reportagem assinada pelo crítico Sérgio Bittencourt, na edição do Globo de 25 de novembro de 1966. O texto anunciava a chegada ao Rio de Janeiro de um “compositor jovem, vindo da Bahia”, que acabara de conquistar o prêmio de melhor letra no II Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, com a música “Um dia”, interpretada pela cantora Maria Odete. Na ocasião, “o moço simples, de Santo Amaro da Purificação”, decretava, em tom profético:

— Começo a sentir os primeiros sintomas de uma nova virada. Ela está para acontecer, não tenham dúvidas. Eu quero estar na crista dessa virada, com todo o meu coração.

De fato, não demoraria muito para que Caetano Emanuel Viana Teles Veloso viesse a se tornar uma das referências da música popular brasileira. Versátil e universal, o baiano se converteu num dos mais influentes artistas de uma geração de ouro que despontou em fins dos anos 60, contando com os talentos de Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Edu Lobo, Maria Bethânia, Gal Costa, entre outros. Expoente do tropicalismo, ajudou a fundar e difundir o movimento de vanguarda no meio musical, abalando as estruturas da MPB.

O menino Caetano nasceu, em 7 de agosto de 1942, na pequena Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Era o quinto dos sete filhos do funcionário público José Teles Velloso, que apreciava música e poesia, e da festeira e musical Dona Canô. Da família, intensamente ligada às tradições folclóricas da região, como o samba de roda, Caetano herdou a vocação artística e musical.

Logo cedo, mostrou interesse em desenho, pintura, cinema e aprendeu a tocar violão. Enquanto acompanhava o trabalho de cantores de rádios e músicos da bossa nova, apaixonou-se pela canção “Chega de saudade” (1959), do disco homônimo de João Gilberto, que se tornou sua principal referência artística. Entre 1960 e 1962, estimulado pelo Cinema Novo, escreveu críticas de filmes para o “Diário de Notícias”, de Salvador. No ano seguinte, iniciou o curso superior em Filosofia, na Universidade Federal da Bahia, e realizou seu primeiro trabalho na música, compondo a trilha sonora para a peça “Boca de ouro”, de Nelson Rodrigues, dirigida por Álvaro Guimarães. Em 1964, participou de espetáculos quase amadores em Salvador, como o musical “Nós, por exemplo”, ao lado da irmã Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé e Gilberto Gil.

Seu primeiro trabalho profissional na música, com pegada bossa-novista, veio em 1965, com o compacto “Cavaleiro/Samba em paz”, lançado pela RCA, enquanto acompanhava Bethânia na turnê do espetáculo “Opinião”, no Rio de Janeiro, cidade que escolheria para viver. Foi Bethânia, aliás, que o lançara ao mercado como compositor, pouco antes, com a gravação em compacto de “É de manhã”. Ainda influenciado pela bossa nova, Caetano gravou seu primeiro LP, “Domingo”, em 1967, em parceria com Gal Costa, emplacando sua primeira canção de sucesso (“Coração vagabundo”), e obtendo reconhecimento da crítica.

Ainda em 1967, casou-se com Dedé Gadelha, em Salvador, e enlouqueceu o público do III Festival de Música Popular, da TV Record, ao apresentar “Alegria, alegria”. Na ocasião, a música cantada por Caetano, acompanhado de guitarras elétricas do grupo argentino “Beat Boys”, causou enorme frisson, terminando em quarto lugar na competição. Junto com “Domingo no Parque”, também executada ao som de guitarras por Gilberto Gil e Os Mutantes, e classificada em segundo lugar, a canção lançou a base do som tropicalista — influenciado pela Jovem Guarda e pelos Beatles —, dando início ao movimento de vanguarda que provocou efervescência na música popular brasileira.

No início de 1968, Caetano lançou seu primeiro LP solo (“Caetano Veloso”), que contou com sucessos como “Soy loco por tí, America” e “Superbacana”, além da própria “Alegria, alegria” e da canção-manifesto “Tropicália” (com o verso “eu organizo o movimento”). O principal marco do Tropicalismo, no entanto, foi o lançamento, no ano seguinte, do álbum “Tropicália” ou “Panis et circensis”, em que Caetano e Gil — ao lado de Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé, Capinam, Torquato Neto e Rogério Duprat —, apresentavam uma inusitada mistura de estilos e sonoridades musicais, de raízes brasileiras e estrangeiras, firmando as bases do movimento. Ainda em 1968, em meio ao endurecimento do regime militar, Caetano apresentou no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, a canção “É proibido proibir”, sendo vaiado e desclassificado na final paulista após realizar histórico discurso de improviso contra o público e o júri: “vocês não estão entendendo nada!”, gritou, na ocasião.

O estilo vanguardista e contestador de Caetano atraiu a atenção do regime militar, até que, em dezembro de 1968, ele foi preso, em São Paulo, junto com Gilberto Gil sob a acusação de terem desrespeitado a bandeira e o hino brasileiros durante uma apresentação. A delação, segundo revelou o compositor anos mais tarde, teria sido feita pelo locutor de rádio Randal Juliano, que noticiou o fato sem checar sua veracidade. Os dois foram levados para o Rio, tiveram as cabeças raspadas, sendo submetidos a interrogatório, e permaneceram detidos num quartel do Exército. Após quase dois meses, Caetano e Gil foram inocentados e autorizados a voltar para Salvador, devendo cumprir, no entanto, prisão domiciliar. Em julho de 1969, os militares decidiram que a situação dos dois só se resolveria com o exílio, e os autorizaram a realizar um show de despedida para arrecadação de fundos, partindo em seguida para Londres, na Inglaterra. ( ... )

Texto | Fabio Ponso
Leia mais em | Acervo O Globo

:: ANOS 70 ::

1971 | CAETANO VELOSO

01. A Little More Blue
02. London, London
03. Maria Bethânia
04. If You Hold a Stone
05. Shoot Me Dead
06. In the Hot Sun of a Christmas Day
07. Asa Branca


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1972 | TRANSA

01. You Don't Know Me
02. Nine Out of Ten
03. Triste Bahia
04. It's a Long Way
05. Mora na Filosofia
06. Neolithinc Man
07. Nostalgia


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1972 | BARRA 69 AO VIVO NA BAHIA
Caetano Veloso e Giberto Gil


01. Caetano Veloso | Cinema Olympia
02. Gilberto Gil | Frevo Rasgado
03. Caetano Veloso | Superbacana
04. Gilberto Gil | Madalena (Entra em Beco, Sai em Beco)
05. Caetano Veloso | Atrás do Trio Elétrico
06. Gilberto Gil | Domingo no Parque
07. Caetano e Gil | Medley: Alegria, Alegria | Hino Do Esporte Clube Bahia | Aquele Abraço

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1973 | ARAÇÁ AZUL

01. Viola, Meu Bem
02. De Conversa/Cravo e Canela
03. Tu Me Acostumbraste
04. Gilberto Misterioso
05. De Palavra Em Palavra
06. De Cara/Eu Quero Essa Mulher
07. Sugar Cane Fields Forever
08. Júlia/Moreno
09. Épico
10. Araçá Azul

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1975 | JÓIA

01. Minha Mulher
02. Guá
03. Pelos Olhos
04. Asa, Asa
05. Lua, Lua, Lua, Lua
06. Canto do Povo de Um Lugar
07. Pipoca Moderna
08. Jóia
09. Help
10. Gravidade
11. Tudo Tudo Tudo
12. Na Asa do Vento
13. Escapulário

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1975 | QUALQUER COISA

01. Qualquer Coisa
02. Da Maior Importância
03. Samba e Amor
04. Madrugada e Amor
05. A Tua Presença Morena
06. Drume Negrinha
07. Jorge de Capadócia
08. Eleanor Rigby
09. For No One
10. Lady Madonna
11. La Flor de La Canela
12. Nicinha

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1977 | MUITOS CARNAVAIS

01. Muitos Carnavais
02. Chuva, Suor e Cerveja
03. A Filha de Chiquita Bacana
04. Deus e o Diabo
05. Piaba
06. Hora da Razão
07. Atrás do Trio Elétrico
08. Um Frevo Novo
09. Cara a Cara
10. La Barca
11. Qual é, Baiana?
12. Guarde Seu Conselho

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1977 | BICHO

01. Odara
02. Two Naira Fifty Kobo
03. Gente
04. Olha o Menino
05. Um Ídio
06. A Grande Borboleta
07. Tigresa
08. O Leãozinho
09. Alguém Cantando

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1978 | MUITO
Dentro da Estrela Azulada


01. Terra
02. Tempo de Estio
03. Muito Romântico
04. Quem Cochicha o Rabo Espicha
05. Eu Sei Que Vou Te Amar
06. Muito
07. Sampa
08. Love Love Love
09. Cá Já
10. São João, Xangô Menino
11. Eu Te Amo

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1979 | CINEMA TRANSCENDENTAL

01. Lua de São Jorge
02. Oração ao Tempo
03. Beleza Pura
04. Menino do Rio
05. Vampiro
06. Elegia
07. Trilhos Urbanos
08. Louco por Você
09. Cajuína
10. Aracaju
11. Badauê
12. Os Meninos Dançam

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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Milton Nascimento (com Som Imaginário)


Quarto LP do grande cantor Milton Nascimento, gravado em 1970 com participação do grupo psicodélico Som Imaginário, com uma sonoridade muito mais visceral e experimental que seus 2 primeiros álbuns mais voltados ao samba jazz.

Nascida de um projeto para acompanhar o cantor Milton Nascimento no show “Milton Nascimento, ah, e o Som Imaginário”, a banda contou com a participação dos músicos Zé Rodrix (vocal, órgão, flautas e percussão), Wagner Tiso (piano e órgão), Tavito (violão e guitarra), Luiz Alves (baixo), Robertinho Silva (bateria) e Frederyko (guitarra) – atualmente conhecido como Fredera, além da participação especial do percussionista mundialmente conhecidoNaná Vasconcelos, que substituiu Laudir de Oliveira que foi tocar com a banda americana Chicago.

O disco começa com a clássica Para Lennon & McCartney, letra critica dos irmãos Borges (Lô e Márcio) com uma sonzera pesada com guitarra fuzz e pegada suingada.

Depois cai na calmaria folk de Amigo, amiga,cheia de efeitos de percurssão do Naná, passa pela latinidade em Maria 3 filhos (com levada torta) e Canto Latino e volta ao folk em Clube da Esquina (outra do Lô).

Durango Kid uma bela música de Toninho Horta com uma pegada soul do Som Imaginário é mais um ponto alto do play. Pai grande é a mais experimental, abusa de efeitos que remetem a África e Alunar é outra letra bela e surrealista do então garoto Lô Borges, o instrumental também é tão psicodélico quanto a letra.

O disco encerra com uma releitura de A Felicidade de Tom e Vinicius e nas 4 faixas bônus, alguns temas com levada de samba jazz que saíram em trilhas sonoras da época.

Texto retirado do blog | Woodstock Sound

1970 | MILTON

01. Para Lennon e McCartney
02. Amigo, Amiga
03. Maria Três Filhos
04. Clube da Esquina
05. Canto Latino
06. Durango Kid
07. Pai Grande
08. Alunar
09. A Felicidade
Faixas Bônus
10. Tema de Tostão
11. O Homem da Sucursal
12. Aqui é o País do Futebol
13. O Jogo

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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Robert Plant & Alison Krauss


Calculem o tamanho da ideia em juntar Robert Plant, ex-vocalista do Led Zeppelin, Alison Krauss, uma das grandes cantoras saídas de Nashville nos anos 1990 e ganhadora de inúmeros prêmios ao longo da carreira, e o lendário produtor T Bone Burnett. O disco Raising Sand saiu da união desse trio de talento acima da média em estúdio. E eles nem sabiam que um clássico do início século 21 estava para nascer dessa junção enorme de grandes nomes.

"Robert e eu fizemos isso para nos divertimos e ver o que aconteceria, mas, no começo, era muito assustador. porque nós dois estávamos fora de nossas zonas de conforto. Estávamos longe de nossos ambientes habituais, então tivemos que usar nossos sentimentos - isso fez o processo de gravação muito emocionante. Lembro-me de chamá-lo antes de começar a gravar e dizer: 'Estou preocupada', e ele disse: 'Isso é bom, porque também estou'. Ele é um grande cara", disse Krauss ao site do jornal 'Daily Mail', em 2011.

Apesar de conhecer os Estados Unidos desde o tempo das turnês malucas com o Zeppelin, Plant não conhecia a fundo alguns dos detalhes da música americana. Pode-se dizer que o blues ele conhecia bem, mas o country ainda era algo desconhecido. Grande cantora do estilo, Krauss o ajudou nesse processo, assim como T Bone Burnett. O vocalista não ficou muito atrás e levou muito de sua expertise em world music às gravações, gerando uma mistura muito agradável de estilos.

"Sem ele [T Bone Burnett], não teríamos ideia do que fazer. Quero dizer, eu estava olhando para um lado e ela estava olhando para outro, mas T Bone chegou com alguns ângulos musicais surpreendentes. E não só ele tinha isso, mas ele conhecia pessoas confiáveis para criar um som que vem de dentro", contou Plant ao site 'Nashville Scene', em 2008.

O trabalho foi lançado em 23 de outubro de 2007 e encantou público e crítica ao estrear na segunda posição na parada dos Estados Unidos. Para muitos, era a chance de conhecer o talento de Krauss; para outros, a chance de ver Plant como alguém além do vocalista de uma das melhores bandas de todos os tempos. O registro foi aclamado e considerado um dos bons trabalhos daquele ano – muitos o consideraram o melhor.

Texto retirado do blog | Music On The Run

2007 | RAISING SAND

01. Rich Woman
02. Killing the Blues
03. Sister Rosetta Goes Before
04. Polly Come Home
05. Gone Gone Gone (Done Moved on)
06. Through the Morning, Through the Night
07. Please Read the Letter
08. Trampled Rose
09. Fortune Teller
10. Stick with Me Baby
11. Nothin'
12. Let Your Loss Be Your Lesson
13. Your Long Journey

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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Jane's Addiction


O Jane’s Addiction começou a ser concebido ainda nos últimos dias do Psi-Com, a primeira banda de Perry Bernstein, mais conhecido como Perry Farrell. Nesta época, Perry já vinha fazendo jams com o baixista Eric Avery, com a intenção de integrá-lo ao Psi-Com, o que acabou não se concretizando. Mas Eric e Perry continuaram tocando juntos e, logo após a dissolução do Psi-Com, a irmã de Eric apresentou à dupla o baterista Stephen Perkins. Este trouxe consigo um amigo guitarrista, Dave Navarro, e assim surgiu o Jane’s, cujo nome foi uma homenagem a uma amiga de Perry. Corria o ano de 1986 na ensolarada Los Angeles.

Desde o início, a música do Jane’s Addiction caracterizou-se por ser extremamente enérgica e original. Ligeiramente falando, um hard-rock com toques de punk-rock, funk, folk, rap e o que mais aparecesse na cabeça do criativo líder, vocalista e letrista Perry Farrell. A banda logo foi arrebanhando fãs em suas apresentações pelos clubes californianos e atraindo o interesse dos selos musicais. Mas antes de assinar com algum dos grandes que se apresentavam, a banda lançou seu debut autointitulado pela Triple X Records. Jane’s Addiction, o disco, traz músicas gravadas diretamente dos shows da banda, mas com vários retoques de estúdio, para tornar a coisa mais apresentável. O setlist da banda, que virou o tracklist do disco, já tinha algum corpo; além das canções próprias, o álbum é complementado pelos covers Rock & Roll do Velvet Underground e Sympathy for the Devil do Rolling Stones.

Depois de assinar com a Warner Brothers, a banda iniciou os trabalhos para seu primeiro disco de estúdio. Já neste momento algumas rusgas começaram a aparecer entre os membros, motivados por questões de ordem financeira. Com algum esforço conciliador, a banda permaneceu unida e lançou o clássico Nothing’s Shocking em 1988. Apesar das críticas positivas que recebeu, o disco não foi exatamente um grande sucesso de vendas, em parte pela recusa de muitas lojas em tê-lo em suas prateleiras devido à sua polêmica capa. Nothing’s Shocking traz já um punhado de grandes canções, como a instrumental de abertura Up the Beach, Ocean Size, Had a Dad e Summertime Rolls. Dois outros destaques, Jane Says e Pigs in Zen, são regravações de músicas que já tinham aparecido no primeiro disco. E há ainda Mountain Song, cujo clipe foi vetado pela MTV por apresentar cenas de nudez. O clipe foi posteriormente lançado no documentário Soul Kiss.

Na gravação do terceiro disco, novamente problemas de ordem interna quase botaram tudo a perder. Mesmo aos trancos e barrancos, o resultado das gravações foi memorável: Ritual De Lo Habitual, lançado em 1990, consolidou o Jane’s Addiction como uma das bandas-mãe do cenário alternativo que começava a despontar.

Em 1991, com a situação da banda cada vez mais insustentável (Dave Navarro e Eric Avery praticamente já não falavam com Perry Farrell), nasceu o Lollapalooza, idealizado por Farrell para ser o canto do cisne do Jane’s Addiction. Ao lado de nomes como Nine Inch Nails, Living Colour, Siouxsie and the Banshees, Butthole Surfers, Rollins Band e Violent Femmes, o Jane’s fez do festival um sucesso estrondoso, que se estendeu por várias cidades, incluindo até Toronto e Ontário, no Canadá, e tornou-se um evento anual. Após o Lollapalooza e mais algumas apresentações na Austrália e no Havaí, a banda separou-se. Nesse ano, ainda foi lançada pela Warner uma coletânea chamada Live and Rare, que traz faixas ao vivo, demos e uma remixagem de Been Caught Steeling, um dos hits do Ritual De Lo Habitual.

O Jane’s finalizou suas atividades, mas o Lollapalooza continuou e foi um dos suportes para a explosão do rock alternativo na primeira metade da década de 90, liderado pelas bandas de Seattle. A edição de 1992, por exemplo, teve em seus palcos Red Hot Chili Peppers, Ministry, Soundgarden, Jesus and Mary Chain, Pearl Jam, Seaweed, Stone Temple Pilots, Rage Against the Machine e ainda o Porno For Pyros, banda que Perry Farrell montou com Stephen Perkins. Farrell e Perkins também trabalharam juntos, montando o Deconstruction. Em paralelo a essas novas empreitadas, o legado do Jane’s foi tornando-se mais e mais admirado, com a banda ganhando uma importância tal que não chegou a desfrutar nos anos em que esteve na ativa.

Passados alguns anos, as desavenças esfriaram-se e, em 1996, Dave Navarro topou participar do disco Good God’s Urge do Porno For Pyros. Navarro estava então tocando no Red Hot Chili Peppers e de lá trouxe consigo Flea, para também contribuir no novo disco da banda de Perry. Em 1997 aconteceu uma nova parceria entre o Porno For Pyros, Flea e Navarro, dessa vez na gravação de uma música para a trilha-sonora de Private Parts. O encontro acabou evoluindo para uma turnê de reunião do Jane’s Addiction, com Flea como baixista, uma vez que Eric Avery decidiu não participar. A I-Its M-My Party Tour foi muito bem sucedida e rendeu até uma nova coletânea, a ótima Kettle Whistle, que traz faixas ao vivo, demos e algumas canções inéditas. Apesar desta confirmação fatual do crédito e dos muitos fãs que a banda ainda possuía, a reunião ficou somente nos shows. Ao final da turnê de pouco mais de um mês, novamente cada membro seguiu seu caminho.

Mas o fim definitivo do Jane’s Addiction ainda está para ser escrito. Em 2001, os mesmos três membros originais que haviam reunido-se em 1997 juntaram-se novamente para a Jubilee Tour, que teve ainda apresentações de Dave Navarro, divulgando seu primeiro disco solo, Trust No One. Novamente Eric Avery preferiu ficar de fora, e, como Flea estava envolvido com o Red Hot Chili Peppers, Martyn LeNoble, baixista do Porno For Pyros, se juntou ao grupo.

Porém desta feita a história teve um prosseguimento diferente da de 1997: a banda empolgou-se com o sucesso de sua nova turnê e decidiu entrar em estúdio para gravar um novo disco. Com o baixista Chris Chaney substituindo LeNoble e a produção de Bob Ezrin, Strays foi lançado em 2003. O disco não foi aclamado como foram os trabalhos iniciais do Jane’s Addiction, o que não impediu a banda de partir para uma grande turnê de divulgação, incluindo aí participação na edição de 2003 do Lollapalooza, que voltava a ser realizado depois de ter tido sua última edição em 1997.

Mas não demorou para que alguns antigos problemas de relacionamento voltassem a assombrar a banda. Em 2004 o Jane’s novamente separou-se e cada membro segue outra vez seu caminho: Navarro, Perkins e Chaney formaram The Panic Channel, e Perry Farrell, o Satellite Party.

Em 2006 tivemos mais uma coletânea, mas dessa vez sem maiores atrativos: Up From the Catacombs - The Best of Jane’s Addiction traz uma compilação de faixas de Ritual De Lo Habitual, Nothing’s Shocking e Strays, além da clássica versão ao vivo de Jane Says que aparece no Kettle Whistle.

Como era de se esperar, passado tempo suficiente para curar as rusgas entre os membros do Jane’s, a banda voltou a juntar-se. Em abril de 2008, em uma apresentação organizada pela NME para premiar a banda pela sua carreira, o Jane’s tocou com seu line-up original — Perry Farrell, Dave Navarro, Stephen Perkins e Eric Avery — pela primeira vez desde 1991. Depois disso, a banda voltou a tocar em novembro, em Los Angeles.

Em fevereiro de 2009 tivemos novos shows do Jane’s Addiction em sua terra natal, e logo depois a banda entrou em estúdio para gravar algumas faixas, com o apoio de Trent Reznor na produção. O resultado foi um EP chamado NINJA 2009 Tour Sampler, que traz duas músicas do Jane’s, duas no Nine Inch Nails e duas do Street Sweeper, a banda atual de Tom Morello. O disquinho serviu como aperitivo para uma tour que o Jane’s fez com o NIN ao longo do ano de 2009. Também neste ano tivemos o lançamento de A Cabinet of Curiosities, box set de raridades e faixas ao vivo, e uma passagem pelo Brasil, onde a banda tocou no Maquinaria Festival, em novembro, junto com o Faith No More.

No início de 2010, Eric Avery deixa o grupo e Duff McKagan, ex-Guns ‘n’ Roses, assume o baixo, ao mesmo tempo que a banda inicia os trabalhos para a gravação de um novo disco. Duff não fica muito tempo e para o seu lugar é convocado Dave Sitek, do TV on the Radio. The Great Escape Artist é lançado em 17 de outubro de 2011, e para os próximos shows, Chris Chaney volta a assumir o baixo, uma vez que Dave Sitek não irá participar das apresentações da banda.

Biografia retirada de | Dying Days

1985 | PSI COM

Membros:
Perry Farrell
Aaron Sherer
Vince Duran
Kelly Wheeler
Eric Avery

Faixas:
01. Ho Ka Hey
02. Human Condition
03. Xiola
04. City of 9 Gates
05. Winds

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1987 | JANE'S ADDICTION

01. Trip Away
02. Whores
03. Pigs in Zen
04. 1%
05. I Would for You
06. My Time
07. Jane Says
08. Rock & Roll
09. Sympathy
10. Chip Away

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1988 | NOTHING'S SHOCKING

01. Up the Beach
02. Ocean Size
03. Had a Dad
04. Ted, Just Admit It
05. Standing in the Shower...Thinking
06. Summertime Rolls
07. Mountain Song
08. Idiots Rule
09. Jane Says
10. Thank You Boys
11. Pigs in Zen

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1990 | RITUAL DE LO HABITUAL

01. Stop
02. No One's Leaving
03. Ain't No Right
04. Obvious
05. Been Caught Stealing
06. Three Days
07. Then She Did
08. Of Course
09. Classic Girl

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1991 | LIVE AND RARE

01. Been Caught Stealing (Remix)
02. Had A Dad (Demo)
03. L.A. Medley (Live): L.A. Woman/Nausea/Lexicon Devil
04. Had A Dad (Live)
05. Three Days (Part 1)
06. Three Days (Part 2)
07. I Would For You (Demo)
08. Jane Says (Demo)
09. No One's Leaving (Live)
10. Ain't No Right

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1994 | ADDICTED (Box Set Live)

DISCO 1
01.Up The Beaches
02. Up The Beach
03. Whores
04. 1%
05. No One’s Leaving
06. Ain’t No Right
07. Had A Dad (Then She Did…)
08. Been Caught Stealing (Had A Dad)
09. Three Days (Been Caught Stealing)
10. Mountain Song
11. Stop!
12. Summertime Rolls
13. My Time
14. Whores
15. Pigs In Zen
16. Ain’t No Right
17. I Would For You
18. Idiots Rule

DISCO 2
01 .Trip Away
02. Mountain Song
03. Up The Beach
04. Mountain Song
05. 1%
06. Idiots Rule
07. Ain’t No Right
08. Ted, Just Admit It…
09. Had A Dad
10. Chip Away
11. Been Caught Stealing (remix)
12. Had A Dad (demo)
13. L.A. Medley
14. Had A Dad
15. I Wold For You (demo)
16. Jane Says (demo)
17. No One’s Leaving
18. Ain’t No Right
19. Classic Girl

DISCO 3
01. Kettle Whistle
02. Obvious
03. Bobhaus
04. Chip Away
05. Ocean Size
06. Idiots Rule (Slow Divers)
07. Summertime Rolls (Idiots Rule)
08. Mountain Song (Summertime Rolls)
09. Slow Diver (Mountain Song)
10. My Cat’s Name is Maceo
11. Idiots Rule
12. Classic Girl
13. Up The Beach
14. Suffer Some
15. Thank You Boys
16. Summertime Rolls
17. City
18. Ocean Size

DISCO 4
01. Stop!
02. Standing In The Shower… Thinking
03. Ain’t No Right
04. Three Days
05. Up The Beach
06. Whores
07. Standing In The Shower… Thinking
08. Ain’t No Right
09. Three Days
10. Been Caught Stealing
11. Obvious
12. Trip Away
13. Mountain Song

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1997 | KETTLE WHISTLE

01. Kettle Whistle
02. Ocean Size
03. My Cat's Name is Maceo
04. Had a Dad
05. So What
06. Jane Says
07. Mountain Song
08. Slow Drivers
09. Three Days
10. Ain't No Right
11. Up the Beach
12. Stop
13. Been Caught Stealing
14. Whores
15. City Song

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2003 | STRAYS

01. True Nature
02. Strays
03. Just Because
04. Price I Pay
05. The Riches
06. Superhero
07. Wrong Girl
08. Everybody's Friend
09. Suffer Some
10. Hypersonic
11. To Match the Sum

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2006 | UP FROM THE CATACOMBS
The Best of Jane's Addiction

01. Stop
02. Ocean Size
03. Whores
04. Ted, Just Admit It
05. Ain't No Right
06. Had a Dad
07. Superhero
08. Been Caught Stealing
09. Just Because
10. Three Days
11. I Would For You
12. Classic Girl
13. Summertime Rolls
14. Mountain Song
15. Pigs in Zen
16. Jane Says (live)

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2009 | A CABINET OF CURIOSITIES (BOX SET)

DISCO 1
01. Jane Says (Radio Tokyo Demo)
02. Pigs In Zen (Radio Tokyo Demo)
03. Mountain Song (Radio Tokyo Demo)
04. Had A Dad (Radio Tokyo Demo)
05. I Would For You (Radio Tokyo Demo)
06. Idiots Rule (Demo)
07. Classic Girl (Demo)
08. Up The Beach (Demo)
09. Suffer Home (Demo)
10. Thank You Boys (Demo)
11. Summertime Rolls (Demo)
12. City (Demo)
13. Ocean Size (Demo)
14. Stop! (Demo)
15. Standing In The Shower…Thinking (Demo)
16. Ain’t No Right (Demo)
17. Three Days (Demo)

DISCO 2
01. Ted, Just Admit It… (Demo)
02. Maceo (Demo)
03. No One’s Leaving (Demo)
04. My Time (Rehearsal)
05. Been Caught Stealing (12” Remix Version)
06. Ripple
07. Don’t Call Me Nigger, White (With Ice-T & Ernie-C)
08. L.A Medley: L.A Woman/Nausea/Lexicon Devil (Live 1989)
09. Kettle Whistle (Live 1987)
10. Whole Lotta Love (Live 1987)
11. 1970 (Live 1987)
12. Bobhaus (Live 1989)

DISCO 3
01. Drum Intro (Live)
02. Up The Beach (Live)
03. Whores (Live)
04. 1% (Live)
05. No One’s Leaving (Live)
06. Ain’t No Right (Live)
07. Then She Did… (Live)
08. Had A Dad (Live)
09. Been Caught Stealing (Live)
10. Three Days (Live)
11. Mountain Song (Live)
12. Stop! (Live)
13. Summertime Rolls (Live)
14. Ocean Size (Live)

DISCO 4: DVD
Documentário Soul Kiss: The Fan's Video
01. Mountain Song
02. City

Videoclips
01. Had A Dad
02. Ocean Size
03. Stop!
04. Been Caught Stealing
05. Classic Girl
06. Ain’t No Right

Live At The City Square, Milan, Italy, For MTV Italy (10/11/1990)
01. Whores
02. Then She Did…
03. Three Days

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2011 | THE GREAT ESCAPE ARTIST

01. Underground
02. End to the Lies
03. Curiosity Kills
04. Irresistible Force (Met the Immovable Object)
05. I'll Hit You Back
06. Twisted Tales
07. Ultimate Reason
08. Splash a Little Water on It
09. Broken People
10. Words Right Out of My Mouth

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2013 | LIVE IN NYC

01. Whores
02. Ain't No Right
03. Just Because
04. Ted, Just Admit It...
05. Been Caught Stealing
06. Irresistible Force (Met the Immovable Object)
07. Up the Beach
08. Ocean Size
09. Three Days
10. Mountain Song
11. Stop!
12. Jane Says

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BOOTLEGS


1987 | CATTLE CLUB, SACRAMENTO | DOWNLOAD
1987 | LIVE & PROFANE | DOWNLOAD
1989 | LIVE BOOTLEG | DOWNLOAD
1990 | LIVE & INSANE - L.A. PALADIUM | DOWNLOAD
1991 | DOWN IN FLAME | DOWNLOAD
1991 | LIVE AT KING COUNTY FAIRGROUNDS | DOWNLOAD
1998 | CAT CLUB NYC | DOWNLOAD
2003 | DAT MASTER | DOWNLOAD

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Almost Famous | Quase Famosos

Direção | Cameron Crowe
Produção | Cameron Crowe | Ian Bryce
Roteiro | Cameron Crowe
Estados Unidos | 2000

Elenco
Billy Crudup | Frances McDormand
Kate Hudson | Jason Lee | Philip Seymour Hoffman

Música | Nancy Wilson

Dirigido por Cameron Crowe, o longa se passa em 1973 e conta a história do jovem Willie (Patrick Fugit), de 15 anos. O garoto, que vem de uma educação superprotetora da mãe Elaine (Frances McDormand), é um apaixonado pelo rock and roll, influenciado por sua irmã mais velha, Anita (Zooey Deschanel).

Willie escreve para pequenas revistas de Los Angeles até conhecer o crítico musical Lester Bangs (Phillip Seymour Hoffman), que passa a lhe dar dicas preciosas, além da oportunidade de escrever para uma revista de maior porte, a Cream. Ao tentar acompanhar uma apresentação do Black Sabbat, Willian é barrado na entrada, porém, com o auxílio da banda emergente Stillwater, consegue entrar no show. Por lá, faz amizades com os integrantes da banda e com a jovem Penny Lane ( Kate Hudson), que o leva a conhecer os bastidores das turnês do rock.

Já inserido no meio dos rockeiros, o garoto recebe um convite da revista Rolling Stone para escrever algum artigo. O jovem propõe a elaboração de uma matéria sobre o Stillwater, que em seu entendimento, é uma grande promessa do rock. A revista aceita, e o garoto, contra a vontade da mãe, sai para acompanhar a turnê dos roqueiros pelo país.

A aventura do garoto é cheia de aprendizados, em que ele vivencia todos os elementos do mundo do rock: guerra de egos, problemas com drogas, o fanatismo das groupies, a conturbada relação dos músicos com produtores e imprensa. Além disso, ele vive uma incessante dúvida : ser leal aos seus amigos do Stilwatter ou relatar com fidelidade tudo o que acompanha, inclusive as coisas negativas? Para complicar ainda mais, o rapaz se vê envolvido emocionalmente com Penny Lane, que tem uma relaçao com o guitarrista da banda, Russel Ramond (Billy Crudup).

Com todo esse cenário e questões, o filme é obrigatório a qualquer fã de rock’and roll. Possui uma trilha sonora para agradar qualquer roqueiro: Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Yes, entre outros. Tem uma visão nostálgica e apaixonante de uma época em que nós, fãs do rock, com certeza iríamos querer ser ou integrante de uma banda ou jornalista, para estar, no mínimo, próximo aos ídolos desse fascinante período. Além disso, possui uma crítica bastante perspicaz, ao deixar claro como apenas uma linha tênue pode separar a fama do anonimato.

2000 | ALMOST FAMOUS
(Quase Famosos)
Music From The Motion Picture


THE COMPLETE SOUNDTRACK
(In Alphabetic Order)


01. Black Sabbath | Paranoid
02. Black Sabbath | Sweet Leaf
03. Blodwyn Pig | Dear Jill
04. Brenton Wood | Oogum Boogum Song
05. Buddy Holly | Peggy Sue
06. Cat Stevens | The Wind
07. Chicago | Colour My World
08. Clarence Carter | Slip Away
09. David Bowie | I'm Waiting For The Man
10. Deep Purple | Burn
11. Dr. Hook | Cover Of The Rolling Stones
12. Elton John | Mona Lisa's And Mad Hatters
13. Elton John | Tiny Dancer
14. Fleetwood Mac | Future Games
15. Free | Wishing Well
16. Iggy Pop & The Stooges | Search And Destroy
17. Jethro Tull | Teacher
18. Jimi Hendrix | Voodoo Child (Slight Return)
19. Joni Mitchel | River
20. Led Zeppelin | Bron|Yr|Aur
21. Led Zeppelin | Misty Mountain Hop
22. Led Zeppelin | Tangerine
23. Led Zeppelin | That's the Way
24. Led Zeppelin | The Rain Song
25. Little Feat | Easy To Slip
26. Lynyrd Skynyrd | Simple Man
27. MC5 | Looking At You
28. Nancy Wilson | Cabin In The Air
29. Nancy Wilson | Lucky Trumble
30. Neil Young & Crazy Horse | Cortez The Killer
31. Neil Young & Crazy Horse | Everybody Knows This Is Nowhere
32. Pete Droge | Small Time Blues
33. Rod Stewart | Every Picture Tells A Story
34. Simon & Garfunkel | America
35. Steely Dan | Reeling in the Years
36. Stevie Wonder | My Cherie Amour
37. Stillwater | Chance Upon You
38. Stillwater | Fever Dog
39. Stillwater | Hour of Need
40. Stillwater | Love Comes and Goes
41. Stillwater | Love Thing
42. Stillwater | You Had To Be There
43. The Allman Brothers Band | One Way Out
44. The Beach Boys | Feel Flows
45. The Chipmunks | The Chipmunk Song
46. The Guess Who | Albert Flasher
47. The Raspberries | Go All The Way
48. The Seeds | Mr. Farmer
49. The Who | Sparks
50. Thunderclap Newman | Something In The Air
51. Todd Rundgren | It Wouldn't Have Made Any Difference
52. Yes | Roundabout
53. Yes | Your Move (Single Version)

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terça-feira, 16 de outubro de 2018

The Walkabouts


Durante estes onze anos, os Walkabouts têm desenvolvido uma folk music profundamente humana, muito além de toda a superficialidade americana: música para e sobre as pessoas. Música que mescla a vida, o poder dos cantores de gospel e folk, os antigos compositores americanos e o punk britânico.

Quando Chris Eckman e Carla Torgerson se encontram pela primeira vez, em 1983, Eckman toca canções dos Buzzcocks, com a sua guitarra eléctrica, enquanto Torgerson, toca guitarra acústica, dominado pela folk. Ao longo da história da banda, este contraste sempre caracterizou os Walkabouts, embora o alcance da expressão musical tenha crescido. Os Walkabouts estão agora longe de serem os designados folkrockers dos primeiros tempos.

Após dois álbuns gravados para a Virgin Records, Devil's Road e Nighttown, ambas as partes não atingem um acordo satisfatório, no que respeita ao futuro da banda e quebram o contrato. Sem animosidades, sem arrependimentos, mas também sem evolução, o passo seguinte é óbvio, quer por motivos emocionais, quer racionais, ou seja, encontrar uma nova editora. O convite para efectuarem múltiplos álbuns, bem como projectos paralelos vem da Glitterhouse Records, com quem continuam a trabalhar.

See Beautiful Rattlesnake Gardens, o álbum de estreia da banda, foi recebido entusiasticamente pela imprensa, apesar de algumas insuficiências sonoras. A banda, porém, não parecia ajustar-se ao panorama musical que dominava Seattle, uma vez que o punk de garagem, o metal e o provincialismo americano acabavam de gerar um bastardo chamado grunge, que escolhe para representante a editora Sub Pop, a mesma dos Walkabouts. A Sub Pop passa a ser uma espécie de editora oficial do grunge, negligenciando os Walkabouts, e caracterizando-os, algo desdenhosamente, como "uma banda não grunge".

Entre 1989 e 1991, os Walkabouts (Chris Eckman e Carla Torgerson, acompanhados de Grant Eckman na bateria, Michael Wells no baixo e Glenn Slater nas teclas), lançam Cataract e Scavenger, bem como o EP Rag And Bone (actualmente disponíves num único CD).

Antes de deixaram a Sub Pop, em 1992, partem em tourné com temas como Camper Van Beethoven e Verlaines, e a Sub Pop Europe aproveita ainda para lançar New West Motel (1993), Satisfied Mind (1993), Setting The Woods On Fire (1994), To Hell And Back (1994), e a compilação Death Valley Days - Lost Songs And Rarities, 1985 – 1995, que posiciona os Walkabouts no topo do mercado independente europeu.

New West Motel aparece com sonoridades na esteira de Neil Young e Satisfied Mind revela um novo lado dos Walkabouts: versões algo desconhecidas, executadas, principalmente, com instrumentos acústicos, e interpretadas em conjunto com numerosos amigos.

Setting The Woods On Fire denota as habilidades da banda para novas realizações no género da música pop: baladas tristes e escuras revezam-se com canções intrusas, e prescrevem o desenvolvimento da indie-folk na pop urbana.

À medida que se envolvem no panorama internacional, as suas canções transformam-se em autênticos hinos urbanos de crepúsculo. A sensação melancólica da realidade conduz a banda a uma consistência profunda.

Devil's Road e Nighttown tocam as pessoas pelas suas características de música de câmara, bem como pela sua engenhosa organização dos instrumentos de cordas. A cooperação com a Warsaw Philharmonics, em Devil's Road, provoca grande agitação e as actuações ao vivo atingem momentos triunfais.

Nighttown refina esta nova tendência da música dos Walkabouts, alimentando já o nascimento de Trail Of Stars, numa espécie de perseguição fascinante pelo desenvolvimento recursivo, o que deixa as canções respirarem de um modo mais profundo. Em cada nota, este álbum eleva as habilidades expressivas da banda e controla, disciplinadamente, a música no seu melhor.

Tudo é um pouco melhor, um pouco mais surpreendente. A bateria de Terri Moeller é acentuada por ritmos jazzísticos e fragmentos electrónicos harmoniosos. Fred Chalenor abandona as suas habilidades rítmicas e, apoiando-se em experiências passadas com John Zorn e outros, recria interpretações tangíveis a um máximo sensível. Phil Brown regista e co-produz o álbum. O seu talento morno e os seus arranjos explicam o segredo de cada nota: é um reflexo evidente do seu trabalho com os Talk Talk, (nos últimos dois álbuns, Spirit Of Eden e Laughing Stock), com Mark Hollis e Kristin Hersh, entre outros.

Os Walkabouts acabam de ver lançada, no mercado português, uma edição limitada do álbum Train Leaves at Eight, com versões de Jacques Brel, José Mário Branco, dEUS, Neu!, François Breut, Ivano Fossati, entre outros, numa interessantretirado do blog e homenagem à música europeia.

Texto | Nardo Barrini

2011 | DEVIL'S ROAD

01. The Light Will Stay On
02. Rebecca Wild
03. The Stopping Off Place
04. Cold Eyes
05. Christmas Valley
06. Blue Head Flame
07. When Fortune Smiles
08. All For This
09. Fairground Blues
10. The Leaving Kind
11. Forgiveness Song

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sábado, 13 de outubro de 2018

Peter Tosh


Peter Tosh é uma figura icônica que vai além da música: além de gravar alguns dos discos mais importantes de reggae, era incontrolável. Era mais ou menos isso que Chris Blackwell, empresário da Island Records que alçou a carreira solo de Bob Marley, achava de Tosh quando recusou-se a gravar um disco solo do ex-membro do The Wailers. Tosh ficou puto, rompeu com o Wailers e entrou em discussão diversas vezes com seu parceiro Bob.

Então, Peter conseguiu um contrato com a CBS e gravou Legalize It em 1976, quase um disco-manifesto que refletia sua indignação com os rumos da Jamaica nas mãos dos republicanos, ao mesmo tempo em que mostrava sua postura decidida em relação à marijuana. A própria faixa-título, que viria a se tornar sua música mais conhecida, é um hino regueiro geralmente entoado por junkies que adoram procurar motivos para enaltecer o uso da maconha.

Peter Tosh já apanhou da polícia, sofreu com a repressão do governo jamaicano, foi rejeitado. E também ajudou a construir a discografia básica do reggae junto a Bob Marley e Bunny Wailer em discos como Burnin’ e Catch a Fire. Mas o disco mais maduro e talvez mais beligerante de todo o universo reggae veio em 1977, com o lançamento de Equal Rights.

‘Se quiser viver/É melhor me tratar bem‘, avisa Peter Tosh em “Stepping Razor” (escrita por Joe Higgs), que diz passar como uma navalha por cima daqueles que duvidam de sua crueldade. Ele poderia estar atuando, mas a canção soa como uma versão sincera de sua visão de mundo. Entre as inúmeras características que poderiam denominá-lo de revolucionário, a principal delas é que ele era muito combativo. E a música era a sua principal arma.

Equal Rights também é um disco muito idiossincrático. O maior exemplo disso é a canção “I Am That I Am”, um rocksteady mais íntimo levado pelo teclado quase melancólico de Earl Lindo e backing vocals de Bunny Wailer. Na canção, ele diz que não veio ao mundo para surpreender alguém e nem espera o mesmo de qualquer outro.

Neste disco, Tosh também fez questão de cravar a sua versão para “Get Up, Stand Up” – que ganha uma intensidade maior tratando-se de Peter Tosh, já que ele era bem mais agitador que Bob. Esta canção abre o disco com um solo rhytm’n blues cativante de Al Anderson. O vocal não é tão marcante quanto a versão de Bob Marley, mas esta canção tem uma relação empírica incontestável com a biografia do cantor que nunca ‘desistiu da luta‘.

De todas as músicas do disco, as duas em que mais percebemos sua maturidade como compositor são “Downpressor Man” e “Apartheid”. A primeira tem uma bela profusão instrumental e soa quase como uma ironia do destino quando se relaciona com sua morte, em 1987. A canção fala da impossibilidade de se esconder de seus atos; Tosh nunca fez isso, mas foi assassinado em sua casa por bandidos com quem mantinha contato. Não quis se esconder, nem fugir. Tiraram-lhe a vida, mas a honra ficou intacta.

Já “Apartheid” soa como um prelúdio para Bob Marley gravar o disco Survival dois anos depois. A canção fala de resistência, mas sempre evocando o ouvinte a não ficar passivo. Todas as músicas de Peter Tosh causam alguma reação no ouvinte, e “Apartheid” é um de seus melhores exemplos. “Você conquistou suas forças/Através de poderes coloniais/Pegando meus diamantes/Abastecendo mísseis balísticos”.

Texto | Tiago Ferreira

1977 | EQUAL RIGHTS

01. Get Up, Stand Up
02. Downpressor Man
03. I Am That I Am
04. Stepping Razor
05. Equal Rights
06. African
07. Jah Guide
08. Apartheid


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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Chicago Transit Authority


Quando o nome da banda Chicago é citado a maior parte das pessoas se recorda apenas dos sucessos melosos que marcaram a carreira da banda a partir da segunda metade da década de 70 especialmente a enjoadíssima (embora muito bem estruturada) balada "If You Leave Me Now" do disco Chicago X de 1976.

O que poucos sabem é que a banda que havia começado em 1967 como o nome de The Big Thing era uma das bandas mais inovadoras do rock na transição dos anos 60 para os anos 70. A banda promovia uma mistura de altíssima octanagem de Rock, música clássica e Jazz e certamente estão entre os grupos chaves para se compreender melhor o estilo conhecido como Jazz Rock.

Em 1968 já com sua formação mais clássica fechada com Robert Lamm (teclados e voz), Peter Cetera (baixo voz), Danny Seraphine (Bateria), Terry Kath (guitarra e voz), Lee Loughnane (trompete e voz), James Pankow (Trompete) Walter Parazaider (instrumentos de sopros em geral e voz); e sob a tutela do produtor James William Guercio (que também produziu o histórico segundo álbum do Blood, Sweat & Tears) a banda passou a se chamar para Chicago Transit Authority. Porém, ao ser informado dessa situação a companhia de trânsito da referida cidade ameaçou processar o grupo que teve reduzir seu nome para Chicago.

No fim do ano o grupo assinou contrato com a Columbia Records e em janeiro de 1969 se iniciaram as gravações do debut do grupo o hoje clássico "Chicago Transit Authority".

Ao fim das gravações ficou claro que o trabalho deveria ser lançado como um LP duplo, o que era uma ousadia para um grupo estreante segundo os diretores da gravadora que só concordaram com a ideia após a banda desistir de parte dos Royalties ganhos com a venda de discos.

O disco abre com "Introduction", um frenético tema de jazz trazendo a seção de metais em primeiro plano que vem assinado por um curto porém marcante solo de guitarra por cortesia de Mr Kath.

Quebrando o clima da faixa anterior, o disco prossegue com uma das mais belas baladas já feitas por uma banda de Rock "Does Anybody Really Knows What Time It Is?", que se inicia com uma bela paisagem voz e piano, ganhando contorno definitivo com uma "suculenta" seção de metais.

"Beginnings" é daquelas faixas que cativam logo de cara com sua bela introdução ao violão, harmonias luminosas e sopros/metais em estado de levitação. A variedade de vozes solistas dessa formação do Chicago era um elemento que se destacava nas músicas do grupo, principalmente o contraste entre a vozes de tenor Peter Cetera e a um pouco mais grave de Robert Lamm ou a de barítono de Terry Kath.

A contagiante "Questions 67 And 68", com o seu marcante refrão, traz novamente os instrumentos de sopros em destaque, enquanto Kath toma de assalto os rock "Listen" e "Poem 58" com uma performance no mínimo soberba.

"Free Form Guitar" traz apenas Kath explorando a distorção e o feedback para o guitarra em um momento totalmente experimental. Segundo consta encarte do disco essa faixa foi concebida sem a utilização de pedais de efeito e gravada em apenas um único take com a guitarra plugada diretamente no amplificador. É interessante abrir aqui um parênteses para mencionar o fato de que Terry é considerado um dos mais versáteis guitarristas de sua geração, especialmente nas apresentações ao vivo do grupo.

A banda explora uma sonoridade mais pesada no hard rock rasgado de "South California Purples", um dos destaques do disco. Mas o álbum chega ao se clímax é com a releitura incendiária de "I'm A Man" do Spencer Davis Group, com direito a uma incansável quebradeira de percussão.

"Prologue" e "Someday" foram gravadas ao vivo em 29 de agosto de 1968 durante a convenção do partido democrata na cidade natal da banda e demonstrava o interesse da banda por questões políticas. O disco se encerra com "Liberation" uma deliciosa jam onde Kath reina absoluto com um magnânimo solo de guitarra.

O disco alcançou relativo sucesso em seu lançamento atingindo a 17ª e a 9ª posição nas paradas de sucesso americana e britânica respectivamente. Visto como uma obra cuja força se concentrava no conjunto de canções o disco demorou a produzir singles de sucesso e "Does Anybody Really Knows What Time It Is?" (7ª posição) e "Beginnings"/"Question 67 And 68" (7ª e 21ª posições)só foram editadas no formato de single em 197 0e 1971 respectivamente.

Um dos mais impressionantes trabalhos de estreia na história do Rock "Chicago Transit Authority" é presença obrigatória em uma boa discoteca básica.

Texto | Tiago Ferreira

1969 | CHICAGO TRANSITY AUTHORITY

01. Introduction
02. Does Anybody Knows Really What Time It Is?
03. Beginnings
04. Question 67 And 68
05. Listen
06. Poem 58
07. Free Form Guitar
08. South California Purples
09. I'm A Man
10. Prologue (29 August,1968)
11. Someday (29 August,1968)
12. Liberation

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domingo, 7 de outubro de 2018

Peter Frampton


Fingerprints , lançado em 2006, éo 13º álbum de estúdio de Peter Frampton e seu primeiro álbum instrumental, e conta com participações de amigos e conhecidos musicais.

Ganhou um Grammy em 2007 pelo Melhor Álbum Instrumental Pop

2006 | FINGERPRINTS

01. Boot It Up
02. Ida y Vuelta (Out and Back)
03. Black Hole Sun
04. Float
05. My Cup of Tea
06. Shewango Way
07. Blooze
08. Cornerstones
09. Grab a Chicken
10. Double Nickels
11. Smoky
12. Blowin’ Smoke
13. Oh When…
14. Souvenirs de Nos Peres (Memories of Our Fathers)

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Rebel Son


Rebel Son é uma banda norte-americana de rockabilly/country rock , fundada em Raleigh, Carolina do Norte. É formada por Tom Warwick (Bateria), Lee Johnson (Vocal e Guitarra) e Dave Schneider (Baixo).

O trio toca o verdadeiro "Rockabilly Redneck", com letras que falam do cotidiano sulista, bebidas e coisas ilegais, só vividas por aqueles que vivem lá no Sul dos Estados Unidos. Um som desbocado e caipira, que simplesmente não dá a mínima para o que você está achando de suas canções.

A Rebel Son passeia por influências que vão desde Waylon Jennings, David Allan Coe, Brian Setzer, Johnny Cash ao Led Zeppelin.

A banda vem lançando um álbum por ano, todos pelo selo da mesma gravadora, a Hot Rod Hell Records. O álbum de estreia da banda é o Articles Of Confederation, gravado em 28 de abril de 2004. O segundo álbum Choke On Smoke veio em 7 de maio de 2005, seguido por Unreconstructed que foi lançado no dia 3 de maio de 2006. Um ano depois, é gravado Declaration Of Disaffection, em 3 de maio de 2007. Em 2008, é gravado All My Demons, o quinto álbum de estúdio, que foi lançado em 9 de maio do mesmo ano. O sexto álbum de estúdio chama-se Bitch, gravado no dia 28 de abril de 2009. Já em 2010, Outhouse Of Representatives é o sétimo álbum de estúdio da banda, gravado no dia 18 de maio de 2010. O último álbum gravado é o Guitar Man, lançado no dia 24 de maio de 2011.

2004 | ARTICLES OF CONFEDERATION

01. 1-2-3
02. This Old Train
03. One Way Or Another
04. Long, Tall Bottle
05. Move Down The Line
05. Move Down The Line
07. I'll Get You Back
08. Tell Me A Little Lie
09. You Can't Wash The Red Out Of My Redneck
10. Dog Named Dammit
11. Drunk As A Skunk
12. Sittin' Up Drinkin' With Robert E. Lee
13. What Part Don't You Understand

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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Marcos Valle


MARCOS VALLE | UM MÚSICO A FRENTE DO TEMPO

“A obra dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle não se resume a “Samba de Verão” e tampouco a “Viola Enluarada”. Ela vai além, muito além. O primeiro álbum dos irmão Valle, que data de 1963 e os quatro seguintes, possuem um caráter totalmente Bossa Nova. Mas é a partir de 1969, com o álbum “Mustangue Cor de Sangue”, que isso passa a tomar outro rumo.

Algumas faixas de “Mustang…” mostram o caminho que os irmãos seguiriam dali em diante.

No álbum seguinte eles caem de cabeça na cultura black. Funk, soul, samba, rock, psicodelia, jazz, tropicalismo e mais um milhão de elementos formam a vitamina musical gerada por ambos.”

1969 | MUSTANG COR DE SANGUE
Primeiro disco dessa fase mais “moderna” dele. Ai começaram as misturas do samba com soul, psicodelia e tropicalismo.

No baixo o grande Novelli , o lendário Vitor Manga (da Brazuca de Antônio Adolfo) na bateria e participação de Milton Nascimento nos vocais da última faixa.

Letras totalmente atuais, como a faixa titulo que critica o consumismo da sociedade.

01. Mustang Cor de Sangue
02. Samba de Verão 2
03. Catarina e o Vento
04. Frevo Novo
05. Azimuth
06. Dia de Vitória
07. Os Dentes Brancos do Mundo
08. Mentira Carioca
09. Das Três às Seis
10. Tigre da Esso que Sucesso
11. O Evangelho Segundo San Quentin
12. Diálogo
Faixas bônus:
13. Azymuth (Versão Alternativa)
14. Tigre da Esso que Sucesso (Instrumental)
15. Freio Aerodinâmico (Azymuth nº 2)
16. Beijo Sideral (Compacto)

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1970 | MARCOS VALLE (com Som Imaginário)
Nesse disco ele já vai mais além nas influências soul e funk, com ajuda do Som Imaginário que traz arranjos muito modernos pra epoca e temas também modernos como o sexo.

Participação dos Golden Boys nos vocais da faixa Esperando o Messias, onde também se destaca a Ocarina (flauta indígena) tocada pelo saudoso Zé Rodrix.

Destaque pra versão lisérgica de Grilos com direito a guitarra fuzz e pra suite Imaginária uma música bela e louca com total cara do Som Imaginário e vocais belos de Angela Valle (irmã dele), uma bossa nova progressiva.

01. Quarentão Simpático
02. Ele e Ela
03. Dez Leis (Is That Law)
04. Pigmalião
05. Que eu Canse e Descanse
06. Esperando o Messias
07. Freio Aerodinâmico
08. Os Grilos
09. Suíte Imaginária: Canção – Corrente – Toada – Dança
Faixas bônus
10. Esperando o Messias (Instrumental)
11. Freio Aerodinâmico (Instrumental)
12. Berenice (Compacto)

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1971 | GARRA
Disco com mais pegada Funk ainda, mas sem deixar de lado o samba claro.

Destaques pra Com mais de 30 (Titãs se inspirou nisso pra fazer 32 dentes), 26 anos de Vida Normal que foi gravada também pelo Tremendão e tem uma letra muito boa sobre comodismo e Black is Beautiful que ficou famosa na voz da Elis Regina.

A banda que toca no disco contava com feras como Robertinho Silva na bateria, Capacete que tocou com Tim Maia no baixo, Geraldo Vespar na guitarra e mais o grande pianista Dom Salvador.

01. Jesus Meu Rei
02. Com Mais de 30
03. Garra
04. Black is Beautiful
05. Ao Amigo Tom
06. Paz e Futebol
07. Que Bandeira
08. Wanda Vidal
09. Minha Voz Virá do Sol da América
10. Vinte e Seis Aanos de Vida Normal
11. O Cafona
Faixas bônus
12. Com Mais de 30 (Instrumental)
13. Garra (Instrumental)
14. Black is Beautiful (Instrumental)
15. Que Bandeira (Instrumental Alternativa)
16. Que Bandeira (Instrumental)
17. Wanda Vidal (Instrumental)

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1972 | VENTO SUL (com O Terço)
Em meados de 1972, O Terço participou da gravação do disco “Vento Sul” de Marcos Valle.

Também participaram em algumas faixas o trio “Paulo, Claudio e Maurício”, formado pelos irmãos gêmeos Paulo e Claudio Guimarães (flauta e guitarra) e pelo arranjador Maurício Maestro, além do guitarrista Frederiko (Fredera),e Robertinho Silva (bateria e percurssão) ambos Som Imaginário.

O Terço junto com Marcos Valle fizeram uma turnê por todo país e tocaram no Festival do Midem em Cannes, na França.

Discaço de folk psicodélico com levadas brazucas e latinas e flertando com Rock Progressivo.

01. Revolução Orgânica
02. Malena
03. Pista 02
04. Vôo Cego
05. Bôdas de Sangue
06. Democústico
07. Vento Sul
08. Rosto Barbado
09. Mi Hermoza
10. Paisagem de Mariana
11. Deixa o Mundo e o Sol Entrar
Bônus
12. O Beato (Compacto)

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1973 | PREVISÃO DE TEMPO (com Azymuth)
Discão totalmente Funk com pegada brazuka e participação do Power Trio Azymuth.

Muito uso de mini moog dando uma cara meio progressiva ao album, mas sem perder o groove.

Destaque pras faixas Mentira (sampleada pelo Planet Hemp) e Nem Paletó , Nem Gravata que tem uma letra totalmente Punk.

01. Flamengo até Morrer
02. Nem Paletó, Nem Gravata
03. Tira a Mão
04. Mentira
05. Previsão do Tempo
06. Mais Do Que Valsa
07. Os Ossos do Barão
08. Não Tem Nada Não
09. Não Tem Nada Não
10. Samba Fatal
11. Tiu-ba-la-quieba
12. De Repente, Moça Flor

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1974 | MARCOS VALLE
Disco mais pop com harmonias vocais sofisticadas feitas com auxílio do grande Tavito do Som imaginário, que aliás membros da banda como Wagmer Tiso (piano) e Robertinho Silva (bateria) participam do disco, além de parte do Azymuth , Bertrami (piano elétrico), Alex Malheiros (baixo, além dos lendários Luizão Maia (baixo) e Hélio Delmiro (guitarra).

Sonoridade entre os discos dos anos 70 do Elton John e do Clube da Esquina.

01. No Rumo do Sol
02. Meu Herói
03. Só Se Morre Uma Vez
04. Casamento, Filhos e Convenções
05. Remédio Pro Coração
06. Brasil X México
07. Tango
08. Nossa Vida Começa na Gente
09. Novelo de Lã
10. Cobaia
11. Charlie Bravo

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1973 | O FABULOSO FITTIPALDI (Marcos Valle & Azymuth)
(Trilha Sonora do Filme)


Um gênio pouco lembrado da música brasuca, começou na bossa nova mais tradicional e nos anos 70 caiu de cara na música black (funk soul).

Fez desde coisas mais pops e bem manjadas como Samba de Verão, até coisas totalmente ousadas e malucas como o disco Vento Sul que é bem psicodélico.

Fez também várias trilhas sonoras de filmes e novelas, inclusive o tema de fim de ano da Globo é dele.

01. Fittipaldi Show
02. Tema de Maria Helena
03. Vitória
04. Rindt
05. Acidente
06. Vinheta I
07. Vinheta II
08. Azimuth (Mil Milhas)
09. Tema de Maria Helena (Instrumental)
10. Virabrequim

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Texto retirado do blog | Woodstock Sound

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